Casa Espírita Missionários da Luz - Diretoria de Infância e Juventude
Mocidade:
> 14 anos 27/08/2021
Google Meet
Tema: Liberdade e Responsabilidade
Objetivo:
Refletir sobre o conceito de liberdade e a
responsabilidade que lhe é associada;
Refletir: sou livre em meus atos?;
Consigo diferenciar meus pensamentos dos do
grupo social e da mídia?
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos: Pergs. 122, 127,
262 à 273, 843 à 867, 872;
Evangelho
Seg.Espiritismo, Cap.V – BEM-AVENTURADOS OS
AFLITOS, itens 6 à 8;
A Gênese,
Cap. III, itens 9 e 10 - 'Origem do Bem e do Mal';
Mateus,16:27 - a cada
um será dado segundo as suas obras;
Paulo. (II Timóteo, 2:22) “Foge também aos desejos da mocidade; e segue a
justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”.;
Paulo. 1 Coríntios, 6.12 ‘Todas as coisas me são
lícitas, mas nem todas convêm’;
Paulo e Estêvão, Emmanuel/Chico Xavier,
2ªparte, Cap.4 'Primeiros labores apostólicos' (Paulo conhece Timóteo);
Caminho, Verdade e
Vida, Emmanuel/Chico Xavier, Cap 151 ‘Mocidade’;
https://www.youtube.com/watch?v=C7rsFe_g0qk - As escolhas da Vida - Haroldo Dutra Dias – conversa com a juventude
no Rio (Mar2017).
Haroldo fala de
sua infância e juventude e como conheceu a DE.
Material: pedir que os jovens tenham caneta e papel em
mãos.
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade, exercícios de respiração profunda e prece Inicial
2.
Motivação
ao tema:
Pedir que
peguem a folha pautada e a caneta.
Pensem em
seus pais.
- Eles
também tiveram 15, 16, 18 anos! Tiveram sonhos, fizeram planos! Fizeram muitas
escolhas na vida! Como passaram pela juventude? Que desafios enfrentaram?
- Escrevam
o que sabem da juventude deles.
É
importante olhar o passado para entender o presente e aprender com as
experiências dos que nos antecederam!
O exercício é um olhar de reconhecimento, de
amor e não de julgamento! Eles deram a vocês algo que não tem preço: a vida! E por isso precisamos ser eternamente
gratos!
Dar 5
minutos para essa reflexão. Quem acabar, favor avisar no chat da sala!
Passado
esse tempo, perguntar como foi para eles essa reflexão:
-
conseguiram ver os seus pais como jovens cheios de planos para o futuro?
- será que
eles mudariam suas escolhas se pudessem voltar no tempo?
3.
Desenvolvimento:
minhas escolhas – livre arbítrio
Nosso tema de hoje é o livre arbítrio e a
consequente responsabilidade pelas consequências de nossas ações, de nossas
escolhas.
O quanto estamos conscientes sobre nossas escolhas?
O quanto somos levados pelas ideias de outros?
Como fazer para
ter escolhas corretas?
Afinal, quando jovens, vemos a vida com a
perspectiva da juventude...
Já pensaram sobre isso? (pedir
que se coloquem, incentivando a participação)
Tem
um vídeo no Youtube de uma conversa de Haroldo Dutra Dias com os jovens do Rio
em Março de 2017, e ele deu uma dica: responder a 2 perguntas antes de qualquer
decisão (regra áurea trazida por
Jesus):
- E se fosse comigo?
- E se todos fizessem isso, como
seria?
Ex. bem simples pra gente entender: jogar papel
de bala no chão. Eu jogar é só 1 papel. Mas se todos da escola jogarem, como
ficaria o pátio da escola?
Haroldo reforça que o problema de nossa visão ainda
egoísta, é que é tudo sempre relativo
quando se refere aos outros, mas absoluto quando é para mim! Nesse caso é
‘pode’ ou não pode’! Certo ou errado! Já para os outros é: ’depende’...
- se fizessem comigo é claro que é errado! Que é
injusto!
- mas se eu faço com os outros... Depende... eu
tenho justificativa....
Temos que pensar muito antes de responder SIM. E
também antes de responder NÂO.
Outra coisa
que Haroldo fala: nunca se esquecer
da sua realidade espiritual! Estar
desperto para isso nos auxilia nas escolhas; no uso de nosso livre arbítrio.
No Novo Testamento temos 2 cartas do apóstolo
Paulo à Timóteo, um jovem de 13 anos que acompanhou Paulo na tarefa da
divulgação da Boa Nova.
Imagina as dificuldades desse jovem nessa
tarefa!
Ele tinha Paulo para o orientar. Vejamos
algumas orientações:
- que ele permanecesse
fiel ao ‘dom’ que recebeu na encarnação e não se perdesse com escolhas
equivocadas no caminho!
-
quais dons recebemos nessa
encarnação? Como usamos?
- as dores, os
problemas, os sofrimentos, não são motivo de vergonha!!! Nem para deixar de
seguir o correto, de lutar pelo que é certo, se envolver nas ações da
Vida! Vergonha é se perder no caminho
das ilusões!
- Faz sentido ainda hoje essas orientações? Sabemos o
quanto o julgamento dos outros jovens
tem impacto na vida de cada jovem. Como lidar com essas questões?
- não é para viver como um padre adulto, sério; mas
também não é para se perder nos convites que aparecem na juventude, esquecendo
que somos um Espírito reencarnado!!
Quais são
esses convites que são desvios? É difícil ser jovem espírita?
Timóteo tinha Paulo para orientá-lo.
E vocês?
Quem vocês buscam para auxílio nas escolhas? (deixar
que pensem e respondam quem é o adulto de referência de cada um deles?
Importante essa reflexão para refletirem sobre as pessoas que estão em seus
relacionamentos e a importância delas)
Vocês acham que conseguem diferenciar
seus pensamentos dos do grupo social e da mídia?
Coisas que vocês
‘gostam’ ou ‘querem’, será que realmente gostam e querem ou estão somente sendo
levados pelo meio em que vivem?
- nós todos somos influenciados pelo grupo social! Essa é
uma das habilidades do setor de propaganda e marketing: levar os clientes a sentirem a necessidade de adquirir seus
produtos.
- por isso, é
necessário ponderar, refletir, ter domínio real de si, de seus valores, para
ter maiores condições de discernir entre as diversas opções que a todo momento
nos são oferecidas. (autoconhecimento)
Tudo o que fazemos gera uma consequência. Sempre.
Se a ação foi boa, boa será a consequência.
Se foi equivocada, haverá prejuízos para o autor da
ação e muitas vezes, também para outras pessoas que também podem ser
prejudicadas pela ação tomada por outro.
É a lei do mar: o que você joga no mar, a onda traz
de volta para você!
4.
Exercícios
de respiração profunda, prece final e passes
5.
Avaliação:
10 jovens presentes com boa
participação. Até abriram as câmeras!
ANEXOS
Emmanuel/Chico Xavier,
em Paulo e Estêvão, 2ªparte, Cap.4 'Primeiros labores apostólicos'
Paulo de Tarso e o jovem Timóteo.
Timóteo tinha pouco
mais de 13 anos, quando conheceu Paulo e se tornou cristão.
- as cartas de Paulo a
Timóteo o orientam para as escolhas baseadas no Evangelho de Jesus.
Novo Testamento – Timóteo – Atos dos Apóstolos -I Timóteo,
Cap. 4:12-16
Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê um exemplo para
os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza. Até que eu vá,
aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino.
Não negligencies o dom
que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do
presbítero.
Ocupa-te destas coisas,
dedica-te inteiramente a elas, para que o teu progresso seja manifesto a todos.
Tem cuidado de ti mesmo
e do teu ensino; persevera
nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como
aos que te ouvem.
II Timóteo, Cap.1:6-8
Por esta razão te
lembro que despertes o dom de Deus, que há em ti pela imposição das minhas
mãos.
Porque Deus não nos deu
o espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.
Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou
prisioneiro seu; antes participa comigo dos sofrimentos do evangelho segundo o
poder de Deus.
II
Timóteo, Cap.1:15-16
Procura apresentar-te
diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que
maneja bem a palavra da verdade. Mas evita as conversas vãs e profanas; porque os que delas usam
passarão a impiedade ainda maior
II
Timóteo, Cap.1:22
Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a
fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.
Livro dos
Espíritos
LE Perg.844
Do livre-arbítrio goza o homem desde o seu
nascimento?
“Há liberdade de
agir, desde que haja vontade de fazê-lo. Nas primeiras fases da vida, quase
nula é a liberdade, que se desenvolve e
muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades. Estando seus
pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a criança aplica o
seu livre-arbítrio àquilo que lhe é necessário.”
LE Perg. 262. Como pode o Espírito, que, em sua origem, é simples, ignorante e
carecido de experiência, escolher uma existência com conhecimento de causa e
ser responsável por essa escolha?
“Deus lhe supre a
inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir, como fazeis com a
criancinha. Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o seu livre-arbítrio
se desenvolve, senhor de proceder à escolha e só então é que muitas vezes
lhe acontece extraviar-se, tomando o mau caminho, por desatender os conselhos
dos bons Espíritos. A isso é que se pode chamar a queda do homem.”
- no caso das crianças e jovens, os pais fazem o
mesmo: orientam e decidem pelos filhos.
-
Quanto maior a inteligência, maior a liberdade, maior a responsabilidade.
(Perg.849)
LE.Perg 859.a) — Haverá fatos que forçosamente
devam dar-se e que os Espíritos não possam conjurar, embora o queiram?
“Há, mas que tu viste e pressentiste quando, no estado de Espírito,
fizeste a tua escolha. Não creias, entretanto, que tudo o que sucede esteja
escrito, como costumam dizer. Um acontecimento qualquer pode ser a consequência
de um ato que praticaste por tua livre vontade, de tal sorte que, se não o houvesses
praticado, o acontecimento não se teria dado. Imagina que queimas o dedo. Isso
nada mais é senão resultado da tua imprudência e efeito da matéria. Só as grandes dores, os fatos importantes e
capazes de influir no moral, Deus os prevê, porque são úteis à tua depuração e
à tua instrução.”
LE Perg. 851. Haverá fatalidade nos
acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer
dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a
ser do livre-arbítrio?
“A fatalidade existe unicamente
pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para
sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de
destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado.
Falo das provas físicas, pois, pelo que
toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio
quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.
LE Perg.866. Então, a fatalidade que parece presidir aos destinos materiais de nossa
vida também é resultante do nosso livre-arbítrio?
“Tu mesmo escolheste a tua prova. Quanto
mais rude ela for e melhor a suportares, tanto mais te elevarás. Os que passam
a vida na abundância e na ventura humana são Espíritos pusilânimes, que
permanecem estacionários. Assim, o número dos desafortunados é muito superior
ao dos felizes deste mundo, atento que os Espíritos, na sua maioria, procuram
as provas que lhes sejam mais proveitosas. Eles vêem perfeitamente bem a
futilidade das vossas grandezas e gozos. Acresce que a mais ditosa existência é
sempre agitada, sempre perturbada, quando mais não seja, pela ausência da dor.”
Evangelho Segundo o Espiritismo
Remontando-se
à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência
natural do caráter e do proceder dos que os suportam.
Quantos
homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de
seu orgulho e de sua ambição!
Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no
coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem
dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer:
Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.
(CAP V, item 4)
Mas, se há males nesta vida cuja
causa primária é o homem, outros há também aos quais, pelo menos na aparência,
ele é completamente estranho e que parecem atingi-lo como por fatalidade. Tal,
por exemplo, a perda de entes queridos e a dos que são o amparo da família.
Tais, ainda, os acidentes que nenhuma previsão poderia impedir; os reveses da
fortuna, que frustram todas as precauções aconselhadas pela prudência; os
flagelos naturais, as enfermidades de nascença, sobretudo as que tiram a tantos
infelizes os meios de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia,
o cretinismo, etc.
Os que nascem nessas condições,
certamente nada hão feito na existência atual para merecer, sem compensação,
tão triste sorte, que não podiam evitar, que são impotentes para mudar por si
mesmos (...). Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta não se encontra
na vida atual, há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa
existência precedente. (CAP V, item 6)
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