Desprendimento dos bens terrenos

Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade              A partir dos 13 anos    13/09/2019

Tema:  Desprendimento dos bens terrenos

Objetivos:

Refletir sobre como me relaciono com os bens que possuo ou desejo possuir;

Diferenciar o servir a Deus e a Mamon (ESE, Cap. XVI).

Bibliografia:  

O Livro dos Espíritos: Pergs. 702 à 717 (lei de conservação);

ESE, Cap. XVI

https://www.youtube.com/watch?v=-H2MYTV44P4 A riqueza deve gerar progresso e felicidade - Haroldo Dutra Dias

https://www.youtube.com/watch?v=7d1494j620g - Haroldo Dutra - Nós nos apegamos até a um sapato velho!

"Diante de qualquer mudança, nós somos tomados pelo apego. O apego é o sentimento mais poderoso que envolve um encarnado..." Haroldo Dutra.

https://www.youtube.com/watch?v=qKFc7TQnVz4 - REFLEXÕES com Haroldo 011 - Bens Materiais (bens materiais dão muito significado aqui na Terra)

“dinheiro, beleza, juventude e poder/prestígio/fama - costumamos associar a palavra 'vencer' com base nesses critérios”

https://www.youtube.com/watch?v=3_kf7CHODME - O Desejo Central | Haroldo Dutra Dias | IDE Curitiba 17

Material:

Hora da novidade, exercícios de respiração profunda e prece Inicial

Desenvolvimento:

1.    Motivação Inicial:

Convidá-los a participar de um exercício:

- Fazer grupinhos de 3 jovens. Os grupinhos devem ficar afastados um do outro.

- Vocês acabaram de acordar e se viram num lugar desconhecido, onde só tem mais essas 2 pessoas desconhecidas com vc. A última coisa que vcs lembram, é ter ido dormir na noite anterior. Vcs só tem com vocês, a roupa do corpo. Nada mais.

- Conversem entre si, cada grupinho, para tentar entender o que aconteceu e o que fazer agora.

Depois de 3 minutos falar (os jovens ainda nos grupinhos):

- Sim, vcs morreram. A vida terrena se fechou para vcs durante a noite. Todos os seus compromissos ficaram na Terra. Não tem mais escola; não tem mais academia, jogos, celulares... Nem seu corpo vocês tem mais! Ficou na Terra!

Seus amigos, família, parentes, todos ficaram na Terra. E a vida continua para eles, e para vcs também!

- Conversem entre vocês:

Qual deve ter sido o objetivo dessa sua reencarnação tão breve?

O que vocês acham que conseguiram evoluir nessa encarnação que acabou ontem?

Depois de 5 minutos, desfazer os grupinhos e voltar ao grupão.

2.    Processamento da vivência

- Como foi fazer essa atividade? O que vcs sentiram?

3.    Exposição dialogada:

A encarnação é como uma viagem de trem. Não sabemos quando nem em qual estação teremos que descer do trem.

Com essa visão bem clara, conseguimos perceber se estamos no caminho certo na encarnação?

Vejamos o ensino de Jesus:

Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. (Lucas,16:13.)  (Evang. Cap.XVI, item 1)

- De quais senhores Jesus se refere? O que significa; servir a Deus? Servir a Mamon?

      - servir a Deus, é trabalhar em favor da nossa evolução espiritual em todas as nossas atividades diárias. Santificar nossas atividades diárias.

O que é santificar nossas atividades? Fazer da melhor forma possível, fazendo como se fosse para Jesus. Esse é um bom parâmetro: Se eu estivesse fazendo isso para Jesus, como eu faria? 

(Evang. Cap.XVI, item 14)

“O desapego aos bens terrenos consiste em apreciá-los no seu justo valor, em saber servir-se deles em benefício dos outros e não apenas em benefício próprio, em não sacrificar por eles os interesses da vida futura, em perdê-los sem murmurar, caso apraza a Deus retirá-los.”

      - servir a Mamon é trabalhar unicamente para os objetivos da Terra.

(Evang. Cap.XVI, item 14)

“O amor aos bens terrenos constitui um dos mais fortes impedimentos ao vosso adiantamento moral e espiritual. Pelo apego à posse de tais bens, destruís as vossas faculdades de amar, com as aplicardes todas às coisas materiais.”

4.    Fixação do conteúdo

Nem sempre conseguimos perceber o que nos prende na Terra, impedindo nossa espiritualização.

Na mitologia, Aquiles foi banhado no rio da invulnerabilidade por sua mãe, assim que ele nasceu. Mas ela o segurou pelos calcanhares: única parte do corpo que não se banhou no rio. Esse foi então seu único ponto fraco.

Todos temos um calcanhar de Aquiles – somos vulneráveis em um ponto. Esse ponto, é o tema central de nossas vidas. Que ponto será esse? Essa fragilidade é que nos prende à vida material!

O que é que, de modo geral, é considerado sucesso na nossa sociedade?

      - anotar o que eles falarem no quadro.

O que todos buscamos? Qual nosso desejo central? Qual o tema central da nossa existência?

- Essa é a nossa fragilidade humana! O desejo central da alma.

Como disse Kardec, tudo em nós gira em torno do Egoísmo e Orgulho:

- Egoísmo - Apego da Alma ao próprio bem

- Orgulho - Incapacidade de ver o valor do outro ou de ver a minha menos valia

Vamos separar em 4 grupos de temas: os 4 ‘P’s

POSSE		PRAZER
	Egoísmo e Orgulho
PODER		PRESTÍGIO

Posse – desejo da posse (avareza, apego, materialismo, prodigalidade)

Poder – desejo de poder (arbitrariedade, dominação, ira, prepotência, arrogância, violência)

Prazer – desejo do prazer (luxuria, gula, preguiça, consumismo, sensualismo)

Prestígio – desejo de ter prestígio (exibicionismo, vaidade, soberba, afetação, futilidade, exotismo)

Afetação - substantivo feminino

1.    ausência de naturalidade, modo artificial de ser; amaneiramento.

 2.  exageração de sentimentos; atitude fingida, falsa.

- Esse desejo central é o motivo de nossa reencarnação. Precisamos descobrir qual é esse desejo que está por trás de tudo o que fazemos, para mudar a intensidade e dar outra direção a essa energia.
Precisamos tomar consciência desse nosso desejo central, pois é ele que nos move inconscientemente.

5.    Conclusão

Todos nós estamos sempre servindo a alguém. A questão é perceber a quem servimos.

A Jesus? Ou ao nosso desejo central?

6.    Avaliação

Aula para 5 jovens  com participação e boas reflexões por parte dos jovens. Eles foram se identificando no desejo central.

7.    Anexos

Evang. Cap.XVI:

Com efeito, o homem tem por missão trabalhar pela melhoria material do planeta. Cabe-lhe desobstruí-lo, saneá-lo, dispô-lo para receber um dia toda a população que a sua extensão comporta. Para alimentar essa população que cresce incessantemente, preciso se faz aumentar a produção.

Se a produção de um país é insuficiente, será necessário buscá-la fora. Por isso mesmo, as relações entre os povos constituem uma necessidade. A fim de mais as facilitar, cumpre sejam destruídos os obstáculos materiais que os separam e tornadas mais rápidas as comunicações. Para trabalhos que são obra dos séculos, teve o homem de extrair os materiais até das entranhas da terra; procurou na Ciência os meios de os executar com maior segurança e rapidez. Mas, para os levar a efeito, precisa de recursos: a necessidade fê-lo criar a riqueza, como o fez descobrir a

Ciência. A atividade que esses mesmos trabalhos impõem lhe amplia e desenvolve a inteligência, e essa inteligência que ele concentra, primeiro, na satisfação das necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. Sendo a riqueza o meio primordial de execução, sem ela não mais grandes trabalhos, nem atividade, nem estimulante, nem pesquisas. Com razão, pois, é a riqueza considerada elemento de progresso. (item 7)

Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe  será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura.

Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir. (item 9)