quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Liberdade e Responsabilidade

 Casa Espírita Missionários da Luz - Diretoria de Infância e Juventude

Mocidade:  > 14 anos                                    27/08/2021

Google Meet

Tema: Liberdade e Responsabilidade

 

Objetivo:

Refletir sobre o conceito de liberdade e a responsabilidade que lhe é associada;

Refletir: sou livre em meus atos?;

Consigo diferenciar meus pensamentos dos do grupo social e da mídia?

 

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos: Pergs. 122, 127, 262 à 273, 843 à 867, 872;

Evangelho Seg.Espiritismo, Cap.V – BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS, itens 6 à 8;

A Gênese, Cap. III, itens 9 e 10 - 'Origem do Bem e do Mal';

Mateus,16:27 - a cada um será dado segundo as suas obras;

Paulo. (II Timóteo, 2:22) “Foge também aos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”.;

Paulo. 1 Coríntios, 6.12   ‘Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm’;

Paulo e Estêvão, Emmanuel/Chico Xavier, 2ªparte, Cap.4 'Primeiros labores apostólicos' (Paulo conhece Timóteo);

Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel/Chico Xavier, Cap 151 ‘Mocidade’;

https://www.youtube.com/watch?v=C7rsFe_g0qk - As escolhas da Vida - Haroldo Dutra Dias – conversa com a juventude no Rio (Mar2017).

Haroldo fala de sua infância e juventude e como conheceu a DE.

 

Material: pedir que os jovens tenham caneta e papel em mãos.

 

Desenvolvimento:

1.            Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e prece Inicial

 

2.            Motivação ao tema:

Pedir que peguem a folha pautada e a caneta.

Pensem em seus pais.

- Eles também tiveram 15, 16, 18 anos! Tiveram sonhos, fizeram planos! Fizeram muitas escolhas na vida! Como passaram pela juventude? Que desafios enfrentaram?

 

- Escrevam o que sabem da juventude deles.

É importante olhar o passado para entender o presente e aprender com as experiências dos que nos antecederam!

O exercício é um olhar de reconhecimento, de amor e não de julgamento! Eles deram a vocês algo que não tem preço:  a vida! E por isso precisamos ser eternamente gratos!

 

Dar 5 minutos para essa reflexão. Quem acabar, favor avisar no chat da sala!

 

Passado esse tempo, perguntar como foi para eles essa reflexão:

- conseguiram ver os seus pais como jovens cheios de planos para o futuro?

- será que eles mudariam suas escolhas se pudessem voltar no tempo?

 

3.            Desenvolvimento: minhas escolhas – livre arbítrio

 

Nosso tema de hoje é o livre arbítrio e a consequente responsabilidade pelas consequências de nossas ações, de nossas escolhas.

O quanto estamos conscientes sobre nossas escolhas?

O quanto somos levados pelas ideias de outros?

 

Como fazer para ter escolhas corretas?

Afinal, quando jovens, vemos a vida com a perspectiva da juventude...

Já pensaram sobre isso?   (pedir que se coloquem, incentivando a participação)

 

Tem um vídeo no Youtube de uma conversa de Haroldo Dutra Dias com os jovens do Rio em Março de 2017, e ele deu uma dica: responder a 2 perguntas antes de qualquer decisão (regra áurea trazida por Jesus):

            - E se fosse comigo?

            - E se todos fizessem isso, como seria?

Ex. bem simples pra gente entender: jogar papel de bala no chão. Eu jogar é só 1 papel. Mas se todos da escola jogarem, como ficaria o pátio da escola?

 

Haroldo reforça que o problema de nossa visão ainda egoísta, é que é tudo sempre relativo quando se refere aos outros, mas absoluto quando é para mim! Nesse caso é ‘pode’ ou não pode’! Certo ou errado! Já para os outros é: ’depende’...

- se fizessem comigo é claro que é errado! Que é injusto!

- mas se eu faço com os outros... Depende... eu tenho justificativa....

 

Temos que pensar muito antes de responder SIM. E também antes de responder NÂO.

 

Outra coisa que Haroldo fala: nunca se esquecer da sua realidade espiritual! Estar desperto para isso nos auxilia nas escolhas; no uso de nosso livre arbítrio.

 

 

No Novo Testamento temos 2 cartas do apóstolo Paulo à Timóteo, um jovem de 13 anos que acompanhou Paulo na tarefa da divulgação da Boa Nova.

Imagina as dificuldades desse jovem nessa tarefa!

Ele tinha Paulo para o orientar. Vejamos algumas orientações:

 

- que ele permanecesse fiel ao ‘dom’ que recebeu na encarnação e não se perdesse com escolhas equivocadas no caminho!

            - quais dons recebemos nessa encarnação? Como usamos?

 

- as dores, os problemas, os sofrimentos, não são motivo de vergonha!!! Nem para deixar de seguir o correto, de lutar pelo que é certo, se envolver nas ações da Vida!  Vergonha é se perder no caminho das ilusões!

            - Faz sentido ainda hoje essas orientações? Sabemos o quanto o julgamento dos outros jovens tem impacto na vida de cada jovem. Como lidar com essas questões?

 

- não é para viver como um padre adulto, sério; mas também não é para se perder nos convites que aparecem na juventude, esquecendo que somos um Espírito reencarnado!!

Quais são esses convites que são desvios? É difícil ser jovem espírita?

 

Timóteo tinha Paulo para orientá-lo.

E vocês? Quem vocês buscam para auxílio nas escolhas?  (deixar que pensem e respondam quem é o adulto de referência de cada um deles? Importante essa reflexão para refletirem sobre as pessoas que estão em seus relacionamentos e a importância delas)

 

Vocês acham que conseguem diferenciar seus pensamentos dos do grupo social e da mídia?

Coisas que vocês ‘gostam’ ou ‘querem’, será que realmente gostam e querem ou estão somente sendo levados pelo meio em que vivem?

- nós todos somos influenciados pelo grupo social! Essa é uma das habilidades do setor de propaganda e marketing: levar os clientes a sentirem a necessidade de adquirir seus produtos.

- por isso, é necessário ponderar, refletir, ter domínio real de si, de seus valores, para ter maiores condições de discernir entre as diversas opções que a todo momento nos são oferecidas.  (autoconhecimento)

 

Tudo o que fazemos gera uma consequência. Sempre. Se a ação foi boa, boa será a consequência.

Se foi equivocada, haverá prejuízos para o autor da ação e muitas vezes, também para outras pessoas que também podem ser prejudicadas pela ação tomada por outro.

É a lei do mar: o que você joga no mar, a onda traz de volta para você!

 

4.            Exercícios de respiração profunda, prece final e passes

5.            Avaliação:

10 jovens presentes com boa participação. Até abriram as câmeras!

  

ANEXOS

 

Emmanuel/Chico Xavier, em Paulo e Estêvão, 2ªparte, Cap.4 'Primeiros labores apostólicos'

Paulo de Tarso e o jovem Timóteo.

Timóteo tinha pouco mais de 13 anos, quando conheceu Paulo e se tornou cristão.

- as cartas de Paulo a Timóteo o orientam para as escolhas baseadas no Evangelho de Jesus.

 

Novo Testamento – Timóteo – Atos dos Apóstolos -I Timóteo, Cap. 4:12-16

Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. Até que eu vá, aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino.

Não negligencies o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbítero.

Ocupa-te destas coisas, dedica-te inteiramente a elas, para que o teu progresso seja manifesto a todos.

Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.

 

II Timóteo, Cap.1:6-8

Por esta razão te lembro que despertes o dom de Deus, que há em ti pela imposição das minhas mãos.

Porque Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.

Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa comigo dos sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus.

 

II Timóteo, Cap.1:15-16

Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Mas evita as conversas vãs e profanas; porque os que delas usam passarão a impiedade ainda maior

 

II Timóteo, Cap.1:22

Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.

 

Livro dos Espíritos

LE Perg.844

Do livre-arbítrio goza o homem desde o seu nascimento?

“Há liberdade de agir, desde que haja vontade de fazê-lo. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade, que se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades. Estando seus pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a criança aplica o seu livre-arbítrio àquilo que lhe é necessário.”

 

 

LE Perg. 262. Como pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e carecido de experiência, escolher uma existência com conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha?

“Deus lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos dos bons Espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem.”

- no caso das crianças e jovens, os pais fazem o mesmo: orientam e decidem pelos filhos.

- Quanto maior a inteligência, maior a liberdade, maior a responsabilidade. (Perg.849)

 

LE.Perg 859.a) — Haverá fatos que forçosamente devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar, embora o queiram?

“Há, mas que tu viste e pressentiste quando, no estado de Espírito, fizeste a tua escolha. Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja escrito, como costumam dizer. Um acontecimento qualquer pode ser a consequência de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal sorte que, se não o houvesses praticado, o acontecimento não se teria dado. Imagina que queimas o dedo. Isso nada mais é senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria. Só as grandes dores, os fatos importantes e capazes de influir no moral, Deus os prevê, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução.”

 

LE Perg. 851. Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?

“A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.

 

LE Perg.866. Então, a fatalidade que parece presidir aos destinos materiais de nossa vida também é resultante do nosso livre-arbítrio?

Tu mesmo escolheste a tua prova. Quanto mais rude ela for e melhor a suportares, tanto mais te elevarás. Os que passam a vida na abundância e na ventura humana são Espíritos pusilânimes, que permanecem estacionários. Assim, o número dos desafortunados é muito superior ao dos felizes deste mundo, atento que os Espíritos, na sua maioria, procuram as provas que lhes sejam mais proveitosas. Eles vêem perfeitamente bem a futilidade das vossas grandezas e gozos. Acresce que a mais ditosa existência é sempre agitada, sempre perturbada, quando mais não seja, pela ausência da dor.”

 

Evangelho Segundo o Espiritismo

Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.

Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!  Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa,  não estaria em semelhante condição.

(CAP V, item 4)

 

Mas, se há males nesta vida cuja causa primária é o homem, outros há também aos quais, pelo menos na aparência, ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal, por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família. Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; os flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, o cretinismo, etc.

Os que nascem nessas condições, certamente nada hão feito na existência atual para merecer, sem compensação, tão triste sorte, que não podiam evitar, que são impotentes para mudar por si mesmos (...). Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa existência precedente. (CAP V, item 6)

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