Casa Espírita Missionários da Luz
DIJ – Mocidade > 14 anos – 28/11/2025
Tema: Jesus - Ele Veio
Objetivos:
Refletir sobre o significado da vinda de Jesus até nós;
Perceber a humanidade de Jesus em sua vivência entre nós.
Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos, perg. 625 (Jesus, guia e modelo);
- Ev.Seg.Espiritismo, Cap. II - Item 2 ‘O meu reino não é deste mundo’; Cap IV item 1 (Ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo);
- Jesus e o Evangelho à luz da Psicologia Profunda, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Caps ‘O Reino’, ‘Soberanas Leis’; ‘A desgraça real’ ‘Julgamentos’; ‘O Maior’;
- Refletindo a Alma, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, 1ª Parte, Cap 1 ‘Joanna de Ângelis - uma breve apresentação’ – por Cezar Said.
Material: notebook e projetor para passar o vídeo, caixas de som; trechos de Joanna em tiras de papel
Procedimentos:
Exercícios de respiração profunda e prece inicial.
Motivação inicial:
Passar o vídeo https://www.youtube.com/watch?v=n5uVKkcmY6Y
- SIMÃO RECEBE UM NOVO NOME | Cena da Temporada 4 de The Chosen (8min)
==> passar o trecho de 1:45min até 4:09min (2min e 24 segundos)
- Este diálogo de Jesus com os discípulos, que o vídeo retrata, está relatada em Mateus 16:13-20. Kardec tratou no Cap IV do ESE, item 1 (não precisa ler, pois o vídeo já mostrou a cena).
“Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesareia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” — Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” — Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” — Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo:” — Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S. MATEUS, 16:13 a 17; S. MARCOS, 8:27 a 30.)”
==> O que essa cena nos traz?
- Jesus confirma a sua missão, a sua identidade: o Messias tão esperado pelos judeus da época.
E as pessoas que O conheciam, que tiveram contato com Ele, não sabiam ao certo. Interessante, né?
E se Jesus perguntasse a cada um de nós: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
==> pedir que cada um responda, mas ouvindo a resposta de dentro do próprio coração!
Depois das respostas, realçar que nem todos que tiveram contato com Jesus perceberam quem Jesus era.
- Além dos apóstolos, quem pode dar exemplos de pessoas que o reconheceram e de outros, que até sentiram o chamado em seu coração, mas preferiam seguir os convites da vida material?
==> Zaqueu, o reconheceu e mudou totalmente sua vida!
==> Maria de Magdala igualmente deixou tudo de lado para seguir Jesus.
==> Joana de Cuza quis segui-lo abandonando o marido, que era um senador romano, mas Jesus a orientou a ficar e cuidar da família. Porém, o reino de Jesus já estava implantado em seu coração. E anos depois, ela foi martirizada na fogueira, com o filho junto, por não negar Jesus.
Alguns que não fizeram essa escolha...
==> Jovem rico: queria seguir Jesus, MAS, naquele momento não podia…
==> Um moço sintonizou com o chamado de Jesus, MAS, tinha que ir antes enterrar seu pai (interesse na herança)…
==> Senador Públio Lêntulus (Emmanuel): sentiu a realeza espiritual de Jesus, MAS o orgulho de ser senador do Império Romano foi mais forte...
“Não foram poucos os indivíduos que desejavam instalar aquele Reino por Ele anunciado no próprio coração. Fascinavam-se com a Sua eloquência, com a lógica da proposta libertadora e logo recuavam, ante um mas, que abria condição para optar pelos interesses das paixões a que estavam acostumados, iludindo-se quanto a improváveis possibilidades de retornarem ao Seu convívio.” (Joanna de Ângelis, Cap O Reino)
E na música que cantamos frequentemente - Aos Pés do Monte -, de Tim e Vanessa? Quem lembra do trecho onde a letra fala do reino para o qual Jesus nos chamava?
Tua palavra me sonda
Me conta do Reino que espera por mim
Eu te ofereço meu pranto
As dores da alma que quer renascer
O Evangelista João, 18:36, traz a afirmação de Jesus: ‘O meu reino não é deste mundo’.
==> O que Jesus quis dizer? Onde o reino? (deixar que respondam)
“Na visão da Psicologia Profunda, embora Ele se referisse às Esferas de onde procedia, o Seu Reino também eram as paisagens e regiões do sentimento, onde se pudessem estabelecer as bases da fraternidade, e o amor unisse todos os indivíduos como irmãos, conquista primordial para a travessia, pela ponte metafísica, do mundo terrestre para aquele que é de Deus e nos aguarda a todos. ” (Joanna de Ângelis, Cap. O Reino)
Desenvolvimento:
Jesus, embora um anjo, encarnado na sociedade da época, viveu as questões do dia-a-dia com todos eles. Imaginem nossos dias no cotidiano. Imaginem Jesus compartilhando conosco o que vivenciamos na escola, em casa, junto aos amigos, na parentela, nas festas, nas diversões…
Como seria? (deixar que reflitam e digam o que visualizam)
Se um de vocês fosse trabalhar num jardim de infância, como veriam a realidade, as questões, as preocupações dos aluninhos? Como agiriam perante as brigas, as discussões, os choros, as brincadeiras das crianças?
==> será que era assim que Jesus nos via?
Entregar trechos de Joanna do livro “Jesus e o Evangelho…” para cada jovem, para leia e reflita.
Depois fazer perguntas sobre a conduta de Jesus, e ver quem tem a resposta no trecho que possui.
a) Como Jesus via o mundo, a vida que vivemos aqui na Terra?
“Em momento nenhum levantou a Sua voz para maldizer o mundo, para condená-lo; antes propunha respeito e consideração pela sua estrutura conforme Ele próprio se comportava, comedido e afável.” (Joanna de Ângelis, Cap. O Reino )
==> importante pra gente ter um olhar positivo para a Terra, nossa escola, oportunidade de desenvolvimento de nossas potencialidades.
b) Jesus fugia dos desafios do cotidiano?
“Humanizado, Ele enfrentava os desafios e compreendia a sombra que pairava sobre o discernimento das pessoas, qual ainda ocorre na atualidade expressivamente.” (Joanna de Ângelis, Cap. O Reino)
==> podemos dar como exemplo a resposta de Jesus ao ser perguntado se era certo pagar os impostos ao imperador.
O que Ele respondeu? Dai a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus.
Como agiu? Com serenidade, desconcertando aqueles que perguntavam com o objetivo de deixá-lo em situação delicada perante os romanos.
c) Jesus respeitava as regras sociais de seu tempo?;
“Jesus jamais se escusou de participar do convívio social conforme as regras do mundo, e quando não foi recebido conforme os preceitos legais na casa de Simão, o fariseu, que O convidara para um almoço, censurou essa conduta, exaltando a mulher que abandonava a sombra e sublimava a libido pervertida, lavando-Lhe os pés e os enxugando com os seus cabelos…” (Joanna de Ângelis, Cap. O Reino)
** escusar-se: recusar-se; ignóbil: de caráter vil, baixo.
==> nesse episódio, o anfitrião não ofereceu água para lavar os pés como era educado fazer, e criticou Jesus por receber uma mulher “pecadora”. Jesus então, exalta a atitude dela para com Ele.
d) Como Jesus agia perante aqueles que eram rejeitados pelos judeus?
“Visitou com alegria mais de uma vez os samaritanos vitimados pelos preconceitos dos judeus, e, por sua vez, reacionários àqueles, divulgando nos seus sítios a estratégia para a felicidade na vida espiritual, que é verdadeira.” (Joanna de Ângelis, Cap. O Reino)
==> Jesus convivia com todos de igual forma. Tinha carinho e atenção com todos, especialmente os sofredores, os rejeitados. Acolhia-os e orientava.
==>E hoje? Temos rejeitados em nossa sociedade? Como olhamos para eles?
e) Como Jesus agia junto à família e amigos?
“Tomou parte da sua a família de Lázaro, da Betânia, aceitando as gentilezas de Maria e advertindo com bonomia a preocupada Marta.” (Joanna de Ângelis, Cap. O Reino)
==> quem sabe que situação foi essa que Joanna comenta? Relatar o trecho de Marta e Maria quando Jesus chegou na casa deles. (Lucas 10:38-42)
f) Como Jesus se comportava perante as leis injustas, punitivas e impiedosas de seu tempo?
“Jesus não foi o biótipo de legislador convencional. Ele não veio submeter a Humanidade nem submeter-se às leis vigentes. Era portador de uma revolução que tem por base o amor na sua essencialidade mais excelente e sutil, e que adotado transforma os alicerces morais do indivíduo e da sociedade.” (Joanna de Ângelis, Cap. Soberanas Leis)
==> Ele não abria guerra contra as leis injustas, não impunha novas leis, apenas vivia o bem, de acordo com as leis divinas.
g) As mulheres, as crianças e os escravos não tinham qualquer direito ou consideração naquela época. Como Jesus agiu perante a mulher?
“Ele teve a coragem de engrandecer a mulher, quando todos a vituperavam, destacando-a com o respeito e a consideração merecidos, e que lhe eram negados, rompendo a hipocrisia, os prejuízos sociais e os caprichos inferiores que se tornaram regra de conduta nessa sociedade, tumultuada pelos conflitos internos e externos, encharcada de orgulho e intoxicada de presunção.” (Joanna de Ângelis, Cap. O Maior)
** vituperar: insultar
==> que situação podemos ver onde Jesus defendeu a mulher? Na cena da mulher adúltera. Vemos que ele não disse que a lei era absurda. Simplesmente falou que os inocentes, sem pecados, que atirassem a primeira pedra. Perante a autoridade moral d’Ele, ninguém teve coragem… (João 8, 3:11)
==> vemos também nos trechos onde Ele recebeu Maria de Magdala.
h) Jesus ficava com raiva das hipocrisias dos fariseus?
“Estudiosos modernos das propostas neotestamentárias, examinando o texto em epígrafe (Hipócritas, tirai primeiro a trave do vosso olho...) (...), situam-no entre aqueles que são denominados como os discursos da ira proferidos por Jesus, dentre os quais estão as lamentações a respeito de todos os que desconsideravam a Boa-nova, e foram chamados de ais... (Ai de vós, escribas e fariseus, etc.)
Esses severos alertas traduzem as reações do Homem-Jesus tomado pela ira santa, aquela que reflete a Sua natureza humana, sem qualquer laivo, no entanto, de ressentimento ou ódio, de menosprezo ou desconsideração pelos indivíduos incursos nas Suas austeras palavras. (…)
A análise do erro é sempre uma necessidade impostergável, quando não se faz realizada com perversas intenções de dominação do ego, totalmente divorciada da lei de amor e de caridade. Analisar para auxiliar, para corrigir, para educar, é valiosa contribuição para a construção do ser moral, psicológico e espiritual. (...)
Jesus, que sabia examinar sem julgar, muito menos punir, como consequência viveu sempre muito feliz.” (Joanna de Ângelis, Cap. Julgamentos)
* laivo: marca, sinal, mancha
==> O discurso dos “ais” estão em Mateus 23:13-27
==> Então, Jesus ficava com raiva quando chamava os fariseus de hipócritas? Não! Jesus é Espírito de 1ª ordem! Espírito Puro! Joanna analisa essas expressões como forma de chamá-los à razão, a caírem em si, mas sempre com o sentimento de amor! (ver trecho completo no anexo)
i) Jesus chorou?
“O Homem-Jesus, não poucas vezes, diante dos falsamente venturosos, dominadores de um dia, assim como dos amargurados e desditosos, chorou o pranto da compaixão e da misericórdia, por conhecer as causas desencadeadoras de uma como de outra conduta, no futuro chegando ou no presente agindo, inexoravelmente.
No Horto das Oliveiras misturou Suas lágrimas com a sudorese sanguinolenta pela dor experimentada e por compaixão pelos Seus algozes, que não sabiam o que estavam fazendo. (...)
O Homem-Jesus chorou, sim, várias vezes, o que, aparentemente, não é uma atitude masculina, a qual a chancela da tradição havia investido de frieza ante os acontecimentos, de insensibilidade diante das ocorrências. (...)
Um sorriso e uma palavra gentis são tão poderosos para acalmar uma dor quanto um anestésico.
Jesus-Terapeuta sabia-o, e por isso participava, sentia, compartilhava, convivia, discutia, escutava a dor de todos quantos d'Ele se acercavam. Nunca os impediu, nem mesmo às criancinhas bulhentas e irresponsáveis na sua infantilidade, abrindo os braços para recebê-las, por entender que muitas negativas e atitudes rudes para com elas transformam-se em vigorosos traumas que surgirão no futuro.
Há fome de amor e de compreensão, mais talvez do que de pão e de justiça, porque a sua presença na Terra é resultado da ausência desses sentimentos geradores das injustiças sociais, morais e econômicas.” (Joanna de Ângelis, Cap. A desgraça real)
==> Jesus também chorou quando viu a tristeza de Marta e Maria pela “morte” do irmão Lázaro.
==> O choro de Jesus mostra a sua humanidade, a expressão do sentimento de solidariedade pela tristeza dos amigos, de tristeza ao ver quanto de dor e sofrimento aguardava aqueles que não O ouviam nem aceitaram o convite para o Reino...
Conclusão:
Precisamos nos aproximar de Jesus! Em todos os momentos de nossas vidas!
Importante para cada um de nós, saber quando e onde Jesus nasceu em nosso coração! E se descobrirmos que Jesus ainda não nasceu, temos que correr para que Ele possa de fato, nascer em nossas vidas! Para que não nos deixemos levar pelos “MAS” que nos impedem de seguir o convite de Jesus.
==> Sugerir lerem os livros de Amélia Rodrigues, para se aproximarem mais de Jesus.
Reflexão sobre os cap 26 e 27 do livro Céu Azul.
Prece final
Avaliação:
Encontro com 7 jovens. Passei a cena do The Chosen e conversamos sobre o contexto. Eles tem poucas informações sobre a vida de Jesus. A reflexão individual, ficaram mais nas respostas padrão: guia, modelo…
Da música, sabiam um pouco da letra, mas não tinham refletido sobre o relato que trazia.
Não deu tempo de trabalhar com todos os trechos de Joanna; somente com os que abordavam: ira santa (discurso dos “Ais”), choro de Jesus, atenção com as mulheres.
Falei do Cap 26 do livro Céu Azul, que fala da projeção “viva” da cena do calvário de Jesus. Ele não tinham lido os capítulos.
8. Anexos:
Jesus e o Evangelho à luz da Psicologia Profunda, Cap 12 - Julgamentos
Ev. Cap. X - Item 10
Hipócritas, tirai primeiro a trave do vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. Mateus, 7:5
(...)
Estudiosos modernos das propostas neotestamentárias, examinando o texto em epígrafe sob a óptica de uma teologia mais compatível com os avanços da Psicologia Profunda, situam- no entre aqueles que são denominados como os discursos da ira proferidos por Jesus, dentre os quais estão as lamentações a respeito de todos os que desconsideravam a Boa-nova, e foram chamados de ais... (Ai de vós, escribas e fariseus, etc.)
Esses severos alertas traduzem as reações do Homem-Jesus tomado pela ira santa, aquela que reflete a Sua natureza humana, sem qualquer laivo, no entanto, de ressentimento ou ódio, de menosprezo ou desconsideração pelos indivíduos incursos nas Suas austeras palavras. Ressaltam, isto sim, a grandeza da Sua masculinidade enérgica, que não se detinha diante dos comprometimentos pusilânimes e sofistas, irônicos e perversos, a fim de despertar-lhes as consciências adormecidas, cindindo a sombra neles predominante por intermédio da austeridade e do chamamento ao dever, ao conhecimento de si mesmos e a reflexões em torno dos seus limites, de forma que se transformassem em terapia saudável, auxiliando-os em futuros comportamentos.
Era também a maneira vigorosa para dissipar a sombra coletiva que pairava sobre todo o povo vitimado pela predominância do desconhecimento da sua realidade essencial. (...)
Justa, portanto, a Sua ira, que se apresentava com um caráter de corajosa decisão para não permitir a ingerência de tão perniciosos fiscais que se atribuíam o direito e o dever de perturbar Lhe o Ministério que inaugurara. (...)
A análise do erro é sempre uma necessidade impostergável, quando não se faz realizada com perversas intenções de dominação do ego, totalmente divorciada da lei de amor e de caridade. Analisar para auxiliar, para corrigir, para educar, é valiosa contribuição para a construção do ser moral, psicológico e espiritual. (...)
Jesus, que sabia examinar sem julgar, muito menos punir, como consequência viveu sempre muito feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário