Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade - a partir dos 14 anos – 19/03/2021
Encontro Virtual –
Google Meet
Tema: Como viver no mundo
sem ser do mundo – vícios (álcool)
(Estudo em conjunto com jovens de outras CEs)
Objetivo:
Refletir sobre a proposta de Jesus, eu venci o
mundo, analisando como ser jovem e viver no mundo sem ser do mundo;
Conhecer as consequências do consumo social de
bebidas alcoólicas;
Analisar as influências espirituais relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas.
Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos, pergs 101 à 106
(Escala Espírita- Espíritos Imperfeitos), 229, 459, 467, 472 (Infl. Espíritos);
- item 13
cap. III de "O Evangelho Segundo o Espiritismo” (Mundos de Provas e
Expiações);
- O Céu e o Inferno,1ª parte, Cap.VII - As penas futuras segundo o Espiritismo, ’A carne é fraca - Estudo fisiológico e moral’.
Informações sobre o consumo de álcool:
- https://www.slideshare.net/mana5066/lcool-o-que-faz-no-organismo?next_slideshow=1
- https://fcmsantacasasp.edu.br/os-riscos-do-consumo-de-alcool-na-adolescencia/
- https://saude.abril.com.br/bem-estar/existe-limite-seguro-para-o-consumo-de-alcool/
- https://drauziovarella.uol.com.br/checagens/nao-existe-nivel-seguro-de-consumo-de-alcool-checagem/
https://www.youtube.com/watch?v=-rNggMZlNWA - ALCOOLISMO | ANA
BEATRIZ
Material: Nuvem de palavras no Mentimeter; Pesquisa de Opinião no Mentimeter, Quiz no Mentimeter.
Desenvolvimento:
1.
Boas
vindas a todos e apresentação de todos os presentes.
2. Música (3 jovens da Mocidade), como ambientação e Prece musical.
3.
Motivação
Inicial:
Nuvem de Palavras: Jesus disse: Eu venci o Mundo. Qual
perigo o mundo traz ao jovem?
-
responder em uma palavra (jogar o link da
Nuvem no chat da sala virtual, compartilhar a nuvem se formando e depois que
tiverem respondido, copiar a tela com a nuvem).
4.
Roda de Conversa
Vencer o
mundo é não se deixar levar pelas tentações que o mundo tem, com relação aos
prazeres dos sentidos.
Entre os
diversos “perigos” que o mundo traz para a juventude, um dos mais difíceis de
evitar é o hábito de beber socialmente, principalmente pois beber está
associado a festas e comemorações.
Vamos
falar hoje sobre esse vício: alcoolismo
Vamos
fazer uma outra pesquisa de opinião: (Múltipla Escolha, sem resposta certa)
i.
Beber
faz bem pra saúde? (Sim, Não, Não sei)
ii.
O
alcoolismo tem cura? (Sim, Não, Não
sei)
iii.
Pra
quê beber? (responder em uma palavra)
iv.
Preciso
beber? (Sim, Não)
== >
copiar o resultado gerado em cada pergunta, para poder rever depois e debater
com o grupo. Jogar também no grupo whatsApp.
Sobre a
primeira pergunta: Beber faz
bem pra saúde?
Como posso beber álcool
com segurança?
Essa pode não ser a resposta que as pessoas querem ouvir, mas não existe um nível seguro para o consumo de álcool. Claro que existe um consumo de álcool de menor risco, mas a OMS não estabelece limites específicos, porque as evidências mostram que o ideal para a saúde é não beber de jeito nenhum. O álcool está intimamente relacionado a cerca de 60 diagnósticos diferentes e para quase todos existe uma relação estreita entre a dose e a resposta, portanto, quanto mais você bebe, maior é o risco de contrair doenças. Menos é melhor.
E quanto aos jovens?
Certamente eles não precisam se preocupar com tudo isso até ficarem mais
velhos.
Muito pelo contrário - o cérebro continua a se desenvolver até os 25 anos e o álcool interfere nisso. O cérebro do adolescente é especialmente suscetível ao álcool, e começar a beber álcool em uma idade jovem aumenta o risco de dependência do álcool mais tarde na vida. Quanto mais jovens são quando começam a beber, mais danos correm o risco de causar.
Eu não bebo muito.
Realmente fará diferença para minha saúde se eu desistir?
Mesmo
os bebedores moderados percebem os benefícios para a saúde quando param de
beber álcool. Rapidamente percebem que dormem melhor e se sentem mais
revigorados e alertas no dia seguinte. Os que não bebem acham mais fácil
controlar o peso.
https://www.euro.who.int/en/health-topics/disease-prevention/alcohol-use/data-and-statistics/q-and-a-how-can-i-drink-alcohol-safely
Sobre a 2ª
pergunta: O alcoolismo tem
cura?
“A
dependência do álcool (alcoolismo) é
uma doença crônica e
multifatorial”.
- requer
tratamento de longa duração, com o doente e junto com sua família, além de
diversos profissionais.
5.
Debate
com o grupo sobre o hábito da bebida alcoólica na nossa sociedade, dando
algumas informações do relatório de 2018 do CISA (anexo). (apresentar tópicos em slides)
Interessante
essa questão do BPE (Beber Pesado Episódico), né? É mais comum entre
os jovens e associado a riscos como acidentes e violência.
E acaba
com a diversão, né? Além de dar trabalho pros outros...
Não temos dúvidas que o
alcoolismo é problema de saúde pública. E começa na adolescência, às vezes na
infância. O CAPS-AD, Centro de Atenção Psicossocial
Álcool e Drogas, é específico para atender pessoas com problemas com álcool e
outras drogas.
Então, pra
quê beber? Pra quê correr o risco de ficar com essa doença?
- ver as
respostas das outras duas nuvens
6.
O
que nos diz a DE sobre os vícios? (apresentar tópicos em slides)
No item 13
cap. III de "O Evangelho Segundo o Espiritismo”:
“Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? ... os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral.”
Como são
os habitantes desse nosso planeta de provas e expiações? Em sua maioria, os
Espíritos da Terceira ordem. – Espíritos imperfeitos.
Kardec tratou dessa classificação didática, no LE, a partir do item 100. Vamos lembrar?
Espíritos da Terceira
ordem. – Espíritos imperfeitos
101. Características gerais. – Predominância da matéria sobre o espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes.
Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem.
Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, pelo simples fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade.
Restritos conhecimentos têm das coisas do mundo espírita e o pouco que sabem se confunde com as ideias e preconceitos da vida corporal.
102.
Décima classe. Espíritos impuros
103.
Nona classe. Espíritos levianos
104.
Oitava classe. Espíritos pseudos sábios
105. Sétima classe. Espíritos neutros. – Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades.
- nos
reconhecemos nessa classificação?
- temos as tentações do mundo, por conta das nossas imperfeições, que são pontos de conexão com os Espíritos imperfeitos.
LE, perg. 229. Por que, deixando
a Terra, não deixam aí os Espíritos todas suas más paixões, uma vez que
lhes reconhecem os inconvenientes?
“Vês nesse mundo pessoas excessivamente invejosas. Imaginas que, mal o deixam, perdem esse defeito? Acompanha os que da Terra partem, sobretudo os que alimentaram paixões bem acentuadas, uma espécie de atmosfera que os envolve, conservando-lhes o que têm de mau, por não se achar o Espírito inteiramente desprendido da matéria. Só por momentos ele entrevê a verdade, que assim lhe aparece como que para mostrar-lhe o bom caminho.”
LE,perg 472. Os
Espíritos que procuram atrair-nos para o mal se limitam a aproveitar as
circunstâncias em que nos achamos, ou podem também criá-las?
“Aproveitam as circunstâncias ocorrentes, mas também costumam criá-las, impelindo-vos, sem que disso vos deis conta, para aquilo que cobiçais. Assim, por exemplo, encontra um homem, no seu caminho, certa quantia. Não penses tenham sido os Espíritos que a trouxeram para ali. Mas eles podem inspirar ao homem a ideia de tomar aquela direção e sugerir-lhe depois a de se apoderar da importância achada, enquanto outros lhe sugerem a de restituir o dinheiro ao seu legítimo dono. O mesmo se dá com relação a todas as demais tentações.”
== > as nossas tentações estão relacionadas com as imperfeições que trazemos.
LE, perg. 467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram
arrastá-lo ao mal?
“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos,
os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”
== > se em encarnação passada, tivemos o hábito da bebida, trazemos em nós essa tentação, e também será um ponto de conexão com outros Espíritos que também trazem essa tendência.
7. Jogo Quiz (Mentimeter)
Perguntas para jogo de fixação de conteúdo:
Pela OMS,
qual a quantidade segura que posso beber por dia?
a)
Homens
até 4 doses e mulheres, até 3 doses, por dia
b)
não
existe um nível seguro para o consumo de álcool x
c) depende, pois a dependência do álcool é hereditária
O
alcoolismo tem cura?
a)
Depende
do esforço da pessoa.
b)
Com
certeza, com o tratamento correto é possível atingir a cura
c) Não, o alcoolismo é uma doença crônica e multifatorial. x
Os
Espíritos influenciam em nossos pensamentos e atos?
a)
Depende
do meu padrão vibratório
b)
Com
certeza. Normalmente eles nos dirigem x
c) Somente quando me afasto de Deus
Ao morrer,
os Espíritos não deixam aqui os seus vícios?
a)
Não! Conservam o que têm de mau, por não serem desprendidos
da matéria. x
b)
Sim,
pois sendo desencarnados, logo percebem os erros cometidos aqui.
c) Não, pois seus vícios ficam no perispírito.
Podemos
dizer que é difícil resistir ao vício porque a carne é fraca?
a)
Sim!
O corpo interfere sobre a moral da pessoa.
b)
Sim!
A genética influencia nas tendências da pessoa.
c) Não, a carne só é fraca porque o Espírito é fraco. x
Perguntas extras:
Beber
antes dos 25 anos aumenta o risco de dependência?
a)
Sim,
pois o cérebro continua a se desenvolver até os 25 anos x
b)
Depende
da questão hereditária
c) Não, pois não há relação da dependência com a idade
O CID-10
está relacionado a qual doença?
a)
Lesões
no fígado por excesso de bebida alcoólica
b)
Lesões
pulmonares por excesso de bebida alcoólica
c) Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool x
Os
espíritos podem criar situações para nos influenciar ao mal?
a)
Sim,
e também nos inspirar a ideia de fazer algo
errado x
b)
Não,
pois podemos diferenciar a nossa vontade da deles
c) Não, eles aproveitam as circunstâncias ocorrentes.
Como podemos saber se os pensamentos são nossos ou nos são sugeridos
pelos Espíritos?
a)
Não
é importante saber. Assim temos mais liberdade nas escolhas. x
b)
Tem
que prestar atenção para saber se o pensamento é seu ou não.
c) O primeiro pensamento é sempre o seu; os outros são dos Espíritos.
Podemos
nos livrar da influência dos maus Espíritos?
a)
Não
nesse mundo de provas e expiações!
b)
Sim.
Eles só se apegam aos que tem desejos e pensamentos como eles. x
c)
Sim.
É só lembrar de rezar antes de dormir!
8. Conclusão
- são
diversos fatores que podem levar um jovem ao hábito da bebida, além da questão
espiritual (hábito de encarnações passadas e influência de Espíritos com esse
hábito também);
-
transtorno mental por uso de álcool é um caso de saúde pública em todo o mundo;
- existem
muitos fatores que podem levar a pessoa que gosta de beber ao alcoolismo;
- estudos
científicos mostram diversas doenças derivadas do uso do álcool;
- o nosso corpo, instrumento do Espírito, não necessita do álcool.
-
se o jovem tomar cerveja numa festa, vai ter problemas ao desencarnar? Não!
-
todos os adultos que beberam na juventude se tornaram alcoólatras? Não!
-
todos os alcoólatras começaram o vício ao beber socialmente? SIM!
-
o jovem que gosta de beber, tem como saber se vai ter dependência de álcool?
NÂO!
== > pra quê arriscar?
9. Música cantada como prece de encerramento.
10.
Avaliação:
Encontro com 49 pessoas!
Juventudes visitantes: CEAI, Capa dos Pobres, CEAP, SEMP (URE Leste), CEFV, CE das
Gislene (URE Oeste): evangelizadores e jovens.
Da CEMIL, a turminha da Pré também
participou!
Como a apresentação de todos demorou um pouco, não apresentei os slides da DE. Marcela conduziu os slides sobre o alcoolismo.
Boa a participação no
estudo. Alguns casos pessoais foram relatados no chat da sala virtual.
Principais ’perigos’ aos jovens que apareceram na Nuvem de Palavras: Falta de Empatia, Egoísmo, Tentações, Depressão, vícios.
Pesquisa de Opinião:
Beber faz bem? Sim (1); Não (29); Não Sei (5)
Alcoolismo tem cura? Sim (30); Não (6); Não
Sei (1)
Beber pra quê? Nuvem de Palavras.
Principais respostas: Prazer, Socialmente, Descontrair
Preciso beber? Sim (1); Não (35)
11. Anexos
https://drauziovarella.uol.com.br/checagens/nao-existe-nivel-seguro-de-consumo-de-alcool-checagem/ (artigo de 2018)
No último dia 23 de agosto a revista científica “The Lancet” publicou um estudo que imediatamente teve enorme repercussão na mídia. O trabalho em questão avaliava até que ponto o consumo de álcool em níveis moderados pode servir como proteção para algumas condições de saúde. Há muito tempo faz parte do senso comum a crença de que o consumo de doses baixas de álcool traz benefícios à saúde, em especial ao coração. No entanto, o relatório de pesquisadores ingleses publicado na “The Lancet” aponta para outra conclusão: a de que “os pequenos benefícios adquiridos com o consumo baixo e moderado de bebidas alcoólicas são superados pelo risco aumentado de outros danos relacionados à saúde, incluindo o câncer”.
Através da análise de dados de 195 países, o estudo encontrou um pequeno efeito protetor contra doenças cardíacas e diabetes associado ao consumo moderado de álcool. No entanto, é impossível concluir se esses resultados se devem ao consumo de bebidas alcoólicas ou a outras variáveis, como por exemplo diferenças de comportamento ou genética entre pessoas que bebem moderadamente e pessoas que não bebem. Os pesquisadores descobriram, também, que quando combinavam os riscos para todas as 23 doenças que estudavam, beber não oferecia proteção contra a mortalidade geral. Ou seja, o valor “seguro” calculado para consumo de álcool foi zero: beber em qualquer quantidade oferece riscos. Segundo o estudo, consumir apenas uma dose de bebida alcoólica por dia aumentou o risco de desenvolver problemas de saúde relacionados ao álcool em 0,5% em relação à abstenção; beber cinco doses por dia levou a um aumento de 37% no risco. Analisando-se essas estatísticas, vê-se que embora o risco seja muito baixo, o consumo de álcool não pode ser visto como uma escolha saudável.
https://iclinic.com.br/cid/f10/
F10 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool
F100 - Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool - intoxicação aguda
F101 - Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool - uso nocivo para a saúde
F102 - Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome de dependência
F103 - Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome [estado] de abstinência
F104 - Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome de abstinência com delirium
F105 - Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool - transtorno psicótico
F106 - Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome amnésica
F107 - Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool - transtorno psicótico residual ou de
instalação tardia
F108 - Transtornos mentais e
comportamentais devidos ao uso de álcool - outros transtornos mentais ou
comportamentais
F109 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - transtorno mental ou comportamental não especificado
------------------
Dados do ÁLCOOL E A SAÚDE DOS BRASILEIROS - PANORAMA 2019, do CISA
CISA -
Centro de Informações sobre Saúde e Álcool
NIAAA –
sigla em inglês de Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo
CAPS-AD –
Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas
CAS –
Concentração de Álcool no Sangue (em inglês: Blood Alcohol Concentration)
CID –
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
Saúde
BPE – Beber Pesado Episódico (em inglês: Heavy Episodic Drinking, Binge Drinking)
- diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a redução de 10% no consumo nocivo de bebidas alcoólicas, até 2025.
USO NOCIVO DE ÁLCOOL
A OMS estabelece como uso nocivo de álcool a ocorrência de
consequências sociais e de saúde – tanto para o consumidor quanto às pessoas
próximas a ele e para a sociedade em geral – ou quando o padrão de consumo está
associado a maior risco de danos à saúde.
Lei Seca
(Lei nº 11.705/2008), assim como suas intensificações (em 2012 e 2016);
Lei nº
13.106/2015, que tornou crime a oferta de bebidas alcoólicas para menores de 18
anos
- ainda está acima da média mundial de consumo
per capita de 6,4 L/ano
- entre os
bebedores, o consumo médio é de 3 doses/dia, maior que a média na região das
Américas e
no mundo, de 2,3 doses/dia.
==> BPE - consumo de grande quantidade de álcool em um curto espaço de tempo, sendo mais comum entre os jovens e associado a riscos como acidentes e violência.
ð
OMS indica um aumento do BPE no Brasil, de 12,7% para 19,4%, de
2010 para 2016, em contraste à diminuição no mundo (de 20,5% para 18,2%, no
mesmo período).
Dose padrão
no Brasil: equivale a cerca de 14 g de álcool puro, o correspondente a 350 mL
de cerveja (5% de álcool), 150 mL de vinho (12% de álcool) ou 45 mL de
destilado (vodca, uísque, cachaça, gin, tequila, com 40% de álcool).
Recomendação
do NIAAA de limites diário e semanal de consumo do álcool (ARCR, 2018).
Homens - no máximo 4 doses por dia; no máximo 14
doses por semana
Mulheres
- no máximo 3 doses por dia; no máximo 7 doses por semana
Cerca de 90 a 95% do
álcool ingerido é metabolizado no fígado por enzimas específicas.
O álcool tem ação depressora no Sistema Nervoso Central. Embora desperte a sensação de euforia e desinibição em pequenas quantidades, o aumento da concentração de álcool no sangue acentua efeitos como falta de coordenação motora, sono, dificuldade de concentração, perda de equilíbrio e lapsos de memória.
“A
dependência do álcool (alcoolismo) é
uma doença crônica e multifatorial.
Isso significa que diversos fatores contribuem para seu desenvolvimento,
incluindo:
Quantidade e frequência de uso do álcool;
Condição
de saúde do indivíduo;
Fatores
genéticos, psicossociais e ambientais.
Entretanto,
não são estes fatores que definem o diagnóstico de dependência. Para isso, a
CID-10, da OMS, aponta sintomas indicativos, relacionados tanto ao comportamento
dos indivíduos, como a questões cognitivas e fisiológicas que são desenvolvidas
com o uso repetido do álcool.”
“Diferente do perfil mundial, que aponta os destilados como o tipo de bebida alcoólica mais consumido (44,8%), seguido da cerveja (34,3%) e do vinho (11,7%), no Brasil, a cerveja responde por 61,8% do consumo, seguida pelos destilados (34,3%) e vinho (3,4%).”
Definido pelo estudo como o
consumo de 4 ou mais doses para mulheres e 5 ou mais doses para homens, em uma
única ocasião, no último mês. Corresponde ao BPE. (Dados Vigitel)
2010
Cidade Total Masculino
Feminino
Curitiba 13,3 22,0 5,7
2017
Cidade Total Masculino Feminino
Curitiba 19,1 28,4 11,1
Essa frequência (de consumo) tendeu a diminuir com a idade, a partir dos 35 anos, e a aumentar com a escolaridade.
“Quase
metade das mulheres que reportaram BPE também relataram ter relações sexuais
desprotegidas; entre as mulheres jovens (com 20 anos ou menos) que reportaram
BPE, mais de 1 em cada 10 ficou ou estava grávida, e a chance de ter um aborto
foi 2 vezes maior do que entre aquelas que não relataram BPE (MASSARO et al.,
2018).”
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