Casa Espírita Missionários da Luz Mocidade: > 13 anos – 13/08/2021
Estudo Virtual Google Meet
Tema: Igualdade entre Homens Mulheres
Objetivos:
·
Identificar
que perante Deus, somos todos iguais;
·
Refletir
sobre a igualdade de direitos e deveres com relação ao gênero.
Bibliografia:
l O Livro dos Espíritos, 3 parte, Cap. IX - Lei
da Igualdade; pergs. 200 à 202 (Sexo dos Espíritos)
l RE, Abril 1868, Dissertações Espíritas (Emancipação
das Mulheres);
l RE, Jan1866 ‘As Mulheres em Alma?’ –
texto de Kardec;
l RE, Abr 1867 Dissertações Espíritas (A
Missão da Mulher) – msg de Cáritas;
l Vida: Desafios e Soluções, Joanna de
Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 7. Descobrindo o Inconsciente, item 7.1 Análise do
inconsciente.
Material:
Desenvolvimento:
- Hora da novidade, exercícios de
respiração profunda e Prece Inicial
- Motivação:
Iniciar perguntando ao grupo:
- Existe desigualdade de direitos no
mundo em relação aos homens e mulheres?
Existindo, essa desigualdade é obra dos homens ou
de Deus?
- Ler o texto
de Kardec:
“Criou Deus as almas
masculinas e femininas, e fez estas inferiores àquelas? Eis toda a questão. Se
assim é, a inferioridade da mulher está nos desígnios divinos, e nenhuma lei
humana poderia nisso interferir. Se, ao contrário, ele as criou iguais e
semelhantes, as desigualdades baseadas na ignorância e na força bruta
desaparecerão com o progresso e o reinado da justiça.” (RE,
Jan1866 ‘As Mulheres em Alma?’)
- vemos
então, na perg 817 de OLE, que a desigualdade não é obra de Deus:
São
iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?
“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de
progredir?”
Vemos na perg.
200. Têm sexos os Espíritos?
“Não como o entendeis,
pois que os sexos dependem do organismo. Há entre eles amor e simpatia, mas
baseados na semelhança dos sentimentos.”
Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens. (comentário de Kardec à perg. 202)
3. Discussão dialogada
A DE nos explica então, que “as desigualdades baseadas na ignorância e na força
bruta desaparecerão com o progresso e o reinado da justiça.”
Mas
cabe uma pergunta relacionada à natureza, ou seja, às leis naturais:
Com que
fim a mulher é mais fraca fisicamente do que o homem? (LE perg.
819)
- o que
acham? Porque Deus fez o corpo feminino mais fraco que o masculino?
“Para
lhe determinar funções especiais. Ao homem, por ser o mais forte, os
trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos o dever de se ajudarem
mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.”.
-
Quais são essas funções especiais da
mulher?
è maternidade, conciliação, consolação, cuidado.
Vocês concordam?
Vamos falar de nossa experiência pessoal, para tentarmos perceber as características, dessas funções diferenciadas, do masculino e do feminino?
Tomemos
por base nossos pais, tios, avós, as referências que temos em família.
è pedir que todos se coloquem (anotar as características que eles citarem)
- Quais são as características
dessas duas polaridades? (psicologia junguiana)
O aspecto feminino em nós é aquele que tem contato com as emoções. É ele que nutre, acolhe, cuida. Doa. Intuição.
Masculino: São
nossos aspectos lógicos, racionais. Com ele nos tornamos agressivos,
competitivos e tomadores de decisões. Independentes. Liderança. Autoridade.
A encarnação num determinado gênero nos permite essas características, essas potencialidades que, como Espíritos imortais, precisamos desenvolver.
Vemos isso na resp. à perg. 202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar
no corpo de um homem, ou no de uma mulher?
“Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”
4. Fixação de Conteúdo
Precisamos reconhecer, valorizar e respeitar as duas polaridades, pois ambas são necessárias ao nosso desenvolvimento.
Jesus equilibrava as duas polaridades, atuando ora com o animus (masculino), ora com a anima (feminino) dependendo da situação.
“Jesus, por exemplo, harmonizava as duas naturezas, o animus, quando era necessário usar da energia e vontade forte para invectivar os hipócritas e lutar sem receio pelo ideal do Amor, e o anima, quando atendia os infelizes que O buscavam, necessitados de entendimento e auxílio. Ninguém, como Ele, conseguiu essa perfeita identificação do yang e do yin, provando ser o Espírito mais elevado que Deus ofereceu ao homem para servir-lhe de modelo e guia, conforme responderam os Mensageiros da Humanidade a Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, na questão número 625.” (Vida: Desafios e Soluções, Joanna de Ângelis, Cap. 7. Descobrindo o Inconsciente, item 7.1 Análise do inconsciente)
5. Conclusão
RE, Abril 1868, Dissertações Espíritas
(Emancipação das Mulheres)
OBSERVAÇÃO: Temos dito e repetido muitas vezes, a emancipação da mulher será a consequência da difusão do Espiritismo, porque ele funda os seus direitos, não numa ideia filosófica generosa, mas na própria identidade da natureza do Espírito. Provando que não há Espíritos homens e Espíritos mulheres; que todos têm a mesma essência, a mesma origem e o mesmo destino, ele consagra a igualdade dos direitos. A grande lei da reencarnação vem, além disto, sancionar esse princípio. Considerando-se que os mesmos Espíritos podem encarnar-se tanto como homens quanto como mulheres, disso resulta que o homem que escraviza a mulher poderá ser escravizado por sua vez; que assim, trabalhando pela emancipação das mulheres, os homens trabalham pela emancipação geral e, por consequência, em proveito próprio. As mulheres têm, pois, um interesse direto na propagação do Espiritismo, porque este fornece ao apoio de sua causa os mais poderosos argumentos que jamais foram invocados. (Kardec)
Encontro
para 8 jovens com boa participação e interesse. Fizeram boas reflexões, percebendo
as diferenças nos lares, de acordo com a educação recebida pelas diferentes gerações.
ANEXOS
Apoio doutrinário:
èPerg.803
de O LE:
803. Perante Deus, são iguais todos os homens?
“Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas
leis para todos. Dizeis frequentemente: ‘O Sol luz para todos’ e enunciais
assim uma verdade maior e mais geral do que pensais.”
Todos os homens estão submetidos
às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos
às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a nenhum
homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte:
todos, aos seus olhos, são iguais.
As funções destinadas à mulher pela natureza
terão importância tão grande quanto as concedidas ao homem?
“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras
noções da vida.” (LE perg. 821)
Uma legislação, para ser perfeitamente justa,
deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?
“Dos direitos, sim; das funções, não.
Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete. Ocupe-se do exterior o
homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão. A lei
humana, para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e
da mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à
justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização.
Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem
na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob
esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos
mesmos direitos.” (LE perg. 822a)
RE, Jan1866 ‘As Mulheres em Alma?’
“Criou Deus as almas masculinas e femininas, e fez estas
inferiores àquelas? Eis toda a questão. Se assim é, a inferioridade da mulher
está nos desígnios divinos, e nenhuma lei humana poderia nisso interferir. Se,
ao contrário, ele as criou iguais e semelhantes, as desigualdades baseadas na
ignorância e na força bruta desaparecerão com o progresso e o reinado da
justiça.”
“A Natureza fez o sexo feminino mais fraco que o outro,
porque os deveres que lhe incumbem não exigem uma igual força muscular e seriam
até incompatíveis com a rudeza masculina. Nele a delicadeza das formas e das
sensações são admiravelmente apropriadas aos cuidados da maternidade. Aos
homens e às mulheres são, assim, atribuídos deveres especiais igualmente
importantes na ordem das coisas; são dois elementos que se completam um pelo
outro.”
“Portanto, só existe diferença entre o homem e a mulher em
relação ao organismo material, que se aniquila com a morte do corpo. Mas,
quanto ao Espírito, à alma, ao ser essencial, imperecível, ela não existe,
porque não há duas espécies de almas. Assim
quis Deus, em sua justiça para com todas as suas criaturas. Dando a todas um
mesmo princípio, estabeleceu a verdadeira igualdade. A desigualdade só
existe temporariamente, no grau de adiantamento; mas todos têm direito ao mesmo
destino, ao qual cada um chega por seu trabalho, porque Deus não favoreceu
ninguém às custas dos outros.”
“Com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais
uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à fraqueza,
mas é um direito alicerçado nas próprias leis da Natureza. Dando a conhecer
estas leis, o Espiritismo abre a era da emancipação legal da mulher, assim como
abre a da igualdade e da fraternidade.”
RE, Abr 1867 Dissertações Espíritas (A
Missão da Mulher) – msg
de Cáritas
“Este exemplo de devotamento e de abnegação, quando os
esplendores da vida deveriam engendrar o orgulho e o egoísmo, é, por certo, um
estimulante para as mulheres que sentem vibrar em si essa delicadeza de sentimento que Deus lhes deu para cumprir sua tarefa,
porque elas estão encarregadas principalmente de espalhar a consolação e
sobretudo a conciliação. Não têm elas a graça e o sorriso, o encanto da voz
e a suavidade da alma? É a elas que Deus confia os primeiros passos de seus
filhos; ele as escolheu como as nutrizes das doces criaturas que vão nascer.”
“(...) continuai sendo as medianeiras entre o homem e Deus, e
compreendei bem a influência de vossa intervenção. ─ Este é um Espírito
ardente, impetuoso; o sangue lhe ferve nas veias e vai se exaltar, será
injusto; mas Deus pôs a doçura em vossos olhos e a carícia em vossa voz.
Olhai-o, falai-lhe, a cólera se apaziguará e a injustiça será afastada. Talvez
tenhais sofrido, mas tereis poupado de uma falta o vosso companheiro de jornada
e vossa tarefa foi cumprida. Aquele ainda é infeliz, sofre, a fortuna o
abandona, ele se considera um pária!... Mas aí há um devotamento à prova, uma
abnegação constante para erguer esse moral abatido, para dar a esse Espírito a esperança
que o havia abandonado.”
https://healing.com.br/2017/06/08/o-feminino-e-o-masculino-que-habitam-em-nos/
O que significa, do ponto de vista da psicologia
junguiana, termos uma polaridade masculina e uma feminina?
Jung foi
o primeiro cientista a observar que a natureza humana é composta de dois
princípios psicológicos: o masculino e o feminino. Segundo ele, os homens
costumam pensar e julgarem-se apenas como homens e as mulheres pensam e agem
apenas como mulheres, mas os fatos psicológicos mostram que todos nós seres
humanos temos presentes em nossa personalidade aspectos opostos bem definidos. Dentro de todo homem existe o reflexo de
uma mulher, e dentro de cada mulher existe o reflexo de um homem. Para
Jung, o funcionamento da psique se origina da tensão entre os opostos
(masculino e feminino), sendo que essa dualidade é a condição para que haja
crescimento e amadurecimento.
Quais são as principais características do
princípio feminino e como ele se manifesta em nós?
O aspecto
feminino em nós é aquele que tem contato com as emoções. É ele que nutre,
acolhe, cuida. Doa. Quando ouvimos nossa intuição estamos em contato com ele. É
com ele que seguimos na vida aceitando as inúmeras “mortes”, fins de ciclos e
renascimentos que fazem parte dos nossos aprendizados. Está presente quando nos
entregamos e deixamos a vida fluir, porque passamos a ter confiança. É através
do princípio feminino que acessamos a nossa segurança. É ele que diz “vai
passar”. Porque com ele sentimos que estamos amparados.
E quais são as masculinas? E como essa polaridade
se revela em nós?
São
nossos aspectos lógicos, racionais. Com ele nos tornamos agressivos,
competitivos e tomadores de decisões. Independentes. O masculino disponibiliza
para nós qualidades de líderes. Com ele nos tornamos uma autoridade. É dele a
responsabilidade pelo prover. É ele que usamos quando queremos separar o bem do
mal, o certo do errado, o pode do não pode. É dele a lei, a disciplina e a
ordem. É ele que coloca limites para nós mesmos e para o outro.
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