domingo, 31 de maio de 2009

Providência Divina

Casa Espírita Missionários da Luz – Pré-Mocidade – 22/05/2009

Tema: Providência Divina

Objetivos:
- Identificar nos acontecimentos do cotidiano a Providência Divina agindo em nosso auxílio;
- Reconhecer que fatos, às vezes despercebidos, são acontecimentos providenciais pela espiritualidade para nos ajudar a resgatar dívidas e também como oportunidade de progresso e aprendizado.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos – CAPÍTULO II, perg. 704; 4a parte, pergs 963 e 964;
E.S.E., Cap. XXV
A Gênese – Cap. II, itens 20 a 30.

Desenvolvimento:
1.Prece Inicial
2.Fazer o jogo da vida, para que descubram o tema da aula.
3.Levar as frases (pode ser em cartaz, ou em papeizinhos)
“Não seria possível que Deus criasse para o homem a necessidade de viver sem lhe dar os meios de consegui-lo. Se ele não os encontra, é que não os compreende.” (L.E., Questão 704)

Discutir com as jovens, o que entendem dessa afirmativa, perguntando pq então, vemos pessoas com tantas dificuldades até de sobrevivência?

Todas as aparentes injustiças sociais são explicadas pela lei de causa e efeito e pela afirmativa de Jesus – “a cada um segundo as suas obras.” (Mateus, 16:27)

“A sabedoria providencial das leis divinas se revela, assim, nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem da justiça nem da bondade de Deus. (L.E., Questão 13).
==> o que entendem por essa afirmativa? ==> deixar que se expressem

O que seria a providência divina?

A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial. (...)” (Kardec, A Gênese, Cap II, item 20)
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do alto da imensidade. As nossas preces, para que Ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele. Os nossos pensamentos são como os sons de um sino, que fazem vibrar todas as moléculas do ar ambiente.” (A Gênese Cap. II, item 24)

3.Distribuir cópias do trecho de Jesus:

“OBSERVAI OS PÁSSAROS DO CÉU...” (Mt., 6:19-21 e 25-34, in E.S.E., Cap. XXV)

“Não ajunteis tesouros na Terra, onde a ferrugem a os vermes os corroem, onde os ladrões os desenterram e roubam; mas formai tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes os corroem; porque onde está o vosso tesouro, aí também está o vosso coração.
Por isso eu vos digo: Não vos inquieteis por saber onde achareis do que comer para o sustento da vossa vida, nem de onde tirareis roupa para cobrir o vosso corpo; a vida não é mais que o alimento, e o corpo mais do que a roupa?
Observai os pássaros do céu: eles não semeiam e não colhem, e não amontoam nada nos celeiros, mas vosso Pai celestial os alimenta; não sois muito mais do que eles? E quem é, dentre vós, aquele que pode, com todos os seus cuidados, aumentar à sua estatura a altura de um côvado?
Por que também vos inquietais pela roupa? Observai como crescem os lírios dos campos; eles não trabalham e não fiam; e, entretanto, eu vos declaro que Salomão, mesmo em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Se, pois, Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira a erva dos campos, que hoje existe e que amanhã será lançada no fogo, quanto mais cuidado terá em vos vestir, oh, homens de pouca fé!
Não vos inquieteis, pois, dizendo: “Que comeremos, ou que beberemos, ou de que nos vestiremos?”, como fazem os pagãos, que procuram todas essas coisas; porque vosso Pai sabe que delas tendes necessidade.
Procurai, pois, primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo. Por isso, não estejais inquietos pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. A cada dia basta o seu mal.”

Pedir que cada jovem leia um trecho e procure dizer o que entendeu.
Explicar as palavras que não são do cotidiano delas.

4.Entregar a cada dupla uma das duas histórias do anexo, para que leiam, discutam entre si procurando a providência divina inserida nos textos, e depois contem à outra dupla.
Histórias:
- Salvação Inesperada;
- O Carneiro Revoltado.

Perguntas sobre as histórias:
Salvação Inesperada:
a)De que forma a providência divina se fez presente?
b)Foi uma atuação direta? O maquinista poderia ter perdido o sinal? Por quê ele tomou a decisão de parar?

O Carneiro Revoltado:
a)De que forma vemos a providência divina nessa fábula?
b)O carneiro, de início, percebeu a sabedoria de Deus, através da forma como as coisas eram?
c)O que o levou a aprender afinal?

5. Prece final

Avaliação:

Aula a 3 meninas, com bom interesse.
Não foi lida a história de Meimei pois o grupo era pequeno.

1.Anexos


HISTÓRIA - A Salvação Inesperada (Meimei, in Pai Nosso)

Num país europeu, certa tarde, muito chuvosa, um maquinista, cheio de fé em Deus, começando a acionar a locomotiva com o trem repleto de passageiros para longa viagem, fixou o céu escuro e repetiu, com muito sentimento, a oração dominical.
O comboio percorreu léguas e léguas, dentro das trevas densas, quando, alta noite, ele viu, à luz do farol aceso, alguns sinais que lhe pareceram feitos pela sombra de dois braços angustiados a lhe pedirem atenção e socorro. Emocionado, fez o trem parar, de repente, e, seguido de muitos viajantes, correu pelos trilhos de ferro, procurando verificar se estavam ameaçados de algum perigo. Depois de alguns passos, foram surpreendidos por gigantesca inundação que, invadindo a terra com violência, destruíra a ponte que o comboio deveria atravessar. O trem fora salvo, milagrosamente.
Tomados de infinita alegria, o maquinista e os viajores procuraram a pessoa que lhes fornecera o aviso salvador, mas ninguém aparecia. Intrigados, continuaram na busca, quando encontraram no chão um grande morcego agonizante. O enorme voador batera as asas, à frente do farol, em forma de dois braços agitados, e caíra sob as engrenagens. O maquinista retirou-o com cuidado e carinho, mostrou-o aos passageiros assombrados e contou como orara, ardentemente, invocando a proteção de Deus, antes de partir. E, ali mesmo, ajoelhou-se ante o morcego que acabava de morrer, exclamando em alta voz o Pai Nosso.
Quando acabou de orar, grande quietude reinava na paisagem. Todos os passageiros, crentes e descrentes, estavam também ajoelhados, repetindo a prece com amoroso respeito. Alguns choravam de emoção e reconhecimento, agradecendo ao Pai Celestial, que lhes salvara a vida, por intermédio de um animal que infunde tanto pavor às criaturas humanas. E até a chuva parara de cair, como se o céu silencioso estivesse igualmente acompanhando a sublime oração.


HISTÓRIA - A Salvação Inesperada (Meimei, in Pai Nosso)

Num país europeu, certa tarde, muito chuvosa, um maquinista, cheio de fé em Deus, começando a acionar a locomotiva com o trem repleto de passageiros para longa viagem, fixou o céu escuro e repetiu, com muito sentimento, a oração dominical.
O comboio percorreu léguas e léguas, dentro das trevas densas, quando, alta noite, ele viu, à luz do farol aceso, alguns sinais que lhe pareceram feitos pela sombra de dois braços angustiados a lhe pedirem atenção e socorro. Emocionado, fez o trem parar, de repente, e, seguido de muitos viajantes, correu pelos trilhos de ferro, procurando verificar se estavam ameaçados de algum perigo. Depois de alguns passos, foram surpreendidos por gigantesca inundação que, invadindo a terra com violência, destruíra a ponte que o comboio deveria atravessar. O trem fora salvo, milagrosamente.
Tomados de infinita alegria, o maquinista e os viajores procuraram a pessoa que lhes fornecera o aviso salvador, mas ninguém aparecia. Intrigados, continuaram na busca, quando encontraram no chão um grande morcego agonizante. O enorme voador batera as asas, à frente do farol, em forma de dois braços agitados, e caíra sob as engrenagens. O maquinista retirou-o com cuidado e carinho, mostrou-o aos passageiros assombrados e contou como orara, ardentemente, invocando a proteção de Deus, antes de partir. E, ali mesmo, ajoelhou-se ante o morcego que acabava de morrer, exclamando em alta voz o Pai Nosso.
Quando acabou de orar, grande quietude reinava na paisagem. Todos os passageiros, crentes e descrentes, estavam também ajoelhados, repetindo a prece com amoroso respeito. Alguns choravam de emoção e reconhecimento, agradecendo ao Pai Celestial, que lhes salvara a vida, por intermédio de um animal que infunde tanto pavor às criaturas humanas. E até a chuva parara de cair, como se o céu silencioso estivesse igualmente acompanhando a sublime oração.


HISTÓRIA - O Carneiro Revoltado (Francisco Cândido Xavier/Néio Lúcio, in Alvorada Cristã).

Certo carneiro, muito inteligente, mas indisciplinado, reparou os benefícios que a lã espalhava em toda parte e, desde então, julgou-se melhor que os outros seres da Criação, passando a renovar-se contra a tosquia. - Se era tão precioso - pensava -, por que aceitar a humilhação daquela tesoura enorme? Experimentava intenso frio, de tempos a tempos, e, despreocupado das ricas rações que recebia no redil, detinha-se apenas no exame dos prejuízos que supunha sofrer. Muito amargurado, dirigiu-se ao Criador.
- Meu Pai, não estou satisfeito com a minha pelagem. A tosquia é um tormento... Modifique-me, Senhor!... Deus perguntou: - Que deseja que eu faça? Vaidosamente, o carneiro respondeu ao Criador: - Quero que a minha lã seja toda de ouro.
O pedido foi satisfeito e o carneiro tornou-se todo de ouro. Assim que o orgulhoso ovino se mostrou cheio de pêlos preciosos, várias pessoas ambiciosas atacaram-no sem piedade. Arrancaram-lhe, violentamente, todos os fios, deixando-o em chagas. Infeliz, a lastimar-se, correu para o Altíssimo e implorou:
- Meu Pai, mude-me novamente! Não posso exibir lã dourada... encontraria sempre salteadores sem compaixão. E o Pai lhe respondeu: - Que quer que eu faça? O carneiro, com a mania de grandeza, suplicou: - Quero que minha lã seja lavrada em porcelana primorosa.
E o carneiro teve a sua lã transformada em porcelana. Logo que o carneiro tornou ao vale, apareceu no céu enorme ventania que lhe quebrou todos os fios, dilacerando-lhe a carne. Aflito, queixou-se ao Todo-Misericordioso:
- Pai, renove-me!... A porcelana não resiste ao vento... Estou exausto... Novamente lhe respondeu o Pai: - Que deseja que eu faça? O carneiro nem pensou e foi dizendo: - Para não provocar ladrões nem me ferir com porcelana, quero que minha lã seja feita de mel.
O Criador satisfez o pedido. A lã do carneiro tornou-se do mais puro mel. Mas, logo que o pobre se achou no redil, bandos de moscas asquerosas cobriram-no em cheio e, por mais campo a fora, não evitou que elas lhe sugassem os fios adocicados. O mísero voltou ao Altíssimo e implorou:
- Pai, modifique-me... as moscas deixaram-me em sangue! Respondeu-lhe o Pai: - Que quer que eu faça? O carneiro pensou, pensou e considerou: - Eu seria mais feliz se minha lã fosse semelhante às folhas de alface.
Atendido, voltou à planície, na caprichosa alegria de parecer diferente dos demais. Quando alguns cavalos puseram os olhos no carneiro, ele não conseguiu melhor sorte que de outras vezes. Os eqüinos prenderam-no com dentes e, depois de lhe comerem a lã, abocanharam-lhe o corpo. O Carneiro correu na direção do Juiz Supremo, gotejando sangue das chagas profundas, e, em lágrimas, gemia... O Todo-Compassivo, vendo que ele se arrependera com sinceridade, ouviu-o dizer: - Meu Pai, não suporto mais!...
- Reanime-se, meu filho! Que pede agora?
- Não pretendo a superioridade sobre meus irmãos. O carneiro infeliz pediu em pranto: - Pai, quero voltar a ser um carneiro comum, como sempre fui. E terminou: - Quero ser simples e útil, qual o Senhor me fez. Hoje sei que meus tosquiadores são meus amigos. Nunca me deixaram ferido e sempre me deram de beber e de comer. O Pai sorriu, bondoso, abençoou-o com ternura e falou:
- Volte e siga o seu caminho em paz. Você compreendeu, enfim, que meus desígnios são justos. Cada criatura está colocada, por minha Lei, no lugar que lhe compete, e, se você pretende receber, aprenda a dar. Então o carneiro, envergonhado, mas satisfeito, voltou para o vale, misturou-se com os outros e daí por diante foi muito feliz.

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