segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Tristeza

Casa Espírita Missionários da Luz –            > 14 anos Mocidade  

             31/07/2020

Tema:  Tristeza    (Reunião virtual pelo Google Meet) 

Objetivos:

Reconhecer a tristeza como oportunidade de introspecção, quando oriunda de uma ocorrência triste;

Identificar a tristeza como processo natural na encarnação, tendo em vista a temporalidade da vida terrena e focando na vida espiritual, a verdadeira. 

Bibliografia:  

LE, pergs 909 e 911;

O Evangelho segundo o Espiritismo > Capítulo V - Bem-aventurados os aflitos > Instruções dos Espíritos > A Melancolia > item 25;

A Gênese - Cap. XVIII – Os tempos são chegados;

Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1860 > Janeiro > Conselho de família;

Cultivo das Emoções, Marlon Reikdal, cap 6;

Caminho, Verdade e Vida, Cap.130, Emmanuel/Chico Xavier, ‘Tristeza’. 

Material: 

Hora da novidade, respirações profundas e prece Inicial 

Desenvolvimento: 

1.    Motivação Inicial: (tema e estudo preparado por dois jovens do grupo. Esse roteiro é apenas para apoio). 

Jogar na sala do Meet, a página de Emmanuel, ‘Tristeza’. 

Perguntar pro grupo: o que é a tristeza? O que fazer quando ela aparece? 

A tristeza é uma virtude ou um vício? 

2.    Exposição Dialogada 

A tristeza é uma das emoções básicas do ser humano. Está na natureza. Nem vício nem virtude, mas precisamos aprender a direcionar essa emoção. 

Kardec falou das emoções nessa fase de transição em que estamos: (jogar no chat da sala) 

A Gênese, Cap. XVIII – Os tempos são chegados, item 5

 Já não é somente de desenvolver a inteligência o de que os homens necessitam, mas de elevar o sentimento e, para isso, faz-se preciso destruir tudo o que superexcite neles o egoísmo e o orgulho.

Tal o período em que doravante vão entrar e que marcará uma das fases principais da vida da Humanidade.

 - o avanço tecnológico e das ciências em geral, já foi bem significativo; agora precisamos rever nossos sentimentos, nossas emoções, para vermos como esses sentimentos poderão ser elevados para se equivalerem aos sentimentos do novo mundo: de Regeneração. 

Tristeza - (Cultivo das Emoções, cap. 6) 

- todos passamos por problemas, perdas, dores. O que fazemos depois dessas ocorrências é nossa inteira responsabilidade. Precisamos aprender algo, crescer com a experiência. 

- energia de introspecção. O caminho para dentro é sem dúvida o mais seguro e estável. É a emoção que mais facilmente nos coloca em contato com nosso mundo particular. 

- precisamos nos perguntar:

quando nos sentimos tristes? Como nos comportamos quando ficamos tristes? Qual o tamanho dessa tristeza? O que fazemos com ela? 

- a tristeza é um fenômeno psicológico de curta duração. 

- se não sentimos nem vivenciamos nossas tristezas, não seremos capazes de suportar, entender a tristeza dos outros. O melhor que podemos fazer é ouvi-los, abrindo espaço para a expressão do mal-estar, com postura de acolhimento e compreensão. 

- ajustamento: introspecção para aprender a viver sem aquilo que perdemos. 

- queixa, reclamação: ego adoecido. Ao invés da queixa, a reflexão! Olhar para a tristeza, se aproximar, sentir, ouvir e dialogar com ela: O que deveria mudar? Como poderia ser melhor? O que poderia ter feito diferente? Como será daqui para a frente? Qual minha responsabilidade nisso tudo?

 É preciso um motivo para a tristeza, que significa PERDA! De quem? Do ego? Ou do ser imortal? 

3.    Jogar no chat, o texto da RE para discussão com o grupo (jogar frase a frase para facilitar a leitura) 

Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1860 > Janeiro > Conselho de família (3ª sessão):

Aquilo que julgais um mal, com frequência só o é em relação às vossas concepções.

Também, às vezes, o mal real vem apenas de um desânimo ocasionado por uma dificuldade, que a calma de espírito e a reflexão teriam evitado.

Assim, refleti sempre e, como já vos disse, reportai tudo a Deus.

Quando experimentais qualquer pesar, longe de vos abandonardes à tristeza, ao contrário, resisti e fazei todo esforço para triunfar, pensando que nada se obtém sem trabalho, e que muitas vezes o sucesso é acompanhado por dificuldades.

Invocai o auxílio dos Espíritos benevolentes. Eles não podem, como vos ensinam, fazer boas obras em vosso lugar, nem obter algo de Deus para vós, pois é preciso que cada um conquiste, por si mesmo, a perfeição a que todos estamos destinados, mas podem inspirar-vos o bem, sugerir-vos conduta conveniente e ajudar-vos com seu concurso. 

Eles não se manifestam ostensivamente, mas no recolhimento.

Escutai a voz da vossa consciência. Confiança em Deus, calma e coragem.


4.    Respiração profunda e lenta,  e prece final.

5.    Avaliação

Estudo para 14 jovens. Só foi jogada no chat da sala, a página de Emmanuel, sendo discutida a ideia trazida pelo mentor, das duas naturezas de tristezas. Discussão em roda de conversa. Todos se manifestaram falando quando surge a tristeza como lidam com ela. A jovem que havia preparado o tema da noite, leu trechos sobre os efeitos da tristeza no corpo, de textos que ela havia selecionado desse tema.

6.    Anexos

O Evangelho segundo o Espiritismo > Capítulo V - Bem-aventurados os aflitos > Instruções dos Espíritos > A Melancolia > 25

25. Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes.

Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra. – François de Genève. (Bordéus.)

LE, 909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?

“Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!”

LE, 911. Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis, que a vontade seja impotente para dominá-las?

“Há muitas pessoas que dizem: Quero, mas a vontade só lhes está nos lábios. Querem, porém muito satisfeitas ficam que não seja como ‘querem’. Quando o homem crê que não pode vencer as suas paixões, é que seu Espírito se compraz nelas, em conseqüência da sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que as procura reprimir. Vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria.”

Caminho, Verdade e Vida, Cap.130, Emmanuel/Chico Xavier, ‘Tristeza’

“Porque a tristeza, segundo Deus, opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo gera a morte.” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 7:10.)

Conforme observamos na advertência de Paulo, há “uma tristeza segundo Deus” e outra “segundo a Terra”. A primeira soluciona problemas atinentes à vida verdadeira, a segunda é caminho para a morte, como símbolo de estagnação, no desvio dos sentimentos.

Muita gente considera virtudes a lamentação incessante e o tédio continuado. Encontramos os tristes pela ausência de dinheiro adequado aos excessos; vemos os torturados que se lastimam pela impossibilidade de praticar o mal; ouvimos os viciados na queixa doentia, incapazes do prazer de servir sem aguilhões. Essa é a tristeza do mundo que prende o Espírito à teia de reencarnações corretivas e perigosas.

Raros homens se tocam da “tristeza segundo Deus”. Muito poucos contemplam a si próprios, considerando a extensão das falhas que lhes dizem respeito, em marcha para a restauração da vida, no presente e no porvir. Quem avança por esse caminho redentor, se chora jamais atinge o plano do soluço enfermiço e da inutilidade, porque sabe reajustar-se, valendo-se do tempo, a golpes benditos de esforço para as novas edificações do destino.


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