segunda-feira, 1 de abril de 2024

A Alma dos Animais

  Casa Espírita Missionários da Luz     –     Juventude > 14 anos – 22/03/2024

Tema: A Alma dos Animais              

Objetivos:

- Estudar como o Espiritismo aborda a questão da alma dos animais e sua evolução.

Bibliografia:

  • O Livro dos Espíritos, item ‘Os animais e o homem’, pergs 592 à 610, ‘Metempsicose’ pergs 611 à 613;

  • O Livro dos Médiuns, Cap. XXII ‘Mediunidade nos Animais’;

  • RE, Junho/1860 > O Espírito e o cãozinho;

  • RE, Maio/1865/questões-e-problemas - Manifestação do Espírito dos animais;

  • RE, Mar/1858 > Júpiter e Alguns Outros Mundos;

  • RE, Ago/1858 > Habitações do Planeta Júpiter;

  • Os Animais tem Alma?, Ernesto Bozzano;

  • Nosso Lar, André Luiz/Chico Xavier.

Material: LE e o livro ‘Os Animais tem Alma?’

1. Hora da novidade, exercícios de respiração profunda, e prece inicial

2. Motivação inicial:

Relatar o caso que Kardec publicou na RE de Maio/1865/questões-e-problemas: Manifestação do Espírito dos animais

Escrevem-nos de Dieppe:

... Caro senhor, parece-me que chegamos a uma época em que devem realizar-se coisas incríveis. Não sei o que pensar de um dos mais estranhos fenômenos que acaba de verificar-se em minha casa. Nos tempos de ceticismo em que vivemos, dele não ousaria falar a ninguém, temendo que me tomem por um alucinado. (...)

Meu pobre filho, falecido em Boulogne-sur-Mer, onde continuava seus estudos, tinha um linda galga que tínhamos educado com extremo cuidado. Na sua espécie era a mais adorável criaturinha que se pudesse imaginar. Nós a queríamos como se ama tudo o que é belo e bom. Ela nos compreendia pelo gesto, assim como pelo olhar. A expressão de seus olhos era tal que parecia que fosse responder quando lhe dirigíamos a palavra.

Depois da morte de seu jovem dono, a pequena Mika ─ tal era o seu nome ─ me foi trazida para Dieppe e, conforme seu hábito, dormia aquecida aos meus pés, em minha cama. No inverno, quando o frio castigava muito, ela se levantava, dava um pequeno gemido de extrema doçura, o que era sua maneira de formular um pedido e, compreendendo o que ela desejava, eu permitia que viesse pôr-se ao meu lado. Então ela se estendia como podia entre dois panos, com o focinho em meu pescoço, que tomava por travesseiro, e dormia, como os felizes da Terra, recebendo meu calor, comunicando-me o seu, o que aliás não me desagradava. Comigo a pobre pequenina passava dias felizes. Mil coisas boas não lhe faltavam, mas, em setembro último, adoeceu e morreu, a despeito dos cuidados do veterinário a quem eu a confiava. Muitas vezes falávamos dela, minha mulher e eu, e a lamentávamos quase como um filho amado, tanto ela havia sabido, pela suavidade, pela inteligência e por seu apego fiel, cativar nossa afeição.

Há pouco tempo, pelo meio da noite, estando deitado mas sem dormir, ouvi partir dos pés de meu leito aquele pequeno gemido que soltava minha pequena cadelinha quando queria alguma coisa. Fiquei de tal modo chocado que estendi o braço para fora do leito, como para atraí-la a mim, e julguei mesmo que ia sentir suas carícias. Ao me levantar de manhã, contei o caso a minha mulher, que me disse: ‘Ouvi a mesma voz, não uma, mas duas vezes. Parecia vir da porta do meu quarto. Meu primeiro pensamento foi que nossa cadelinha não estava morta, e que, foragida da casa do veterinário, que dela se havia apropriado por causa da sua delicadeza, buscava voltar para nossa casa.’

Minha pobre filha doente, que tem sua caminha no quarto de sua mãe, afirma também ter ouvido. Apenas lhe pareceu que a voz não partia da porta de entrada, mas do próprio leito de sua mãe, que é juntinho da porta.

Devo dizer-vos, caro senhor, que o quarto de minha mulher fica acima do meu. Esses sons estranhos viriam da rua, como pensa minha mulher, que não partilha de minhas convicções espíritas? É impossível. Vindos da rua, esses sons tão suaves não teriam chegado ao meu ouvido, pois sou tão surdo que, mesmo no silêncio da noite, não escuto o ruído de uma berlinda que passa. Não escuto nem mesmo a voz do trovão durante uma tempestade. Por outro lado, o som da voz vindo da rua, como explicar a ilusão de minha mulher e de minha filha, que julgaram ouvi-lo como se viesse de um ponto totalmente oposto, da porta de entrada, por minha mulher, do leito desta por minha filha?”

- O que vocês acham que aconteceu? Como podemos explicar esse fato pela DE?

==> deixar que tentem explicar.

3. Discussão do tema com as perguntas do LE

Antes de vermos o que Kardec respondeu ao leitor da RE, vamos pensar sobre algumas questões iniciais desse assunto relativo aos animais e como a DE aborda esse tema.

- No LE Kardec abordou a questão dos animais no final da 2ª parte de o LE, no Cap. XI, Dos Três Reinos.

- Vamos fazer um sorteio pra ver quem responde as perguntas?

(https://spinthewheel.io/pt)

i. Os animais tema alma?  (se quem for sorteado, se não souber responder, pode passar pra outro jovem).

- depois da resposta pelo jovem, ler a pergunta e resposta do LE:

597. Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?

Sim, e que sobrevive ao corpo.

597-a. Esse princípio é uma alma semelhante à do homem?

É também uma alma, se o quiserdes; isso depende do sentido em que se tome a palavra; mas é inferior à do homemHá, entre a alma dos animais e a do homem tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus.

==> Aqui temos outra questão que é a origem dessa alma dos animais, e os Espíritos respondem que é da mesma origem de onde vem o princípio inteligente dos Espíritos:

606. De onde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a espécie particular de alma de que são dotados?

Do elemento inteligente universal.

606-a. A inteligência do homem e a dos animais emanam, portanto, de um princípio único?

Sem nenhuma dúvida; mas no homem ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos.

- Sortear outro jovem pra responder à próxima pergunta:

ii. Após a morte, a alma dos animais conserva sua individualidade e a consciência de si mesma? 

- depois de responderem, ler a pergunta e resposta do LE:

598. A alma dos animais conserva após a morte sua individualidade e a consciência de si mesma?

Sua individualidade, sim, mas não a consciência de si mesma. A vida inteligente permanece em estado latente.

==> Se a alma dos animais não tem a consciência de si, como ficariam depois da morte?

Os Espíritos responderam que os animais não pensam e agem após a morte:

600. A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, fica num estado errante, como a do homem após a morte?

Fica numa espécie de erraticidade, pois não está unida a um corpo. Mas não é um Espírito errante. O Espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do Espírito. O Espírito do animal é classificado após a morte, pelos Espíritos incumbidos disso, e utilizado quase imediatamente: não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas.

- Sorteio de outro jovem para a resposta, e ir sorteando para as demais perguntas:

iii. A alma dos animais pode escolher a espécie em que prefira encarnar-se? 

Resp. na perg. 599. ==> • Não; ela não tem o livre arbítrio.

==> essa pergunta foi desenvolvida na perg. 595:

595. Os animais têm livre-arbítrio?

Não são simples máquinas, como supondes, mas sua liberdade de ação é limitada pelas suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem. Sendo muito inferiores a este, não têm os mesmos deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material.

iv. Os animais progridem como o homem, por sua própria vontade? 

Depois de responderem, ler a resposta à perg.602.:

Pela força das coisas; e é por isso que, para eles, não existe expiação.

E antes dessa pergunta, Kardec havia perguntado se os animais também estão regidos pela lei do progresso:

601. Os animais seguem uma lei progressiva, como os homens?

Sim, e é por isso que nos mundos superiores, onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios de comunicação mais desenvolvidos. São, porém, sempre inferiores e submetidos aos homens, sendo para estes servidores inteligentes.

==> falar dos animais em Júpiter (RE de 1858)

v. A inteligência é uma propriedade comum entre a alma dos animais e a do homem? 

Ler a resposta à perg. 604-a:

Sim, mas os animais não têm senão a inteligência da vida material; nos homens, a inteligência produz a vida moral.

- Kardec já havia perguntado sobre o instinto dos animais:

593. Podemos dizer que os animais só agem por instinto?

Ainda nisso há um sistema. É bem verdade que o instinto domina na maioria dos animais: mas não vês que há os que agem por uma vontade determinada? É que têm inteligência, porém ela é limitada.

4. Conclusão do caso citado na RE (a resposta de Kardec ao leitor)

==> Com esse estudo, com essas informações que os Espíritos deram no LE, como vocês avaliam caso da cachorrinha, relatado pelo leitor da RE? Afinal, a cachorrinha Mika, depois de morta, foi visitar os donos ou não?

- depois das respostas dos jovens, ler a resposta de Kardec:

Os fatos deste gênero não são ainda bastante numerosos nem suficientemente comprovados para deles deduzir-se uma teoria afirmativa ou negativa. A questão do princípio e do fim do Espírito dos animais apenas começa a surgir, e o fato de que se trata a ela se liga essencialmente. Se não for uma ilusão, pelo menos constata o elo de afinidade que existe entre o Espírito dos animais, ou melhor, de certos animais e o do homem.”

Em todo o caso, se existem pontos de contacto entre a alma animal e a alma humana, este não pode ser, no caso da alma animal, senão da parte dos mais adiantados. Um fato importante a constatar é que, entre os seres do mundo espiritual, jamais se fez menção de que existissem Espíritos de animais. Disso pareceria resultar que aqueles não conservam a sua individualidade após a morte e, por outro lado, que a pequena galga, que se teria manifestado, pareceria provar o contrário.”

- vemos aqui, a clareza de Kardec e sua metodologia ao abordar todos os assuntos da DE!

No LM, temos um capítulo chamado “Da Mediunidade nos Animais”, cap. XXII, onde Kardec trata dessa questão.

Numa msg do Espírito Erasto, item 236, temos:

• “É certo que os Espíritos podem tornar-se visíveis e tangíveis aos animais e, muitas vezes, o terror súbito que eles denotam, sem que lhe percebais a causa, é determinado pela visão de um ou de muitos Espíritos. Ainda com mais frequência vedes cavalos que se negam a avançar ou a recuar, ou que empinam diante de um obstáculo imaginário. Pois bem! tende como certo que o obstáculo imaginário é quase sempre um Espírito ou um grupo de Espíritos que se comprazem em impedi-los de mover-se. (…) Mas, repito, não medianizamos diretamente nem os animais, nem a matéria inerte. É-nos sempre necessário o concurso consciente, ou inconsciente, de um médium humano, porque precisamos da união de fluidos similares, o que não achamos nem nos animais, nem na matéria bruta.

==> ou seja, os animais podem perceber os Espíritos, mas não podem servir como médiuns, como intermediários aos Espíritos para comunicações inteligentes.

5. Progresso desse tema após Kardec:

Após Kardec, muito se pesquisou sobre essa questão da existência ou não de animais no mundo dos Espíritos e a possibilidade de comunicação entre a alma dos animais e os homens.

Um grande pesquisador foi Ernesto Bozzano, italiano (1862 à 1943), que se tornou espírita em 1891 e fez diversas pesquisas e experiências.

Ele escreveu o livro ´Os Animais tem Alma?’, onde relata 130 casos de manifestações de assombração, aparições e fenômenos supranormais com animais.

Ele trata diversas abordagens, diversas possibilidades para a aparição de animais, vista por pessoas acordadas, em sonhos.

- pode ser que a pessoa, o médium que viu o ‘espírito’ do animal, tenha acessado as memórias do dono do animal. Ou seja, acessou as lembranças da pessoa sobre o animalzinho de estimação.

- outra possibilidade, é ‘telepatia’ de um encarnado, ou desencarnado, que ‘cria’ fluidicamente a imagem do animal que é visualizado por alguém. Sabemos que o pensamento gera imagens fluídicas. Kardec chamou de fotografia do pensamento.

- Espíritos inferiores, culpados por faltas graves, assumem inconscientemente (ou por hipnose de outro Espírito), a forma de um animal; (licantropia; zoantropia)

- psicometria: faculdade de perceber acontecimentos que ocorreram no local. Então, a visão do animal, seria a imagem de um animal que esteve em algum momento, numa ocorrência no local;

- a existência da alma do animal morto, no local, atuando junto às pessoas, como no caso da cachorrinha do leitor da RE. No livro Nosso Lar, André Luiz fala da existência de animais no plano espiritual, auxiliando os trabalhadores na cidade espiritual, Nosso Lar. Mas não são forma de animais que tenhamos aqui na Terra, enquanto encarnados.

4. Conclusão

Comentário Kardec à perg. 613

Quanto às relações misteriosas que existem entre o homem e os animais, isso, repetimos, está nos segredos de Deus, como muitas outras coisas, cujo conhecimento atual nada importa ao nosso progresso e sobre as quais seria inútil determo-nos.

5. Prece Final e passes coletivos

6. Avaliação:

Tema desenvolvido em 2 encontros.
22/03/24 – Com 6 jovens. 
Somente uim deles não tem animal doméstico. Contei a história da pequena Mika, e a conversa inicial sobre o que pensavam sobre a situação dos animais após a morte foi bem boa.

Fomos até a perg.595, sobre o livre arbítrio dos animais, com boa participação do grupo.

O aplicativo de sorteio é ótimo. Usei com o tablet mostrando a eles a roleta girando.


29/03/24 – Com 5 jovens. Tivemos visita de uma jovem da Pré, pois as demais turmas estavam em atividade comum, com teatro de fantoches sobre a Páscoa. Concluímos o tema. Não mostraram muito interesse na descrição dos animais em Júpiter. Não conheciam licantropia nem zoantropia. Também não tinham ouvido falar de psicometria. No início pedi que relatassem às duas jovens que não estavam na semana passada, o que foi visto na primeira parte do estudo do tema. Demoraram um pouco pra lembrar qual tinha sido o assunto… Depois que lembraram, uma das jovens fez esquema da criação no quadro.

7. Anexos:

Livro dos Espíritos:

Comentário de Kardec à perg.585:

Os animais, também compostos de matéria inerte e igualmente dotados de vitalidade, possuem, além disso, uma espécie de inteligência instintiva, limitada, e a consciência de sua existência e de sua individualidade. O homem, tendo tudo o que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma inteligência especial, indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro, a percepção das coisas extra materiais e o conhecimento de Deus.

Os Animais e os Homens (Perguntas 592 a 610)

592. Se comparamos o homem e os animais, em relação à inteligência, parece difícil estabelecer a linha de demarcação. Essa linha de demarcação pode ser estabelecida de maneira precisa?

O homem é um ser à parte. No físico, o homem é como os animais e menos bem provido que muitos dentre eles. Seu corpo se destrói como o dos animais, isto é certo, mas o seu Espírito tem um destino que só ele pode compreender, porque só ele é completamente livre. Reconhecei o homem pela faculdade de pensar em Deus.

610. Os Espíritos que disseram que o homem é um ser à parte na ordem da Criação enganaram-se, então?

Não, mas a questão não havia sido desenvolvida, e há coisas que não podem vir senão a seu tempo. O homem é, de fato, um ser à parte, porque tem faculdades que o distinguem de todos os outros e tem outro destino. A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação dos seres que podem conhecê-lo.

Perg. 612. Poderia encarnar num animal o Espírito que animou o corpo de um homem?

Isso seria retrogradar e o Espírito não retrograda. O rio não remonta à sua nascente.”

RE, Junho/1860 > O Espírito e o cãozinho

O Sr. G. G..., de Marselha, nos transmite este fato:

Um rapaz faleceu há oito meses e sua família, na qual há três irmãs médiuns, o evoca quase que diariamente, servindo-se de uma cesta. Cada vez que o Espírito é chamado, um cãozinho, do qual ele gostava muito, salta sobre a mesa e vem cheirar a cesta, soltando ganidos. A primeira vez que isto aconteceu, a cesta escreveu: ”Meu valente cachorrinho, que me reconhece.”

No dia seguinte a Sra. Lec..., médium, membro da Sociedade, recebeu em particular a seguinte explicação sobre o mesmo assunto:

O fato citado na Sociedade é verídico, embora o perispírito destacado do corpo não tenha nenhuma de suas emanações. O cão farejava a presença de seu dono.

(...)

Por suas fibras nervosas, o cão é posto em relação direta conosco, Espíritos, quase tanto quanto com os homens. Ele percebe as aparições; dá-se conta da diferença existente entre elas e as coisas reais ou terrenas, e lhes tem muito medo. O cão uiva à Lua, conforme a expressão vulgar; uiva também quando sente vir a morte. Nestes dois casos, e em muitos outros mais, o cão é intuitivo. Acrescentarei que seu órgão visual é menos desenvolvido que as suas sensações. Ele vê menos do que sente. O fluido elétrico o penetra quase que habitualmente. O fato que me serviu de ponto de partida nada tem de admirável, porque, no momento do desprendimento da vontade que chamava o seu dono, o cão sentia sua presença quase tão depressa quanto o próprio Espírito escutava e respondia ao chamado que lhe era feito.” Georges (Espírito familiar)

RE, Maio/1865/questões-e-problemas

Resposta de Kardec sobre o relato que um leitor da RE fez, dizendo que a cachorrinha da família, que havia morrido, veio visitá-los de noite (usado na sensibilização para o tema):

Os fatos deste gênero não são ainda bastante numerosos nem suficientemente comprovados para deles deduzir-se uma teoria afirmativa ou negativa. A questão do princípio e do fim do Espírito dos animais apenas começa a surgir, e o fato de que se trata a ela se liga essencialmente. Se não for uma ilusão, pelo menos constata o elo de afinidade que existe entre o Espírito dos animais, ou melhor, de certos animais e o do homem. Aliás, parece positivamente provado que há animais que veem os Espíritos e com estes se impressionam. Temos relatado vários exemplos na Revista, entre outros o do Espírito e o cãozinho, no número de junho de 1860. Se os animais veem os Espíritos, evidentemente não é pelos olhos do corpo. Então, também eles têm uma espécie de visão espiritual.”

Não é por meio de sistemas que se poderá resolver esta grave questão, mas pelos fatos. Se deve sê-lo um dia, o Espiritismo, criando a psicologia experimental, é o único que lhe poderá fornecer os meios. Em todo o caso, se existem pontos de contacto entre a alma animal e a alma humana, este não pode ser, no caso da alma animal, senão da parte dos mais adiantados. Um fato importante a constatar é que, entre os seres do mundo espiritual, jamais se fez menção de que existissem Espíritos de animais. Disso pareceria resultar que aqueles não conservam a sua individualidade após a morte e, por outro lado, que a pequena galga, que se teria manifestado, pareceria provar o contrário.”

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