quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Quem sou eu?

Casa Espírita Missionários da Luz – Pré-Mocidade                   11 à 14 anos    02/10/2015

Tema:  Quem sou eu?

Objetivos:
Identificar que o autoconhecimento é necessário para o desenvolvimento do Espírito;
Levar os jovens a refletirem sobre eles mesmos, suas motivações e reais desejos.

Bibliografia:  
O Livro dos Espíritos – perg 919
NT, João, 8:32
Homem Integral, Joanna de Ângelis/Divaldo P.Franco, Cap. 3 ‘Ansiedade’
Autodescobrimento, Joanna de Ângelis/Divaldo P.Franco, Introdução.


Ideias Básicas:
“O grande desafio contemporâneo para o homem é o seu autodescobrimento.  (O Homem Integral, Cap. 3 “Ansiedade”) 
“A experiência do autodescobrimento faculta-lhe identificar os limites e as dependências, as aspirações verdadeiras e as falsas, os embustes do ego e as imposturas da ilusão.” (Autodescrobrimento, Introdução)
“E conhecereis e a verdade e a verdade vos libertará.”        Jesus em João 8:32

Material: música suave; LE, folhas A4 e lápis a cada jovem

Hora da novidade e Prece Inicial (todos que desejarem, fazem a prece, um por vez).

Desenvolvimento:

1.    Motivação Inicial:
Colocar uma música suave, pedir que fechem os olhos e respirem profundamente por alguns minutos. Aguardar até se aquietarem... Mentalmente, devem fazer a seguinte pergunta a si mesmos: Quem sou eu? Repetir mentalmente a pergunta e deixar que a resposta venha em sua mente... não respondam a pergunta... deixem que a resposta venha....

      Solicitar que voltem a observar os movimentos do corpo na respiração, e lentamente abram os olhos.
èalguém conseguiu ‘ouvir’ a resposta à pergunta? Gostaria de compartilhar?

2.    Exposição dialogada
Pedir que alguém leia a pergunta 919 de o LE:
Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”

Escrever no quadro:

Meio prático è o que significa?   Deixar que respondam..... èque pode ser realizado
Mais eficaz          O que é ser eficaz? Eficácia? (segurança de um bom resultado, o resultado esperado; fazer as coisas certas; eficiência é produzir bons resultados; fazer certo as coisas.)

Para fazer o quê?
Melhorar nesta vida è todos queremos
Resistir ao mal ètodos precisamos

E a resposta dos Espíritos a Kardec? Qual foi? Conhece-te a ti mesmo

Por que será? Vocês entendem essa resposta? Para melhorar na vida e resistir ao mal precisamos nos conhecer?
´è se não nos conhecemos, nem saberemos quais são nossas tentações, não saberemos o que é bom de fato para nós; se não conhecemos o lugar para onde ir, como acertaremos o caminho?
ècomo saberemos o que realmente desejamos? Se não estamos querendo o que os outros esperam de mim?

É fácil nos conhecer? Saber nossas reações? O que sentimos, por quê sentimos? O que queremos?
A psicologia analítica de Jung nos diz que temos que aprender a ouvir a nós mesmos; a resposta vem de dentro de nós, mas precisamos parar para ouvir. Essa pequena meditação que fizemos no início é um exercício que pode nos auxiliar a calar a mente para ouvir nosso Eu interior. E no início não é fácil! Nossos pensamentos são muitos e é difícil parar de pensar! Por isso precisamos criar o hábito de parar e meditar.

3.    Fixação do conteúdo

Vamos fazer um outro exercício, dessa vez, consciente, sem ser por meditação, para ver o que sabemos, ou pensamos saber de nós.
Dar uma folha de papel A4 a cada um, e lápis.
ð  Esse é um exercício individual, de autoconhecimento. Então vamos deixar uma cadeira vazia entre cada um, para termos mais liberdade. Ninguém vai recolher esse papel. Ele é seu; terá suas reflexões.

Responder:
i.              Quem sou, do ponto de vista físico (feio, bonito, alto, baixo, magro, gordo, louro, moreno, doente, saudável)
ii.             Quem sou, do ponto de vista social (sou quem na família? Mais velho, do meio, mais novo? E na escola? Sou de qual escola, ano, turma? E no curso de inglês? E em outro curso ou esporte que faço? Tenho muitos amigos? Amigos de verdade ou só me dou com todos mas não tenho nenhum melhor amigo?)
iii.            Quem sou, do ponto de vista psicológico (sou tímido, extrovertido, agitado, calmo, ansioso, medroso, capaz, inteligente)
iv.           Quem sou do ponto de vista de vícios/virtudes (sou mentiroso, preguiçoso, egoísta, orgulhoso, vaidoso, amigo, legal, confiável, trabalhador, responsável, bom)
v.            Sou como gostaria de ser? Como gostaria de ser? Por quê?

Essas perguntas, nos mostram que existem diversos aspectos que compõem nosso jeito de ser. A resposta à pergunta que fazemos a nós mesmos “quem sou eu?’, passa por todos esses aspectos.

É claro que se tenho uma doença crônica, minha vida, minhas ações, ficam de alguma forma, limitadas/relacionadas a essa doença. Se sou o 5º filho de uma família de 4 meninas antes de mim, não faz diferença na formação de minha personalidade?
Se nascemos aqui ou na Etiópia? Não faz diferença em como somos? Seríamos como somos se fôssemos filhos de uma família do Iraque?

É claro que sim! Faz diferença!
Mas sabemos, espíritos imortais que somos, que todos esses contextos em que nascemos, faz parte de nossa necessidade de evolução espiritual. Não é sorte nem azar. É na medida exata, o que precisamos, para evoluir, para desenvolvermos virtudes, transformarmos os vícios em virtudes.

Essa percepção de quem somos, vai mudando conforme os anos vão passando, pois as experiências nos modificam.


4.    Conclusão:

Quando os Espíritos responderam à Kardec o “Conhece-te a ti mesmo” eles nos orientaram a buscarmos em nossa essência quem realmente somos, do ponto de vista moral, dos vícios e virtudes. Precisamos saber as virtudes que já desenvolvemos para reforçarmos, e também os vícios que temos, para controlá-los. Fingir que não temos um defeito, um sentimento ruim, não vai fazer com que ele suma... Tenho que identificar, aceitar e cuidar para que ele não ‘tome conta’ de mim quando menos espero!

Para concluir, vamos novamente, buscar aquietar a mente, e exercitar esse encontro com nós mesmos. ècolocar música suave, reduzir a luz, e deixar uns momentos em silêncio, antes da prece.

5.    Passes e prece final.

6.    Avaliação
Aula para 16 jovens, com bons resultados. Alguns não conseguiram nem se aquietar, mas a maioria buscou a interiorização. Houve bastante concentração na atividade de anotar as diversas características pessoais.

7.    Anexos



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