sábado, 20 de março de 2021

Como viver no mundo sem ser do mundo – vícios (álcool)

 Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade                   - a partir dos 14 anos – 19/03/2021

Encontro Virtual – Google Meet

Tema: Como viver no mundo sem ser do mundo – vícios (álcool)

            (Estudo em conjunto com jovens de outras CEs) 

Objetivo:

Refletir sobre a proposta de Jesus, eu venci o mundo, analisando como ser jovem e viver no mundo sem ser do mundo;

Conhecer as consequências do consumo social de bebidas alcoólicas;

Analisar as influências espirituais relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas. 

Bibliografia:

- O Livro dos Espíritos, pergs 101 à 106 (Escala Espírita- Espíritos Imperfeitos), 229, 459, 467, 472 (Infl. Espíritos);

- item 13 cap. III de "O Evangelho Segundo o Espiritismo” (Mundos de Provas e Expiações);

- O Céu e o Inferno,1ª parte, Cap.VII - As penas futuras segundo o Espiritismo, ’A carne é fraca - Estudo fisiológico e moral’. 

Informações sobre o consumo de álcool:

- https://www.slideshare.net/mana5066/lcool-o-que-faz-no-organismo?next_slideshow=1

- https://fcmsantacasasp.edu.br/os-riscos-do-consumo-de-alcool-na-adolescencia/

- https://saude.abril.com.br/bem-estar/existe-limite-seguro-para-o-consumo-de-alcool/

- https://drauziovarella.uol.com.br/checagens/nao-existe-nivel-seguro-de-consumo-de-alcool-checagem/

- https://www.euro.who.int/en/health-topics/disease-prevention/alcohol-use/data-and-statistics/q-and-a-how-can-i-drink-alcohol-safely

https://www.youtube.com/watch?v=-rNggMZlNWA - ALCOOLISMO | ANA BEATRIZ

 

Material: Nuvem de palavras no Mentimeter; Pesquisa de Opinião no Mentimeter, Quiz no Mentimeter.  

Desenvolvimento:

1.            Boas vindas a todos e apresentação de todos os presentes.

2.            Música (3 jovens da Mocidade), como ambientação e Prece musical.

 

3.    Motivação Inicial:  

Nuvem de Palavras: Jesus disse: Eu venci o Mundo. Qual perigo o mundo traz ao jovem?

- responder em uma palavra (jogar o link da Nuvem no chat da sala virtual, compartilhar a nuvem se formando e depois que tiverem respondido, copiar a tela com a nuvem).

 

4.      Roda de Conversa

Vencer o mundo é não se deixar levar pelas tentações que o mundo tem, com relação aos prazeres dos sentidos.

 

Entre os diversos “perigos” que o mundo traz para a juventude, um dos mais difíceis de evitar é o hábito de beber socialmente, principalmente pois beber está associado a festas e comemorações.

 

Vamos falar hoje sobre esse vício: alcoolismo

 

Vamos fazer uma outra pesquisa de opinião: (Múltipla Escolha, sem resposta certa)

i.              Beber faz bem pra saúde?    (Sim, Não, Não sei)

ii.             O alcoolismo tem cura?     (Sim, Não, Não sei)

iii.            Pra quê beber?  (responder em uma palavra)

iv.           Preciso beber?  (Sim, Não)


== > copiar o resultado gerado em cada pergunta, para poder rever depois e debater com o grupo. Jogar também no grupo whatsApp.

 

Sobre a primeira pergunta: Beber faz bem pra saúde?   

Como posso beber álcool com segurança?

Essa pode não ser a resposta que as pessoas querem ouvir, mas não existe um nível seguro para o consumo de álcool. Claro que existe um consumo de álcool de menor risco, mas a OMS não estabelece limites específicos, porque as evidências mostram que o ideal para a saúde é não beber de jeito nenhum. O álcool está intimamente relacionado a cerca de 60 diagnósticos diferentes e para quase todos existe uma relação estreita entre a dose e a resposta, portanto, quanto mais você bebe, maior é o risco de contrair doenças. Menos é melhor. 

E quanto aos jovens? Certamente eles não precisam se preocupar com tudo isso até ficarem mais velhos.

Muito pelo contrário - o cérebro continua a se desenvolver até os 25 anos e o álcool interfere nisso. O cérebro do adolescente é especialmente suscetível ao álcool, e começar a beber álcool em uma idade jovem aumenta o risco de dependência do álcool  mais tarde na vida. Quanto mais jovens são quando começam a beber, mais danos correm o risco de causar. 

Eu não bebo muito. Realmente fará diferença para minha saúde se eu desistir?

Mesmo os bebedores moderados percebem os benefícios para a saúde quando param de beber álcool. Rapidamente percebem que dormem melhor e se sentem mais revigorados e alertas no dia seguinte. Os que não bebem acham mais fácil controlar o peso.

https://www.euro.who.int/en/health-topics/disease-prevention/alcohol-use/data-and-statistics/q-and-a-how-can-i-drink-alcohol-safely

 

Sobre a 2ª pergunta: O alcoolismo tem cura?

“A dependência do álcool (alcoolismo) é uma doença crônica e multifatorial”.

- requer tratamento de longa duração, com o doente e junto com sua família, além de diversos profissionais.

 

5.         Debate com o grupo sobre o hábito da bebida alcoólica na nossa sociedade, dando algumas informações do relatório de 2018 do CISA (anexo). (apresentar tópicos em slides)

 

Interessante essa questão do BPE (Beber Pesado Episódico), né? É mais comum entre

os jovens e associado a riscos como acidentes e violência.

E acaba com a diversão, né? Além de dar trabalho pros outros...

 

Não temos dúvidas que o alcoolismo é problema de saúde pública. E começa na adolescência, às vezes na infância. O CAPS-AD, Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, é específico para atender pessoas com problemas com álcool e outras drogas.

 

Então, pra quê beber? Pra quê correr o risco de ficar com essa doença?

- ver as respostas das outras duas nuvens

 

6.      O que nos diz a DE sobre os vícios?   (apresentar tópicos em slides)

No item 13 cap. III de "O Evangelho Segundo o Espiritismo”:

“Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? ...  os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral.”

 

Como são os habitantes desse nosso planeta de provas e expiações? Em sua maioria, os Espíritos da Terceira ordem. – Espíritos imperfeitos.

Kardec tratou dessa classificação didática, no LE, a partir do item 100. Vamos lembrar?

 

Espíritos da Terceira ordem. – Espíritos imperfeitos

101. Características gerais. – Predominância da matéria sobre o espírito. Propensão para o mal. Ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhes são consequentes. 

Têm a intuição de Deus, mas não o compreendem. 

Nem todos são essencialmente maus. Em alguns há mais leviandade, irreflexão e malícia do que verdadeira maldade. Uns não fazem o bem nem o mal; mas, pelo simples fato de não fazerem o bem, já denotam a sua inferioridade. 

Restritos conhecimentos têm das coisas do mundo espírita e o pouco que sabem se confunde com as ideias e preconceitos da vida corporal. 

102. Décima classe. Espíritos impuros

103. Nona classe. Espíritos levianos

104. Oitava classe. Espíritos pseudos sábios

105. Sétima classe. Espíritos neutros. – Nem bastante bons para fazerem o bem, nem bastante maus para fazerem o mal. Pendem tanto para um como para o outro e não ultrapassam a condição comum da humanidade, quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência. Apegam-se às coisas deste mundo, de cujas grosseiras alegrias sentem saudades. 

- nos reconhecemos nessa classificação?

- temos as tentações do mundo, por conta das nossas imperfeições, que são pontos de conexão com os Espíritos imperfeitos. 

LE, perg. 229. Por que, deixando a Terra, não deixam aí os Espíritos todas suas más paixões, uma vez que lhes reconhecem os inconvenientes?

“Vês nesse mundo pessoas excessivamente invejosas. Imaginas que, mal o deixam, perdem esse defeito? Acompanha os que da Terra partem, sobretudo os que alimentaram paixões bem acentuadas, uma espécie de atmosfera que os envolve, conservando-lhes o que têm de mau, por não se achar o Espírito inteiramente desprendido da matéria. Só por momentos ele entrevê a verdade, que assim lhe aparece como que para mostrar-lhe o bom caminho.” 

LE,perg 472Os Espíritos que procuram atrair-nos para o mal se limitam a aproveitar as circunstâncias em que nos achamos, ou podem também criá-las?

Aproveitam as circunstâncias ocorrentes, mas também costumam criá-las, impelindo-vos, sem que disso vos deis conta, para aquilo que cobiçais. Assim, por exemplo, encontra um homem, no seu caminho, certa quantia. Não penses tenham sido os Espíritos que a trouxeram para ali. Mas eles podem inspirar ao homem a ideia de tomar aquela direção e sugerir-lhe depois a de se apoderar da importância achada, enquanto outros lhe sugerem a de restituir o dinheiro ao seu legítimo dono. O mesmo se dá com relação a todas as demais tentações.” 

== > as nossas tentações estão relacionadas com as imperfeições que trazemos. 

LE, perg. 467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?
“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”
 

== > se em encarnação passada, tivemos o hábito da bebida, trazemos em nós essa tentação, e também será um ponto de conexão com outros Espíritos que também trazem essa tendência. 

7.      Jogo Quiz (Mentimeter) 

Perguntas para jogo de fixação de conteúdo:   

Pela OMS, qual a quantidade segura que posso beber por dia?

a)    Homens até 4 doses e mulheres, até 3 doses, por dia

b)    não existe um nível seguro para o consumo de álcool             x

c)    depende, pois a dependência do álcool é hereditária  

O alcoolismo tem cura?

a)    Depende do esforço da pessoa.

b)    Com certeza, com o tratamento correto é possível atingir a cura

c)    Não, o alcoolismo é uma doença crônica e multifatorial.                           

Os Espíritos influenciam em nossos pensamentos e atos?

a)    Depende do meu padrão vibratório

b)    Com certeza. Normalmente eles nos dirigem                           x

c)    Somente quando me afasto de Deus  

Ao morrer, os Espíritos não deixam aqui os seus vícios?

a)    Não! Conservam o que têm de mau, por não serem desprendidos da matéria.      x

b)    Sim, pois sendo desencarnados, logo percebem os erros cometidos aqui.

c)    Não, pois seus vícios ficam no perispírito.  

Podemos dizer que é difícil resistir ao vício porque a carne é fraca?

a)    Sim! O corpo interfere sobre a moral da pessoa.

b)    Sim! A genética influencia nas tendências da pessoa.

c)    Não, a carne só é fraca porque o Espírito é fraco.            


Perguntas extras:

Beber antes dos 25 anos aumenta o risco de dependência?

a)    Sim, pois o cérebro continua a se desenvolver até os 25 anos      x

b)    Depende da questão hereditária

c)    Não, pois não há relação da dependência com a idade  

O CID-10 está relacionado a qual doença?

a)    Lesões no fígado por excesso de bebida alcoólica

b)    Lesões pulmonares por excesso de bebida alcoólica

c)    Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool       

Os espíritos podem criar situações para nos influenciar ao mal?

a)    Sim, e também nos inspirar a ideia de fazer algo errado      x

b)    Não, pois podemos diferenciar a nossa vontade da deles

c)    Não, eles aproveitam as circunstâncias ocorrentes.  

Como podemos saber se os pensamentos são nossos ou nos são sugeridos pelos Espíritos?

a)    Não é importante saber. Assim temos mais liberdade nas escolhas.       x

b)    Tem que prestar atenção para saber se o pensamento é seu ou não.

c)    O primeiro pensamento é sempre o seu; os outros são dos Espíritos.                                         

Podemos nos livrar da influência dos maus Espíritos?

a)    Não nesse mundo de provas e expiações!

b)    Sim. Eles só se apegam aos que tem desejos e pensamentos como eles.      x

c)    Sim. É só lembrar de rezar antes de dormir!

 

8.      Conclusão  

- são diversos fatores que podem levar um jovem ao hábito da bebida, além da questão espiritual (hábito de encarnações passadas e influência de Espíritos com esse hábito também);

- transtorno mental por uso de álcool é um caso de saúde pública em todo o mundo;

- existem muitos fatores que podem levar a pessoa que gosta de beber ao alcoolismo;

- estudos científicos mostram diversas doenças derivadas do uso do álcool;

- o nosso corpo, instrumento do Espírito, não necessita do álcool. 

- se o jovem tomar cerveja numa festa, vai ter problemas ao desencarnar?  Não!

- todos os adultos que beberam na juventude se tornaram alcoólatras? Não!

- todos os alcoólatras começaram o vício ao beber socialmente? SIM!

- o jovem que gosta de beber, tem como saber se vai ter dependência de álcool? NÂO!

== > pra quê arriscar?

 

9.     Música cantada como prece de encerramento.

 

10.  Avaliação:

Encontro com 49 pessoas! Juventudes visitantes: CEAI, Capa dos Pobres, CEAP, SEMP (URE Leste), CEFV, CE das Gislene (URE Oeste): evangelizadores e jovens.

Da CEMIL, a turminha da Pré também participou!

Como a apresentação de todos demorou um pouco, não apresentei os slides da DE. Marcela conduziu os slides sobre o alcoolismo.

Boa a participação no estudo. Alguns casos pessoais foram relatados no chat da sala virtual.

Principais ’perigos’ aos jovens que apareceram na Nuvem de Palavras: Falta de Empatia, Egoísmo, Tentações, Depressão, vícios.

Pesquisa de Opinião:

Beber faz bem?           Sim (1);   Não (29);  Não Sei (5)

Alcoolismo tem cura?  Sim (30); Não (6);    Não Sei (1)

Beber pra quê? Nuvem de Palavras. Principais respostas: Prazer, Socialmente, Descontrair

Preciso beber?             Sim (1);  Não (35) 

11.  Anexos 

https://drauziovarella.uol.com.br/checagens/nao-existe-nivel-seguro-de-consumo-de-alcool-checagem/    (artigo de 2018) 

No último dia 23 de agosto a revista científica “The Lancet” publicou um estudo que imediatamente teve enorme repercussão na mídia. O trabalho em questão avaliava até que ponto o consumo de álcool em níveis moderados pode servir como proteção para algumas condições de saúde. Há muito tempo faz parte do senso comum a crença de que o consumo de doses baixas de álcool traz benefícios à saúde, em especial ao coração. No entanto, o relatório de pesquisadores ingleses publicado na “The Lancet” aponta para outra conclusão: a de que “os pequenos benefícios adquiridos com o consumo baixo e moderado de bebidas alcoólicas são superados pelo risco aumentado de outros danos relacionados à saúde, incluindo o câncer”. 

Através da análise de dados de 195 países, o estudo encontrou um pequeno efeito protetor contra doenças cardíacas e diabetes associado ao consumo moderado de álcool. No entanto, é impossível concluir se esses resultados se devem ao consumo de bebidas alcoólicas ou a outras variáveis, como por exemplo diferenças de comportamento ou genética entre pessoas que bebem moderadamente e pessoas que não bebem. Os pesquisadores descobriram, também, que quando combinavam os riscos para todas as 23 doenças que estudavam, beber não oferecia proteção contra a mortalidade geral. Ou seja, o valor “seguro” calculado para consumo de álcool foi zero: beber em qualquer quantidade oferece riscos. Segundo o estudo, consumir apenas uma dose de bebida alcoólica por dia aumentou o risco de desenvolver problemas de saúde relacionados ao álcool em 0,5% em relação à abstenção; beber cinco doses por dia levou a um aumento de 37% no risco. Analisando-se essas estatísticas, vê-se que embora o risco seja muito baixo, o consumo de álcool não pode ser visto como uma escolha saudável. 

https://iclinic.com.br/cid/f10/ 

F10 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool 

F100 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - intoxicação aguda

F101 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - uso nocivo para a saúde

F102 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome de dependência

F103 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome [estado] de abstinência

F104 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome de abstinência com delirium

F105 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - transtorno psicótico

F106 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - síndrome amnésica

F107 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - transtorno psicótico residual ou de instalação tardia

F108 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - outros transtornos mentais ou comportamentais

F109 - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool - transtorno mental ou comportamental não especificado 

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Dados do ÁLCOOL E A SAÚDE DOS BRASILEIROS - PANORAMA 2019, do CISA 

CISA - Centro de Informações sobre Saúde e Álcool

NIAAA – sigla em inglês de Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo

CAPS-AD – Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas

 

CAS – Concentração de Álcool no Sangue (em inglês: Blood Alcohol Concentration)

CID – Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde

BPE – Beber Pesado Episódico (em inglês: Heavy Episodic Drinking, Binge Drinking) 

- diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a redução de 10% no consumo nocivo de bebidas alcoólicas, até 2025. 

USO NOCIVO DE ÁLCOOL

A OMS estabelece como uso nocivo de álcool a ocorrência de consequências sociais e de saúde – tanto para o consumidor quanto às pessoas próximas a ele e para a sociedade em geral – ou quando o padrão de consumo está associado a maior risco de danos à saúde.

 Leis federais:

Lei Seca (Lei nº 11.705/2008), assim como suas intensificações (em 2012 e 2016);

Lei nº 13.106/2015, que tornou crime a oferta de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos

 Brasil

-  ainda está acima da média mundial de consumo per capita de 6,4 L/ano

- entre os bebedores, o consumo médio é de 3 doses/dia, maior que a média na região das

Américas e no mundo, de 2,3 doses/dia.

 - ainda temos que reduzir o Beber Pesado Episódico (BPE) que

==> BPE - consumo de grande quantidade de álcool em um curto espaço de tempo, sendo mais comum entre os jovens e associado a riscos como acidentes e violência. 

ð  OMS indica um aumento do BPE no Brasil, de 12,7% para 19,4%, de 2010 para 2016, em contraste à diminuição no mundo (de 20,5% para 18,2%, no mesmo período).

 

Dose padrão no Brasil: equivale a cerca de 14 g de álcool puro, o correspondente a 350 mL de cerveja (5% de álcool), 150 mL de vinho (12% de álcool) ou 45 mL de destilado (vodca, uísque, cachaça, gin, tequila, com 40% de álcool).

 

Recomendação do NIAAA de limites diário e semanal de consumo do álcool (ARCR, 2018).

Homens  - no máximo 4 doses por dia; no máximo 14 doses por semana

Mulheres - no máximo 3 doses por dia; no máximo 7 doses por semana

 

Cerca de 90 a 95% do álcool ingerido é metabolizado no fígado por enzimas específicas.

 

O álcool tem ação depressora no Sistema Nervoso Central. Embora desperte a sensação de euforia e desinibição em pequenas quantidades, o aumento da concentração de álcool no sangue acentua efeitos como falta de coordenação motora, sono, dificuldade de concentração, perda de equilíbrio e lapsos de memória.

 

“A dependência do álcool (alcoolismo) é uma doença crônica e multifatorial. Isso significa que diversos fatores contribuem para seu desenvolvimento, incluindo:

 Quantidade e frequência de uso do álcool;

 Condição de saúde do indivíduo;

 Fatores genéticos, psicossociais e ambientais.

Entretanto, não são estes fatores que definem o diagnóstico de dependência. Para isso, a CID-10, da OMS, aponta sintomas indicativos, relacionados tanto ao comportamento dos indivíduos, como a questões cognitivas e fisiológicas que são desenvolvidas com o uso repetido do álcool.”

 

“Diferente do perfil mundial, que aponta os destilados como o tipo de bebida alcoólica mais consumido (44,8%), seguido da cerveja (34,3%) e do vinho (11,7%), no Brasil, a cerveja responde por 61,8% do consumo, seguida pelos destilados (34,3%) e vinho (3,4%).”

 

Definido pelo estudo como o consumo de 4 ou mais doses para mulheres e 5 ou mais doses para homens, em uma única ocasião, no último mês. Corresponde ao BPE. (Dados Vigitel)

2010

Cidade   Total   Masculino Feminino

Curitiba   13,3    22,0           5,7 

2017

Cidade   Total   Masculino Feminino

Curitiba   19,1    28,4         11,1 

Essa frequência (de consumo) tendeu a diminuir com a idade, a partir dos 35 anos, e a aumentar com a escolaridade. 

“Quase metade das mulheres que reportaram BPE também relataram ter relações sexuais desprotegidas; entre as mulheres jovens (com 20 anos ou menos) que reportaram BPE, mais de 1 em cada 10 ficou ou estava grávida, e a chance de ter um aborto foi 2 vezes maior do que entre aquelas que não relataram BPE (MASSARO et al., 2018).”

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