Casa Espírita Missionários da Luz – II Ciclo – 07/05/2010
Tema: Fluidos – Mecanismo da Prece
Objetivos:
Conceituar Prece, à luz da Doutrina Espírita;
Identificar os mecanismos que estão presentes na prece, identificando o Fluido Cósmico Universal como o meio de transmissão de nossos pensamentos e da prece;
Reconhecer na prece o intercâmbio com o mundo espiritual superior, e como instrumento de paz e harmonia para o Espirito.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos – CAPÍTULO II, 3a parte, Da Lei de Adoração;
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXVII;
A Gênese, cap.XIV - Qualidade dos Fluidos (itens 16 à 18)
Missionários da Luz – André Luiz/Chico Xavier – Cap. 6 – A Oração
Os Mensageiros – André Luiz/Chico Xavier – Cap. 25 – Efeitos da Oração; Cap. 24 – A Prece de Ismália.
Jesus No Lar – A Resposta Celeste – Cap. 28 – Francisco C. Xavier/Neio Lucio
Desenvolvimento:
1.Prece inicial
2.Iniciar distribuindo a frase abaixo em pedaços de cartolina para que sejam colocadas em ordem pelos evangelizandos:
“A prece é a maneira pela qual, através do pensamento expresso ou não em palavras, a criatura se liga ao Criador. É o meio de comunicação com Deus e com os planos mais altos da vida.” (Roteiro – Emmanuel, pt 3, cap.2, perg.659).
Cada criança deve receber um dos pedaços.
3. Levantar com eles, os principais elementos que essa definição de prece nos traz:
meio = pensamento;
emissor = aquele que ora;
receptor = Deus
4.Perguntar como é que a prece chega a Deus, deixando que discutam, auxiliando até que cheguem no Fluido Cósmico Universal. ==> fazer referência à aula passada (teia de barbante – estamos todos conectados pelos fluidos ambientais).
Fazer comparação com o ar, que leva o som.
5.Perguntar quais os benefícios da prece?
- paz e serenidade de espírito; principalmente nas dificuldades, qdo mais precisamos de serenidade;
- sintonia com os nossos amigos espirituais, para melhor percebermos seus conselhos úteis;
- melhor percepção das escolhas a serem feitas no nosso dia-a-dia;
Além de benefícios próprios, também podemos orar por nossos irmãos em Deus.
A prece resolve nossos problemas?
==> não; somente nós próprios podemos resolver nossos problemas; a prece é a luz que nos mostra o que fazer, mas a ação, é nossa!
6. Nossas preces são sempre atendidas? Deixar que respondam e depois, contar a história da página de Jesus no Lar. Após a história, levantar os principais ensinos de Jesus nessa pequena história:
Deus se utiliza de diversos elementos para atender à nossa necessidade: moscas; raios, rio que levou a ponte;
Nem sempre percebemos de imediato, a resposta celeste. Por quê? Por que, normalmente, esperamos que a resposta seja do jeito que pensamos e, nem sempre o jeito que pensamos é o melhor para nós.
É preciso ter fé, confiança na solicitude de Deus.
6.Propor o jogo da Redação Circular: dar papel e lápis a cada criança, com o início de uma estória:
“Finalmente chegou o dia de ir passar o dia na Fazenda Arco-Íris, onde além de piscina natural, tem um monte de animais. Ao ouvir o despertador, pulei da cama e olhei a janela: estava uma chuvarada daquelas! Tinha até raios e trovões! .....”
Pedir que continuem a estória escrevendo uma frase. Quando terminarem, passar a folha para o colega da direita que deve continuar de onde o outro parou, escrevendo mais uma frase. Repetir esse procedimento até a folha chegar de volta a seu dono.
Cada um deve ler a história que foi formada.
Fazer comentários sobre a visão positiva ou negativa a partir do fato inicial narrado, observando que nossos pensamentos influenciam diretamente a nossa realidade, e que a prece sincera sempre nos auxilia a perceber a melhor forma de agir em todas as situações.
7.Prece final
Avaliação: Turma de 11 crianças bem agitadas. A formação da frase ficou um pouco difícil de se formar, embora as crianças tenham gostado e participado. A história prendeu a atenção. Não deu tempo para fazer a redação circular.
Jesus no Lar – Cap.28 - A resposta celeste
Solicitando Bartolomeu esclarecimentos quanto às respostas do Alto às súplicas dos homens, respondeu Jesus para elucidação geral:
— Antigo instrutor dos Mandamentos Divinos ia em missão da Verdade Celeste, de uma aldeia para outra, profundamente distanciadas entre si, fazendo-se acompanhar de um cão amigo, quando anoiteceu, sem que lhe fôsse possível prever o número de milhas que o separavam do destino.
Reparando que a solidão em plena Natureza era medonha, orou, implorando a proteção do Eterno Pai, e seguiu.
Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova, à margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.
O ancião continuou a jornada, quando se lhe deparou volumoso riacho, num trecho em que a estrada se bifurcava. Ponte rústica oferecia passagem pela via principal, e, além dela, a terra parecia sedutora, porque, mesmo envolvida na sombra noturna, semelhava-se a extenso lençol branco.
O santo pregador pretendia ganhar a outra margem, arrastando o companheiro obediente, quando a ponte se desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.
Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e, encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se, convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos. O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu, partido, sem remissão.
Exposto então à chuva, o peregrino movimentou-se para diante.
Depois de aproximadamente duas milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro, e suspirou aliviado.
Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o sítio não recebia visitas à noite e que nao lhe era permitido acolher pessoas estranhas.
Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.
Acomodou-se, como pôde, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre; no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a uivar, perdendo-se nas trevas.
O velho, agora sozinho, chorou angustiado, acreditando-se esquecido por Deus e passou a noite ao relento. Alta madrugada, ouviu gritos e palavrões indistintos, sem poder precisar de onde partiam.
Intrigado, esperou o alvorecer e, quando o Sol ressurgiu resplandecente, ausentou-se do esconderijo, vindo a saber, por intermédio de camponeses aflitos, que uma quadrilha de ladrões pilhara a choupana onde lhe fora negado o asilo, assassinando os moradores.
Repentina luz espiritual aflorou-lhe na mente.
Compreendeu que a Bondade Divina o livrara dos malfeitores e que, afastando dele o cão que uivava, lhe garantira a tranquilidade do pouso.
Informando-se de que seguia em trilho oposto à localidade do destino, empreendeu a marcha de regresso, para retificar a viagem, e, junto à ponte rompida, foi esclarecido por um lavrador de que a terra branca, do outro lado, não passava de pântano traiçoeiro, em que muitos viajores imprevidentes haviam sucumbido.
O velho agradeceu o salvamento que o Pai lhe enviara e, quando alcançou a árvore tombada, um rapazinho observou-lhe que o tronco, dantes acolhedor, era conhecido covil de lobos.
Muito grato ao Senhor que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.
Endereçando infinito reconhecimento ao Céu pelas expressões de variado socorro que não soubera entender, de pronto, prosseguiu adiante, são e salvo, para desempenho de sua tarefa.
Nesse ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e terminou:
O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas dEle e aproveitá-las.
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