Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade > 14 anos – 23/04/2021
Refletir sobre a questão da adoção de crianças,
sob a ótica da doutrina espírita;
Reconhecer a família como oportunidade de
crescimento espiritual de todos os seus componentes;
Identificar as duas espécies de famílias:
consanguínea e espiritual;
Perceber a gratidão que os filhos sempre devem
a sua mãe biológica, pela oportunidade de nascer.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs.
204 à 206, 335, 891;
O Evangelho segundo o Espiritismo > Capítulo XIV;
Nossos
Filhos São Espíritos, Hermínio C. Miranda, Cap. 9,’
Reflexões Sobre a Adoção’,
SOS Família, Divaldo Franco, Espíritos Diversos, Cap. 26 = Mãe Adotiva, Amélia Rodrigues; Cap. 27 = Filhos Alheios, Joanna de Ângelis; Cap. 28 = Filho Adotivo, Amélia Rodrigues;
Constelação Familiar, Joanna de Angelis, Cap. 2.
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=oLpMPrZUH-w - Filhos abandonados pelos pais - Visão Espírita - TV Mundo Maior -
7:35min
https://www.youtube.com/watch?v=qJU3wrqA3XQ -
Adoção - Visão Espírita - TV Mundo Maior - 7:55min
https://www.youtube.com/watch?v=DAo1Q5nFJaw -
CanalFEP – Raul Teixeira - Filhos Adotivos - 13:22min
https://www.youtube.com/watch?v=stXW9CH95mY -
#5 - Como o espiritismo vê a adoção de filhos? - A Vida em Foco - TV - 16:03min
https://www.youtube.com/watch?v=aw5DhEC2IMU -
Entre Dois Mundos - Adoção - FEBTv - 27:03min
Material: Formulário de
pesquisa sobre o tema: https://forms.gle/em9C92L6Vu9KBWr59
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade, exercícios de respiração profunda e prece Inicial
2.
Motivação:
Hoje nosso tema é
adoção.
Vamos começar com uma
pesquisa sobre as ideias de vocês sobre esse tema, pensando na visão espírita que vocês já têm.
Passar o link de um
formulário, para responderem, com calma; pensando sobre o assunto, ok?
Não vale colocar: não
sei, nunca pensei nisso... Ok? Vamos
parar e pensar nesse problema social que é bem grande em nosso país.
- colocar o link do
formulário no chat da sala virtual
As perguntas são:
Quais os possíveis
motivos para o abandono dos filhos? (caixa de texto)
O que leva uma pessoa a
adotar uma criança? (caixa de texto)
Ser abandonado na infância é planejado antes
da reencarnação? (S, N, Outro)
A mãe abandonar seu
filho é planejado antes da reencarnação? (S, N, Outro)
Uma criança pode ser
retirada da família pelas autoridades? (S, N, Outro)
Devemos ser gratos aos
nossos pais? (S, N, Depende dos pais)
Existe diferença entre
família por laços corporais e por laços espirituais? (3 opções)
3.
Roda
de Conversa
- Baixar a
planilha com as respostas e compartilhar na sala virtual.
Ler todas
as respostas de uma pergunta e parar o compartilhamento para que todos possam
se ver durante a discussão.
Depois
voltar a compartilhar, com as respostas da próxima pergunta. Até concluir.
4.
Conclusão
·
Todos
os filhos, são filhos de Deus! Temporariamente sob a custódia dos pais!
·
Passar
pela experiência do abandono está na necessidade do Espírito. A reencarnação
conforme se deu, trazia em si a possibilidade do abandono.
·
São
diversos os motivos que leva uma pessoa a abandonar seu filho. Não nos cabe
julgar, pois só Deus tem a real visão da situação da pessoa ao decidir pelo
abandono.
·
A
adoção de crianças deve ser somente por amor! Não para preencher uma lacuna
pessoal!
·
A
lei de atração, das necessidades evolutivas, reúne os Espíritos, independente
se nasceu na família ou chegou pelos caminhos da adoção. Aquele que chega pela
adoção, faz parte das necessidades suas e da família que o recebe.
· Devemos ser sempre gratos aos nossos pais, por terem nos permitido a reencarnação! Se faliram como pais, é com a Justiça Divina. Não cabe aos filhos a cobrança.
5. Relaxamento, exercícios de respiração profunda e prece final.
Avaliação:
Encontro para 11 jovens (Gabriel Donatti, Lucas, Maria Fernanda, Manuela, Mariana, Laura, Mary Violeta, Mateus Berlesi, Larissa, Gabriela Ianoski, Caio), com participação. Laura, é adotada e falou da experiência dela. Fizeram o formulário, demonstrando algumas dúvidas:
Quais os possíveis motivos para o abandono dos filhos?
Diversos; falta
de condição financeira, ser menor de idade; gravidez indesejada, falta de
condições;
Causas de
vidas passadas; Falta de estrutura, falta de dinheiro, violência, despreparo
(no caso de engravidar na adolescência por exemplo) ou as vezes lembranças
ruins (estrupo); Falta de condições financeiras/infraestrutura, em algumas exceções
pensando no bem do indivíduo ou o caso de gravidez indesejada; Não ter condição
de cuidar ou não sentir nenhum afeto pela Criança...
Irresponsabilidade, confrontos de vidas passadas, acreditar que esse filho possa ter uma vida melhor com outro; Falta de renda, não querer responsabilidade e instabilidade do casal; Não sei o que responder de acordo com a doutrina espírita, mas vou responder de acordo com minha opinião. Eu sei que tem pessoas que abandonam por falta de condições financeiras ou por talvez simplesmente não os querer mais, é muito triste mas é verdade. Eu acho que a doutrina espírita provavelmente acredita que está no plano; "Talvez seja porque na reencarnação passada o filho era mãe e acabou abandonando então seria um ""Karma"". Ou porque o filho que estava pra vir era uma pessoa em que na reencarnação passada não se deram nada bem, e nessa era pra vir como filho mais a mãe/pai não quis receber por motivos do passado."
O que leva uma pessoa a adotar uma criança?
Amor; infertilidade, apenas querer ajudar ou ser solteiro(a); problemas para engravidar, casais homoafetivos, mãe ou pai solo; As vezes é porque tem que resgatar algo com a criança, ou auxilia-lo; As vezes alguns casais não conseguem engravidar e querem um filho e escolhem adotar, companhia, amadurecimento, construir uma família; amor ao próximo independente de ligação sanguínea, pensando no bem daquela criança como forma de solidariedade; algumas vezes suprindo e ocupando um “vazio” do casal que sofre com problemas de gravidez natural ou realmente não podem ter filhos biológicos, adotando o método da adoção; Aquela pessoa que não pode ter filhos ou sempre desejou adotar, ou querer dar um Lar para a Criança para que ela se sinta acolhida e tenha uma Família; Por alguma experiência que passou, por amor, por vontade de ser pai, por conexões de vidas passadas, planejamento espiritual; Sem sucesso em engravidar e não querer cuidar de bebê (é mais complicado e gasta mais tempo); Na minha opinião, querer dar amor a uma criança que mesmo não sendo sua , ela será amada e respeitada , talvez por não conseguir conceber um filho , ou talvez para suprir uma carência fazendo o bem; Acredito que seja porque essa criança tenha um aprendizado a trazer para a pessoa que irá adotar, e a pessoa para a criança.
Ser abandonado na infância é planejado antes da reencarnação?
Pode ser
Sim (2); Não (3);
Não, creio
que seja uma escolha dos pais. Se o filho nasceu na família é porque existe um
motivo para ter nascido ali. Correção de dores causadas em outras vidas é um
exemplo; Depende do destino do indivíduo; Acredito que sim, mas não tenho
certeza sobre. Sou leiga nesse assunto;
Depende, tem casos que sim e tem casos em é inesperado também...
A mãe abandonar seu filho é planejado antes da reencarnação?
É uma possibilidade; os planos pode
ser modificados;
Não (5); Sim (1);
uma mãe abandonar seu filho pode ser opção dela. Porém pode ser o destino do bebê ser abandonado; Acredito que sim, talvez seja uma das provas da qual escolhemos; Depende, tem casos que já é planejado e tem casos em que é inesperado.
Uma criança pode ser retirada da família pelas autoridades?
Sim (9); Não (1);
No plano terrestre sim. Creio que ninguém precisa passar por aquilo que não precisa. As vezes a intervenção de autoridades foi ação espiritual, ou seja, o meio do plano espiritual agir aqui, pois o espírito não precisaria viver em condições na qual vivia.
Devemos ser gratos aos nossos pais?
Sim (10); Depende dos pais
Existe diferença entre família por laços corporais e por laços
espirituais?
Sim. Laços corporais são das
famílias na Terra. Laços espirituais são os de amor entre os Espíritos. (5)
É a mesma coisa, pois todos somos
Espíritos. (3)
Sim. São famílias encarnadas
(corporais) e desencarnadas (espirituais). (3)
ANEXOS:
O Livro dos
Espíritos:
204. Uma vez
que temos tido muitas existências, a nossa parentela vai além da que a
existência atual nos criou?
“Não pode ser de outra maneira. A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às vossas existências anteriores. Daí, muitas vezes, a simpatia que vem a existir entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.”
205. A algumas
pessoas a doutrina da reencarnação se afigura destruidora dos laços de família,
com o fazê-los anteriores à existência atual.
“Ela os distende; não os destrói. Fundando-se o parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso vizinho, ou no vosso servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhais estado presos pelos laços da consanguinidade.”
206. "Se bem os Espíritos não procedam uns dos outros, nem por isso menos afeição consagram aos que lhes estão ligados pelos elos da família, dado que muitas vezes eles são atraídos para tal ou qual família pela simpatia, ou pelos laços que anteriormente se estabeleceram."
335. Cabe ao
Espírito a escolha do corpo em que encarne, ou somente a do gênero de vida que
lhe sirva de prova?
“Pode também escolher o corpo, porquanto as imperfeições que este
apresente ainda serão, para o Espírito, provas que lhe auxiliarão o progresso,
se vencer os obstáculos que lhe oponha. Nem sempre, porém, lhe é permitida a
escolha do seu invólucro corpóreo; mas, simplesmente, a faculdade de pedir que
seja tal ou qual.”
“Às vezes, é uma prova que o Espírito do filho escolheu, ou uma
expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho, noutra
existência. Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de ser animada por um
mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que sucumba na
prova que buscou. Mas, essa violação das leis da Natureza não ficará impune e o
Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos de que haja triunfado.”
3. O
mandamento: “Honrai a
vosso pai e a vossa mãe” é um corolário da lei geral de caridade e de
amor ao próximo, visto que não pode amar o seu próximo aquele que não ama a seu
pai e a sua mãe; mas, o
termo honrai encerra um dever a mais para com eles: o da
piedade filial. Quis Deus mostrar por essa forma que ao amor se devem
juntar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que envolve
a obrigação de cumprir-se para com eles, de modo ainda mais rigoroso, tudo o
que a caridade ordena relativamente ao próximo em geral. Esse dever se estende
naturalmente às pessoas que fazem as vezes de pai e de mãe, as quais tanto
maior mérito têm, quanto menos obrigatório é para elas o devotamento.
Deus pune sempre com rigor toda violação desse mandamento. (...)
Alguns pais, é certo, descuram de seus deveres e não
são para os filhos o que deviam ser; mas, a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos.
Não compete a estes censurá-los, porque talvez hajam merecido que aqueles
fossem quais se mostram. Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem,
se seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não diga mal do próximo,
se lhe esqueçam e perdoem os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não
hão de ser essas obrigações, em se tratando de filhos para com os pais! Devem,
pois, os filhos tomar como regra de conduta para com seus pais todos os
preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento
censurável, com relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna
relativamente aos pais; e que o que talvez não passe de simples falta, no
primeiro caso, pode ser considerado um crime, no segundo, porque, aqui, à falta
de caridade se junta a ingratidão.
8. Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços
de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os
Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações.
Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo
Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se,
sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consanguíneos podem
repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o
Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências.
Há, pois, duas espécies de
famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços
corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela
purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações
da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas
vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual.
Nossos Filhos São Espíritos, Hermínio C. Miranda, Cap. 9
Mas, afinal de contas, devemos ou não devemos adotar crianças?
Disse, há pouco, que não há respostas tipo preto ou
branco, uma excludente da outra. Acho que a melhor regra, nesses casos, é agir segundo sua intuição,
após ouvir, no silêncio da meditação e da prece, sua voz interior.
Na minha opinião pessoal (Atenção: pessoal, não uma
regra geral ou norma.), a adoção é a solução humana indicada para os
recém-nascidos abandonados ou para crianças entregues a asilos e orfanatos.
Quanto às crianças encontradas em famílias presas a ambientes de pobreza e dificuldades,
entendo que devam ser assistidas, ajudadas, orientadas, acompanhadas, porém
mantidas no lugar onde estão. A transferência de uma criança de um contexto de
pobreza e simplicidade para um de riqueza e sofisticação oferece insuspeitados
riscos e inconveniências.
(...)
Sou francamente favorável à atitude de casais sem
filhos, ou mesmo já com filhos próprios e alheios, que se decidem pela adoção
de crianças abandonadas ou órfãs de pai e mãe. Pelo que tenho tido oportunidade
de verificar no longo trato com os espíritos, muitas vezes o caminho para
chegar a determinado casal passa por um nascimento desses, aparentemente
fortuito e “por acaso”.
(...)
Se você percebeu por aquela criança específica o
suave calorzinho do amor, tome-a nos braços e deixe que o amor o inspire. Se
não lhe parece aconselhável — pelas razões expostas ou outras que você admitir
— levá-la para sua casa, mesmo assim dê-lhe seu amor, materialize esse amor em ajuda concreta, não excessiva, não sufocante e
não possessiva, mas sob forma de apoio, para que ela possa viver onde está,
minorando dificuldades, sem remover de seu caminho os obstáculos de que ela
precisa para se fortalecer, ao aprender a superá-los.
E faça o possível para não interferir com o
livre-arbítrio da criança e com o daqueles que a cercam.
Constelação Familiar, Joanna de Angelis, Cap. 2
Por mais
combatida pelos novos padrões da loucura que grassa na Terra, a família não
desaparecerá do contexto social, na condição de instituição
superada, porque o amor que sempre existirá nos corações se expressará em
maior potencialidade no lar, núcleo de formação que é, para expandir-se na
direção do colossal grupo humano.
Quem não
consegue a capacidade de amar aqueles com os quais convive, mais dificilmente
poderá
amar aqueloutros que não
conhece.(...)
A família, portanto, é um núcleo de aformoseamento
espiritual, que enseja aprendizagem de relacionamentos futuros exitosos.
No grupo animal, quando os filhos adquirem a
capacidade de conseguir o alimento, os pais abandonam-nos, quando isso
excepcionalmente em algumas espécies não ocorre antes.
No círculo humano da família é diferente: os laços
entre pais e filhos jamais se rompem, mesmo quando há dificuldades no
relacionamento atual, o que exige transferência para outras oportunidades no futuro
reencarnacionista, que se repetem até a aquisição do equilíbrio afetivo.
É da Divina
Lei que somente através do amor o espírito encontra a. plenitude, e a família é
o local
onde se
aprimora esse sentimento, que se desdobra em diversas expressões de ternura, de
abnegação, de afetividade...
Com o treinamento doméstico o espírito adquire a
capacidade de amar com mais amplitude,
alcançando a sociedade, que se lhe transforma em família universal.
SOS Família, Divaldo
Franco/Espíritos Diversos:
Cap. 26 Mãe Adotiva, Amélia Rodrigues
A mente repassa os acontecimentos felizes da nossa
vida e envolvo em ternura a memória da nossa convivência.
Esta mulher extraordinária, de quem me recordo, fez
tudo quanto o amor poderia lograr, a fim de amparar-me, ocultando a minha
procedência obscura e anônima.
Cercou-me de carinho e protegeu-me, para que nada
me afetasse.
Insuflou-me a força do seu devotamento, que era o
hálito poderoso do seu amor, em emoção carregada de bênçãos. no verbete sublime
que é: mamãe!
Jamais deixou-me perceber as lágrimas que vertera
antes de eu chegar e sempre me demonstrou a felicidade que a minha presença lhe
causava.
No entanto, na sua inocência, pensava que todas as
pessoas seriam benignas e gentis quanto ela sempre o foi.
Assim, não demorou muito para que, em plena
adolescência, o seu segredo me fosse desvelado de maneira cruel, por meio de um
coração leviano que, pensando que nos iria destruir, chamou-me de filha de
ninguém.
Abalada, quase tombei ante o golpe insano. Todavia,
a transparência do seu olhar e a devoção do seu afeto fizeram-me silenciar o
acontecimento no imo da alma.
Não me foi fácil, nem tampouco difícil enfrentar a
nova circunstância e nessa conjuntura eu descobri, em júbilo, a grandeza do
amor de mãe adotiva.
As outras, as mães carnais, ás vezes, são
compelidas pelo corpo a amar os filhos que geram, mas você e todas as mães de
adoção, amam pelo espírito, elegendo quem lhes vai receber o devotamento, a
dedicação.
E não se tornam menos mães!
Sofrem mais, certamente.
Quando revelam ao filho as circunstâncias da sua
origem, temem magoá-lo e, quando não o dizem, vivem sempre temendo perdê-lo,
quando forem descobertas.
Seu querer é suave como a claridade lunar e forte
como somente o amor abnegado pode tornar-se.
São anjos anônimos e abençoados na multidão.
Homenageando-a,
mãezinha adotiva, desejo dizer a outras que lhe são iguais que, desde o dia em
que pensem em receber um filho que lhes não proceda do seio, considerem também,
a necessidade de dizer-lhe, sem receio,
demonstrando que o amor é Deus e dEle tudo procede, para ele retornando, não
sendo, pessoa alguma, propriedade de outrem, senão, todos filhos do Seu amor,
nutridos pelo Amor, para a glória do Eterno Amor.
Cap. 28 - Filho Adotivo, Amélia Rodrigues
Mãezinha querida:
Eu sei que você me recebeu com a alma em festa,
vestida de sonhos e esperanças.
Em momento algum lhe passou pela mente que o fato
de eu não lhe pertencer à carne pudesse alterar o nosso infinito amor.
Eu venho de
regiões ignotas e dos tempos imemoriais do seu passado, no qual estabelecemos
estes vínculos de afeto imorredouro...
Foi
necessário que nós ambos nos precisássemos, na área da ternura, impedidos,
porém, de nascer um da carne do outro, por motivos que nos escapam, a fim de
que outra mulher me concebesse, entregando-me a você.
Ela não se deu conta da grandeza da maternidade; não obstante, sou-lhe reconhecido,
pois que, sem a sua contribuição, eu não teria recebido este carinho de mãe
espiritual saudosa, nem fruiria da sua convivência luminosa, graças à qual eu
me enterneço e sou feliz.
Filho adotivo!
Quantas vezes me golpearam com azedume, utilizando
essas palavras!
O seu amor, todavia, demonstrou-me sempre que a maternidade
do coração é muito mais vigorosa do que a do corpo.
Não há mães que asfixiam os filhinhos, quando estes
nascem? E outras, não há, que sequer os deixam desenvolver-se no seu ventre,
matando-os antes do parto?
No entanto, quem adota, fá-lo por amor e doa-se por
abnegação.
De certo
modo, somos todos filhos adotivos uns dos outros, pelo corpo ou sem ele, porquanto,
a única paternidade verdadeira é a que procede de Deus, o Genitor Divino que
nos criou para a glória eterna.
Mãezinha de adoção é alma que sustenta outra alma,
vida completa que ampara outra vida em desenvolvimento.
Venho hoje agradecer-lhe, em meu nome e no daqueles
filhos adotivos que, ingratos e doentes, pois que também os há em quantidade,
não souberam valorizar os lares que os receberam, nem os corações que se
dilaceraram na cruz espinhosa dos sofrimentos em favor da vida e da segurança
deles.
Recordando-me da Mãe de Jesus, que a todos nos
adotou como filhos, em homenagem ao Seu Filho, digo-lhe, emocionada e feliz:
Deus a abençoe, mamãe, hoje e sempre!
Casos de adoção nas obras espíritas:
1.
Os
Mensageiros, André Luiz/Chico Xavier, Cap. 7, ‘A Queda de Otávio’ –
planejada a reencarnação de 6 Espíritos amigos, que chegariam à Otávio pela
adoção. Otávio, negligenciou e mudou o planejamento para a vida desses 6
Espíritos. è o livro
arbítrio impacta também na vida de outras pessoas. Embora houvesse a
possibilidade da queda de Otávio.
2.
Painéis da
Obsessão – Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco, Cap. 32, ’O Retorno de
Felipe’ – casal não podia gerar filhos por necessidades expiatórias.
Obsessor do pai renasce em ambiente insalubre, com dificuldades morais e
econômicas e é levado a orfanato, onde o casal o adota.
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