quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Igualdade entre Homens Mulheres

 Casa Espírita Missionários da Luz                                       Mocidade: > 13 anos – 13/08/2021

Estudo Virtual Google Meet

Tema: Igualdade entre Homens Mulheres

Objetivos:

·         Identificar que perante Deus, somos todos iguais;

·         Refletir sobre a igualdade de direitos e deveres com relação ao gênero.

Bibliografia:

l  O Livro dos Espíritos, 3 parte, Cap. IX - Lei da Igualdade; pergs. 200 à 202 (Sexo dos Espíritos)

l  RE, Abril 1868, Dissertações Espíritas (Emancipação das Mulheres);

l  RE, Jan1866 ‘As Mulheres em Alma?’ – texto de Kardec;

l  RE, Abr 1867 Dissertações Espíritas (A Missão da Mulher) – msg de Cáritas;

l  Vida: Desafios e Soluções, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 7. Descobrindo o Inconsciente, item 7.1 Análise do inconsciente.

 

Material:  

 

Desenvolvimento:

  1. Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e Prece Inicial
  2. Motivação: 

Iniciar perguntando ao grupo:

- Existe desigualdade de direitos no mundo em relação aos homens e mulheres?

 

Existindo, essa desigualdade é obra dos homens ou de Deus?

 

- Ler o texto de Kardec:

 “Criou Deus as almas masculinas e femininas, e fez estas inferiores àquelas? Eis toda a questão. Se assim é, a inferioridade da mulher está nos desígnios divinos, e nenhuma lei humana poderia nisso interferir. Se, ao contrário, ele as criou iguais e semelhantes, as desigualdades baseadas na ignorância e na força bruta desaparecerão com o progresso e o reinado da justiça.”  (RE, Jan1866 ‘As Mulheres em Alma?’)

- vemos então, na perg 817 de OLE, que a desigualdade não é obra de Deus:

 

São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?
“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”

Vemos na perg. 200. Têm sexos os Espíritos?

Não como o entendeis, pois que os sexos dependem do organismo. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na semelhança dos sentimentos.”

 

Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens.  (comentário de Kardec à perg. 202)


3.    Discussão dialogada


A DE nos explica então, que “as desigualdades baseadas na ignorância e na força bruta desaparecerão com o progresso e o reinado da justiça.”  

 

Mas cabe uma pergunta relacionada à natureza, ou seja, às leis naturais:

Com que fim a mulher é mais fraca fisicamente do que o homem?  (LE perg. 819)

- o que acham? Porque Deus fez o corpo feminino mais fraco que o masculino?

 

Para lhe determinar funções especiais. Ao homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos o dever de se ajudarem mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.”.

 

- Quais são essas funções especiais da mulher?

è maternidade, conciliação, consolação, cuidado. 

Vocês concordam? 

Vamos falar de nossa experiência pessoal, para tentarmos perceber as características, dessas funções diferenciadas, do masculino e do feminino? 

Tomemos por base nossos pais, tios, avós, as referências que temos em família.

è pedir que todos se coloquem (anotar as características que eles citarem) 

- Quais são as características dessas duas polaridades?  (psicologia junguiana)

O aspecto feminino em nós é aquele que tem contato com as emoções. É ele que nutre, acolhe, cuida. Doa. Intuição. 

Masculino: São nossos aspectos lógicos, racionais. Com ele nos tornamos agressivos, competitivos e tomadores de decisões. Independentes. Liderança. Autoridade.

 

A encarnação num determinado gênero nos permite essas características, essas potencialidades que, como Espíritos imortais, precisamos desenvolver. 

Vemos isso na resp. à perg. 202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?

“Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.” 

4.    Fixação de Conteúdo 

Precisamos reconhecer, valorizar e respeitar as duas polaridades, pois ambas são necessárias ao nosso desenvolvimento. 

Jesus equilibrava as duas polaridades, atuando ora com o animus (masculino), ora com a anima (feminino) dependendo da situação. 

“Jesus, por exemplo, harmonizava as duas naturezas, o animus, quando era necessário usar da energia e vontade forte para invectivar os hipócritas e lutar sem receio pelo ideal do Amor, e o anima, quando atendia os infelizes que O buscavam, necessitados de entendimento e auxílio. Ninguém, como Ele, conseguiu essa perfeita identificação do yang e do yin, provando ser o Espírito mais elevado que Deus ofereceu ao homem para servir-lhe de modelo e guia, conforme responderam os Mensageiros da Humanidade a Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, na questão número 625.” (Vida: Desafios e Soluções, Joanna de Ângelis, Cap. 7. Descobrindo o Inconsciente, item 7.1 Análise do inconsciente)  

5.    Conclusão

RE, Abril 1868, Dissertações Espíritas (Emancipação das Mulheres)

OBSERVAÇÃO: Temos dito e repetido muitas vezes, a emancipação da mulher será a consequência da difusão do Espiritismo, porque ele funda os seus direitos, não numa ideia filosófica generosa, mas na própria identidade da natureza do Espírito. Provando que não há Espíritos homens e Espíritos mulheres; que todos têm a mesma essência, a mesma origem e o mesmo destino, ele consagra a igualdade dos direitos. A grande lei da reencarnação vem, além disto, sancionar esse princípio. Considerando-se que os mesmos Espíritos podem encarnar-se tanto como homens quanto como mulheres, disso resulta que o homem que escraviza a mulher poderá ser escravizado por sua vez; que assim, trabalhando pela emancipação das mulheres, os homens trabalham pela emancipação geral e, por consequência, em proveito próprio. As mulheres têm, pois, um interesse direto na propagação do Espiritismo, porque este fornece ao apoio de sua causa os mais poderosos argumentos que jamais foram invocados.  (Kardec)

 6.    Exercícios de respiração lenta e profunda e prece final.

 7.    Avaliação

Encontro para 8 jovens com boa participação e interesse. Fizeram boas reflexões, percebendo as diferenças nos lares, de acordo com a educação recebida pelas diferentes gerações.

 

ANEXOS

Apoio doutrinário:

èPerg.803 de O LE:

803. Perante Deus, são iguais todos os homens?

“Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. Dizeis frequentemente: ‘O Sol luz para todos’ e enunciais assim uma verdade maior e mais geral do que pensais.”

Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos seus olhos, são iguais.        

 

As funções destinadas à mulher pela natureza terão importância tão grande quanto as concedidas ao homem?
“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.” (LE perg. 821)

Uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?

Dos direitos, sim; das funções, não. Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete. Ocupe-se do exterior o homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão. A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.”  (LE perg. 822a)

 

RE, Jan1866 ‘As Mulheres em Alma?’

“Criou Deus as almas masculinas e femininas, e fez estas inferiores àquelas? Eis toda a questão. Se assim é, a inferioridade da mulher está nos desígnios divinos, e nenhuma lei humana poderia nisso interferir. Se, ao contrário, ele as criou iguais e semelhantes, as desigualdades baseadas na ignorância e na força bruta desaparecerão com o progresso e o reinado da justiça.”

“A Natureza fez o sexo feminino mais fraco que o outro, porque os deveres que lhe incumbem não exigem uma igual força muscular e seriam até incompatíveis com a rudeza masculina. Nele a delicadeza das formas e das sensações são admiravelmente apropriadas aos cuidados da maternidade. Aos homens e às mulheres são, assim, atribuídos deveres especiais igualmente importantes na ordem das coisas; são dois elementos que se completam um pelo outro.”

“Portanto, só existe diferença entre o homem e a mulher em relação ao organismo material, que se aniquila com a morte do corpo. Mas, quanto ao Espírito, à alma, ao ser essencial, imperecível, ela não existe, porque não há duas espécies de almas. Assim quis Deus, em sua justiça para com todas as suas criaturas. Dando a todas um mesmo princípio, estabeleceu a verdadeira igualdade. A desigualdade só existe temporariamente, no grau de adiantamento; mas todos têm direito ao mesmo destino, ao qual cada um chega por seu trabalho, porque Deus não favoreceu ninguém às custas dos outros.”

“Com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à fraqueza, mas é um direito alicerçado nas próprias leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era da emancipação legal da mulher, assim como abre a da igualdade e da fraternidade.”

 

RE, Abr 1867 Dissertações Espíritas (A Missão da Mulher) – msg de Cáritas

“Este exemplo de devotamento e de abnegação, quando os esplendores da vida deveriam engendrar o orgulho e o egoísmo, é, por certo, um estimulante para as mulheres que sentem vibrar em si essa delicadeza de sentimento que Deus lhes deu para cumprir sua tarefa, porque elas estão encarregadas principalmente de espalhar a consolação e sobretudo a conciliação. Não têm elas a graça e o sorriso, o encanto da voz e a suavidade da alma? É a elas que Deus confia os primeiros passos de seus filhos; ele as escolheu como as nutrizes das doces criaturas que vão nascer.”

“(...) continuai sendo as medianeiras entre o homem e Deus, e compreendei bem a influência de vossa intervenção. ─ Este é um Espírito ardente, impetuoso; o sangue lhe ferve nas veias e vai se exaltar, será injusto; mas Deus pôs a doçura em vossos olhos e a carícia em vossa voz. Olhai-o, falai-lhe, a cólera se apaziguará e a injustiça será afastada. Talvez tenhais sofrido, mas tereis poupado de uma falta o vosso companheiro de jornada e vossa tarefa foi cumprida. Aquele ainda é infeliz, sofre, a fortuna o abandona, ele se considera um pária!... Mas aí há um devotamento à prova, uma abnegação constante para erguer esse moral abatido, para dar a esse Espírito a esperança que o havia abandonado.”

 

https://healing.com.br/2017/06/08/o-feminino-e-o-masculino-que-habitam-em-nos/

O que significa, do ponto de vista da psicologia junguiana, termos uma polaridade masculina e uma feminina?

Jung foi o primeiro cientista a observar que a natureza humana é composta de dois princípios psicológicos: o masculino e o feminino. Segundo ele, os homens costumam pensar e julgarem-se apenas como homens e as mulheres pensam e agem apenas como mulheres, mas os fatos psicológicos mostram que todos nós seres humanos temos presentes em nossa personalidade aspectos opostos bem definidos. Dentro de todo homem existe o reflexo de uma mulher, e dentro de cada mulher existe o reflexo de um homem. Para Jung, o funcionamento da psique se origina da tensão entre os opostos (masculino e feminino), sendo que essa dualidade é a condição para que haja crescimento e amadurecimento.

Quais são as principais características do princípio feminino e como ele se manifesta em nós?

O aspecto feminino em nós é aquele que tem contato com as emoções. É ele que nutre, acolhe, cuida. Doa. Quando ouvimos nossa intuição estamos em contato com ele. É com ele que seguimos na vida aceitando as inúmeras “mortes”, fins de ciclos e renascimentos que fazem parte dos nossos aprendizados. Está presente quando nos entregamos e deixamos a vida fluir, porque passamos a ter confiança. É através do princípio feminino que acessamos a nossa segurança. É ele que diz “vai passar”. Porque com ele sentimos que estamos amparados.

E quais são as masculinas? E como essa polaridade se revela em nós?

São nossos aspectos lógicos, racionais. Com ele nos tornamos agressivos, competitivos e tomadores de decisões. Independentes. O masculino disponibiliza para nós qualidades de líderes. Com ele nos tornamos uma autoridade. É dele a responsabilidade pelo prover. É ele que usamos quando queremos separar o bem do mal, o certo do errado, o pode do não pode. É dele a lei, a disciplina e a ordem. É ele que coloca limites para nós mesmos e para o outro.

 

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