quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Mediunidade e a Doutrina Espírita

                                              Casa Espírita Missionários da Luz

Juventude:  > 13 anos                                   14/08/2020

Estudo virtual no Google Meet

 Tema: Mediunidade e a Doutrina Espírita (preparação para a prévia de 29/08/2020, com live de Alessandro Vianna, com o tema ‘Contribuição e finalidade do Espiritismo quanto às manifestações e comunicações dos Espíritos’) 

Objetivo:

  • Identificar a contribuição que o Espiritismo trouxe para o ser humano com relação às manifestações mediúnicas. 

Bibliografia:

O Livro dos Espíritos", Introdução, item IV, Cap IX – ‘Da intervenção dos Espíritos no mundo corporal’ pergs 459 à 462, 467,469, 471, 472;

O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. 24, item 12; Cap. 19 ( Fé Transporta Montanhas): 10 – “Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos”;

O que é o Espiritismo, Cap. 2, item 59, 79;

Livros dos Médiuns, 2ª Parte, Cap. XIV ‘Dos Médiuns’, itens 159, 160, 165 à 168, 175; Cap. XVII ‘Da Formação dos Médiuns’, itens 217, 220- perg. 12ª e 14ª;

A Gênese, Cap. XVII, item 59, 60 e 61;

Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1865 > Outubro > Variedades;

Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1861 > Novembro > Reunião geral dos espíritas bordeleses - 14 de outubro de 1861 > Discurso do Sr. Allan Kardec;

Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1859 > Maio > Refutação de um artigo de "L 'Univers";

Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1859 > Fevereiro > Os agêneres.

 

Material: Algo para sorteio das perguntas 

Desenvolvimento:

1.            Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e prece de início do encontro.

 

2.      Motivação ao tema: (Jogar na sala do chat da sala virtual e pedir que um dos jovens leia) 

A Gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo > As predições > Capítulo XVII - Predições do Evangelho > Vossos filhos e vossas filhas profetizarão > 59

Nos últimos tempos, diz o Senhor, espalharei do meu espírito por sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos terão sonhos. (Atos, 2:17 a 18) 

ð  Como podemos interpretar essa frase de Jesus, citada em Ato dos Apóstolos?

 Item 61. Como vimos, coincidindo com outras circunstâncias, o advento do Espiritismo realiza uma das mais importantes predições de Jesus, pela influência que ele forçosamente tem de exercer sobre as ideias. Ele se encontra, além disso, anunciado, em os Atos dos Apóstolos: “Nos últimos tempos, diz o Senhor, derramarei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão.” É a predição inequívoca da vulgarização da mediunidade, que presentemente se revela em indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todas as condições; a predição, por conseguinte, da manifestação universal dos Espíritos, pois que sem os Espíritos não haveria médiuns. 

 

3.            O tema da noite é a contribuição e finalidade do Espiritismo quanto às manifestações e comunicações dos Espíritos, assunto que será tratado na prévia do fim desse mês.

A ideia é fazermos uma ‘live’ rsrsrs onde os jovens serão os conferencistas que responderão as perguntas dos telespectadores, no caso, eu! 😊

 

Vamos sortear uma letra e quem tiver o nome começando com a letra, responde a pergunta. E não tiver ninguém com a letra sorteada, vai a pessoa cujo nome começa com a primeira letra depois da sorteada.

 

i.              O que é médium?  Resp.: “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.” (LM, item 159)

 

ii.             Que conclusão podemos tirar para nossas vidas, a resposta que os Espíritos deram à perg 459 de O LE: Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?

“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.” è que, por sermos todos mais ou menos médiuns, somos muito influenciados. Precisamos, portanto, estarmos vigilantes com nossos pensamentos.

 

iii.            Quem é o autor do Espiritismo? A ideia primeira, quem a concebeu?

(RE, Maio/1859 > Refutação de um artigo de "L 'Univers")

Quem é o autor do Espiritismo? Quem imaginou, certa ou errada, essa teoria? É verdade que se procurou coordená-la, formulá-la, explicá-la. Mas a ideia primeira, quem a concebeu? Ninguém. Ou melhor, todo mundo, porque todos puderam ver, e aqueles que não viram foi porque não quiseram ver ou porque quiseram ver a seu modo, sem romper o círculo de suas ideias preconcebidas, o que os fez ver e julgar mal. O Espiritismo decorre de observações que cada um pode fazer, que não constituem privilégio de ninguém, o que explica a sua irresistível propagação. Ele não é resultado de nenhum sistema individual, circunstância que o distingue de todas as outras doutrinas filosóficas.

 

iv.           Qual a novidade que o Espiritismo trouxe, se sempre existiram manifestações mediúnicas em todas as épocas da humanidade?

(RE, Maio/1859 > Refutação de um artigo de "L 'Univers")

Quem alguma vez afirmou que isto foi uma descoberta moderna? Essas comunicações, sendo uma consequência da Natureza e produzindo-se pela vontade de Deus, fazem parte das leis imutáveis com as quais ele rege o mundo. Consequentemente, elas devem ter existido desde que o homem existe na Terra. Eis por que as encontramos na mais remota Antiguidade, entre todos os povos, tanto em sua história profana quanto na sagrada. A ancianidade e a universalidade desta crença são argumentos em seu favor.

 

Ele (o espiritismo) nos desvenda mundos invisíveis, assim como o microscópio nos revelou o mundo dos infinitamente pequenos, de cuja existência não suspeitávamos. Assim, pois, os fenômenos cuja fonte é esse mundo invisível devem ter-se produzido e se produziram em todos os tempos, como bem o menciona a História de todos os povos. Apenas os homens, em sua ignorância, atribuíram tais fenômenos a causas mais ou menos hipotéticas e, a esse respeito, deram livre curso à imaginação, como o fizeram com todos os fenômenos cuja natureza conheciam imperfeitamente.

Melhor observado desde que se vulgarizou, o Espiritismo vem lançar luz sobre uma porção de problemas até aqui insolúveis ou mal resolvidos. Seu verdadeiro caráter é, pois, o de uma ciência.

 

v.             Porque nem todos são médiuns ostensivos?

“A faculdade medianímica prende-se ao organismo; ela é independente das qualidades morais do médium, e é encontrada nos mais indignos como nos mais dignos. Não ocorre o mesmo com a preferência dada ao médium pelos bons Espíritos.” (O que é o Espiritismo, Cap. II, item 79)

 

vi.           “Com que fim a Providência outorgou de maneira especial, a certos indivíduos, o dom da mediunidade?

“É uma missão de que se incumbiram e cujo desempenho os faz ditosos. São os intérpretes dos Espíritos com os homens.” (LM, item 220, 12ª)

 

vii.          Qual a missão dos médiuns?

Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitam suas instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades para esse efeito.

Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma missão especialíssima; são árvores destinadas a fornecer alimento espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que abunde o alimento; há os por toda a parte, em todos os países, em todas as classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar demonstrado aos homens que todos são chamados. (ESE, Cap.19, item 10)

 

viii.         Sendo a mediunidade é uma missão, porque há médiuns de moral duvidosa, às vezes até cobrando consultas?

A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. Não são estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, dados diretamente, são de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que se os recebesse indiretamente. (ESE, cap. 24, item 12)

 

ix.           Pode o médium obter comunicações dos Espíritos sempre que o desejar?

O médium não tem mais que a faculdade de se poder comunicar, mas a comunicação efetiva depende da vontade dos Espíritos. Se estes não quiserem manifestar-se, aquele nada obterá; será qual instrumento sem músico que o toque. (‘O que é o Espiritismo?’, Cap.II, Noções elementares de Espiritismo > Dos médiuns item 59). 

x.             Podemos dizer que a mediunidade é um talento?

Seria, pois, um erro comparar a mediunidade a um talento. O talento adquire-se pelo trabalho, quem o possui é sempre dele senhor; ao passo que o médium nunca o é de sua faculdade, pois que ela depende de vontade estranha. (‘O que é o Espiritismo?’, Cap.II, Noções elementares de Espiritismo > Dos médiuns item 59). 

xi.           Seria possível impedir a propagação do Espiritismo e a comunicação dos Espíritos?

A despeito de tudo e contra tudo, o Espiritismo penetra em toda parte. Como o pólen fecundante das flores, é levado pelos ventos e assenta raízes nos quatro cantos do mundo, porque em toda parte encontra uma terra fecunda em sofrimentos, sobre a qual derrama o bálsamo consolador.

Suponde, então, o mais absoluto estado que a imaginação possa sonhar, recrutando todos os seus esbirros para deter a ideia ao passar. Poderão eles impedir que os Espíritos entrem nela e se manifestem espontaneamente? Impedirão que os médiuns se reúnam na intimidade das famílias? Suponhamo-los bastante fortes para impedir de escrever, para proibir a leitura dos livros. Poderão impedi-los de ouvir, desde que há médiuns auditivos? Impedirão o pai de receber as consolações do filho que perdeu? (RE, Maio/1859 > Refutação de um artigo de "L 'Univers") 

xii.          Os médiuns estão sempre me contato com os Espíritos Superiores? Em caso negativo, porque não estariam?

A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral. O bom médium, pois, não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediunidade. (ESE, cap. 24, item 12) 

xiii.         Onde reside a força do Espiritismo?

RE, Nov/1861 - Reunião geral dos espíritas bordeleses - 14 de outubro de 1861 > Discurso do Sr. Allan Kardec

A força do Espiritismo tem duas causas preponderantes: a primeira é a que torna felizes os que o conhecem, o compreendem e o praticam; ora, como há muita gente infeliz, ele recruta um exército inumerável entre os que sofrem.

A segunda é que ele não repousa na cabeça de nenhum homem que possa ser derrubado; que ele não tem um foco único que possa ser extinto; que seu foco está em toda parte, porque em toda parte há médiuns que podem comunicar-se com os Espíritos; que não há família que não possa tê-los em seu seio, e se cumpram estas palavras do Cristo: Vossos filhos e vossas filhas profetizarão e terão visões; porque, enfim, o Espiritismo é uma ideia, e não há barreiras impenetráveis à ideia, nem bastante altas para que estas não possam transpô-las.

É por suas consequências morais que triunfará, pois aí está a sua força, por aí é invulnerável. Inscreve em sua bandeira: Amor e Caridade e, ante esse paládio mais poderoso que o de Minerva, porque vem do Cristo, a própria incredulidade se inclina. Que se pode opor a uma doutrina que leva os homens a se amarem como irmãos? 

xiv.         Como explicar a suspensão da mediunidade em médiuns ostensivos?

(O que é o Espiritismo? > Capítulo II - Noções elementares de Espiritismo > Dos médiuns, item 59)

Visto que os Espíritos só se comunicam quando querem ou podem, não estão sujeitos ao capricho de ninguém; nenhum médium tem o poder de forçá-los a se apresentarem. Isto explica a intermitência da faculdade nos melhores médiuns, e as interrupções que sofrem, às vezes, durante muitos meses. 

xv.          Como podemos saber se uma comunicação é do Espírito que assina a mensagem?   (LE, Introdução, item XII)

- Nesse gênero de evocações íntimas, passam-se às vezes coisas verdadeiramente empolgantes, de natureza a convencerem o maior incrédulo. O mais obstinado cético fica, não raro, aterrado com as inesperadas revelações que lhe são feitas. (linguagem, modo de falar, detalhes da vida particular)

- Incalculável é o número dos Espíritos e longe estamos de conhecê-los a todos; a maior parte deles não têm mesmo nomes para nós. Nada, pois, impede que um Espírito da categoria de Fénelon venha em seu lugar, muitas vezes até como seu mandatário. Apresenta-se então com o seu nome, porque lhe é idêntico e pode substituí-lo e ainda porque precisamos de um nome para fixar as nossas ideias. Mas, que importa, afinal, seja um Espírito realmente o de Fénelon? Desde que tudo o que ele diz é bom e que fala como o teria feito o próprio Fénelon, é um Espírito bom. Indiferente é o nome pelo qual se dá a conhecer, não passando muitas vezes de um meio de que lança mão para nos fixar as ideias. O mesmo, entretanto, não é admissível nas evocações íntimas; mas, aí, como dissemos há pouco, se consegue estabelecer a identidade por provas de certo modo patentes. 

xvi.         Pode um Espírito aparecer de forma tangível e ser confundido com uma pessoa comum?  (RE, Fev/1859 – Agêneres)

8 - Se um tal ser se nos apresentasse, teríamos um meio de reconhecê-lo?

─ Não, a não ser pelo desaparecimento inesperado.

9 ─ Qual é o objetivo que pode levar certos Espíritos a tomar esse estado corporal? Eles agem para o bem ou para o mal?

─ Muitas vezes para o mal. Os bons Espíritos têm a seu favor a inspiração. Agem sobre a alma e pelo coração. Sabeis que as manifestações físicas são produzidas por Espíritos inferiores, e as de que tratamos são dessa categoria. Entretanto, como disse, os bons Espíritos também podem tomar essa aparência corporal, com um fim útil. Digo isto em princípio geral.

12 ─ Têm necessidade real de alimento?

─ Não. O seu corpo não é real.

O agênere não tem corpo vivo na Terra; apenas o seu perispírito toma forma palpável.

 

4.            Prece final

 Avaliação:

Encontro com 9 jovens com boa participação. Todos responderam as perguntas em sua vez. Não deu tempo de fazer todas as perguntas. De modo geral, tinham as informações sobre mediunidade que foram perguntadas. 

Anexos

 Subsídios teóricos:

 O Evangelho segundo o Espiritismo > Capítulo XXIV - Não ponhais a candeia debaixo do alqueire > item 12 

Essas palavras, como tantas outras, encontram no Espiritismo a aplicação que lhes cabe. Há quem se admire de que, por vezes, a mediunidade seja concedida a pessoas indignas, capazes de a usarem mal. Parece, dizem, que tão preciosa faculdade deverá ser atributo exclusivo dos de maior merecimento.

Digamos, antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o homem, por efeito do seu livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por exemplo, a palavra senão aos incapazes de proferirem coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus outorgou faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o que delas abusa. 

Se só aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos, quem ousaria pretendê-la? Onde, ao demais, o limite entre a dignidade e a indignidade? A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. Não são estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, dados diretamente, são de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que se os recebesse indiretamente. Deus, em sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir buscá-la longe, nas mãos lhe coloca a luz. Não será ele bem mais culpado, se não a quiser ver? Poderá desculpar-se com a sua ignorância, quando ele mesmo haja escrito com suas mãos, visto com seus próprios olhos, ouvido com seus próprios ouvidos, e pronunciado com a própria boca a sua condenação? Se não aproveitar, será então punido pela perda ou pela perversão da faculdade que lhe fora outorgada e da qual, nesse caso, se aproveitam os maus Espíritos para o obsidiarem e enganarem, sem prejuízo das aflições reais com que Deus castiga os servidores indignos e os corações que o orgulho e o egoísmo endureceram.

 

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