Casa Espírita
Missionários da Luz – Pré-Mocidade 11
à 14 anos 02/10/2015
Tema: Quem sou eu?
Objetivos:
Identificar
que o autoconhecimento é necessário para o desenvolvimento do Espírito;
Levar
os jovens a refletirem sobre eles mesmos, suas motivações e reais desejos.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos – perg 919
NT,
João, 8:32
Homem
Integral, Joanna de Ângelis/Divaldo P.Franco, Cap. 3 ‘Ansiedade’
Autodescobrimento,
Joanna de Ângelis/Divaldo P.Franco, Introdução.
Ideias
Básicas:
“O grande desafio contemporâneo para o homem é o seu
autodescobrimento. (O Homem Integral,
Cap. 3 “Ansiedade”)
“A experiência do autodescobrimento faculta-lhe
identificar os limites e as dependências, as aspirações verdadeiras e as
falsas, os embustes do ego e as imposturas da ilusão.” (Autodescrobrimento,
Introdução)
“E conhecereis e a verdade e a verdade vos
libertará.” Jesus em João 8:32
Material: música suave; LE,
folhas A4 e lápis a cada jovem
Hora da novidade e Prece Inicial (todos que
desejarem, fazem a prece, um por vez).
Desenvolvimento:
1.
Motivação
Inicial:
Colocar uma música
suave, pedir que fechem os olhos e respirem profundamente por alguns minutos.
Aguardar até se aquietarem... Mentalmente, devem fazer a seguinte pergunta a si
mesmos: Quem sou eu? Repetir mentalmente a pergunta e deixar que a resposta
venha em sua mente... não respondam a pergunta... deixem que a resposta
venha....
Solicitar que voltem a observar os
movimentos do corpo na respiração, e lentamente abram os olhos.
èalguém
conseguiu ‘ouvir’ a resposta à pergunta? Gostaria de compartilhar?
2.
Exposição
dialogada
Pedir que alguém leia
a pergunta 919 de o LE:
Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de
se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te
a ti mesmo.”
Escrever no quadro:
Meio prático è o que
significa? Deixar que respondam..... èque
pode ser realizado
Mais eficaz O
que é ser eficaz? Eficácia? (segurança
de um bom resultado, o resultado esperado; fazer as coisas certas; eficiência é
produzir bons resultados; fazer certo as coisas.)
Para fazer o quê?
Melhorar nesta vida è todos queremos
Resistir ao mal ètodos precisamos
E a resposta dos
Espíritos a Kardec? Qual foi? Conhece-te a ti
mesmo
Por que será? Vocês
entendem essa resposta? Para melhorar na vida e resistir ao mal precisamos nos
conhecer?
´è
se não nos conhecemos, nem saberemos quais são nossas tentações, não saberemos
o que é bom de fato para nós; se não conhecemos o lugar para onde ir, como
acertaremos o caminho?
ècomo
saberemos o que realmente desejamos? Se não estamos querendo o que os outros
esperam de mim?
É fácil nos conhecer?
Saber nossas reações? O que sentimos, por quê sentimos? O que queremos?
A psicologia
analítica de Jung nos diz que temos que aprender a ouvir a nós mesmos; a
resposta vem de dentro de nós, mas precisamos parar para ouvir. Essa pequena
meditação que fizemos no início é um exercício que pode nos auxiliar a calar a
mente para ouvir nosso Eu interior. E no início não é fácil! Nossos pensamentos
são muitos e é difícil parar de pensar! Por isso precisamos criar o hábito de
parar e meditar.
3.
Fixação
do conteúdo
Vamos fazer um outro
exercício, dessa vez, consciente, sem ser por meditação, para ver o que
sabemos, ou pensamos saber de nós.
Dar uma folha de
papel A4 a cada um, e lápis.
ð Esse é um exercício
individual, de autoconhecimento. Então vamos deixar uma cadeira vazia entre
cada um, para termos mais liberdade. Ninguém vai recolher esse papel. Ele é
seu; terá suas reflexões.
Responder:
i.
Quem
sou, do ponto de vista físico (feio, bonito, alto, baixo, magro, gordo, louro,
moreno, doente, saudável)
ii.
Quem
sou, do ponto de vista social (sou quem na família? Mais velho, do meio, mais
novo? E na escola? Sou de qual escola, ano, turma? E no curso de inglês? E em
outro curso ou esporte que faço? Tenho muitos amigos? Amigos de verdade ou só me
dou com todos mas não tenho nenhum melhor amigo?)
iii.
Quem
sou, do ponto de vista psicológico (sou tímido, extrovertido, agitado, calmo,
ansioso, medroso, capaz, inteligente)
iv.
Quem
sou do ponto de vista de vícios/virtudes (sou mentiroso, preguiçoso, egoísta,
orgulhoso, vaidoso, amigo, legal, confiável, trabalhador, responsável, bom)
v.
Sou
como gostaria de ser? Como gostaria de ser? Por quê?
Essas perguntas, nos
mostram que existem diversos aspectos que compõem nosso jeito de ser. A
resposta à pergunta que fazemos a nós mesmos “quem sou eu?’, passa por todos
esses aspectos.
É claro que se tenho
uma doença crônica, minha vida, minhas ações, ficam de alguma forma, limitadas/relacionadas
a essa doença. Se sou o 5º filho de uma família de 4 meninas antes de mim, não
faz diferença na formação de minha personalidade?
Se nascemos aqui ou
na Etiópia? Não faz diferença em como somos? Seríamos como somos se fôssemos
filhos de uma família do Iraque?
É claro que sim! Faz
diferença!
Mas sabemos,
espíritos imortais que somos, que todos esses contextos em que nascemos, faz
parte de nossa necessidade de evolução espiritual. Não é sorte nem azar. É na
medida exata, o que precisamos, para evoluir, para desenvolvermos virtudes,
transformarmos os vícios em virtudes.
Essa percepção de
quem somos, vai mudando conforme os anos vão passando, pois as experiências nos
modificam.
4.
Conclusão:
Quando os Espíritos
responderam à Kardec o “Conhece-te a ti mesmo” eles nos orientaram a buscarmos
em nossa essência quem realmente somos, do ponto de vista moral, dos vícios e
virtudes. Precisamos saber as virtudes que já desenvolvemos para reforçarmos, e
também os vícios que temos, para controlá-los. Fingir que não temos um defeito,
um sentimento ruim, não vai fazer com que ele suma... Tenho que identificar,
aceitar e cuidar para que ele não ‘tome conta’ de mim quando menos espero!
Para concluir, vamos
novamente, buscar aquietar a mente, e exercitar esse encontro com nós mesmos. ècolocar
música suave, reduzir a luz, e deixar uns momentos em silêncio, antes da prece.
5.
Passes
e prece final.
6.
Avaliação
Aula para 16 jovens, com bons resultados.
Alguns não conseguiram nem se aquietar, mas a maioria buscou a interiorização.
Houve bastante concentração na atividade de anotar as diversas características
pessoais.
7.
Anexos
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