segunda-feira, 24 de julho de 2017

O Medo

Casa Espírita Missionários da Luz
Diretoria de Infância e Juventude
Mocidade:  > 14 anos                                                             21/07/2017

Tema: O Medo

Objetivo:
- Entender o medo como uma das emoções básicas do ser;
- Perceber os medos reais e os medos criados por nossas imperfeições;
- Refletir sobre os efeitos negativos e destrutivos do medo exagerado;
- Refletir sobre o medo da morte.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, pergs 702 e 703 (Instinto de Conservação), 941, 907 e 908 (Paixões), 961;
O Céu e o Inferno, 1ª parte, cap 2, ‘Do temor da Morte’;
A Gênese, Cap. XVIII, item 5;
Cultivo das Emoções, Marlon Reikdal, cap. 4 ‘O Medo’;
Diretrizes para o Êxito, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 8 ‘Sentimentos Tumultuados’;
Despertar do Espírito, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 6 ‘Medo e Autoconfiança’;
Conflitos Existenciais, Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Cap. 4 ‘Medo’.

Material: trailler do filme Divertida Mente, baixado do Youtube, imagens da planta Coroa de Cristo; folha e caneta para todos

Desenvolvimento:
1.             Hora da novidade e prece Inicial

2.             Motivação ao tema:
Ler a página do Momento Espírita: Reféns do Medo , de 18/04/2011.
Esse é o nosso tema de hoje: Medo!

3.             Desenvolver os conceitos iniciais através de exposição dialogada.

3.1       Quem viu o filme Divertida Mente? Vamos rever o trailler desse filme? (exibir só o 1º minuto)

Por esse filme, existem 5 emoções básicas, né? Quais são? Alegria, Tristeza, Nojo, Raiva e Medo. Lembram de como foram apresentadas pela Alegria? Só citou características de duas emoções. Quais foram?
Nojo – evita que a criança se intoxique;
Medo – manda bem no quesito ‘segurança’.

Como emoções básicas, elas pertencem ao ser, estão presentes também nos animais, e tem sua razão de ser, pois estão nas leis da natureza.

3.2       Kardec não usou a palavra ‘emoção’, mas tratou das paixões, onde a abordagem é a mesma.
Pedir que um dos jovens leia nO LE:

907. Será substancialmente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na natureza?
“Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.”

908. Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más?
“As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado e que se torna perigoso desde que passe a governar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos, ou para outrem.”

E Kardec, no comentário da 908, diz:
“Todas as paixões têm seu princípio num sentimento, ou numa necessidade natural. O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa e este excesso se torna um mal, quando tem como consequência um mal qualquer.”

As emoções são como as paixões.  Nos movem.  Existem para o nosso bem, desde que as controlemos!

3.3       No Livro ‘Cultivo da Emoções’, são citados diversos autores que estudaram as emoções em diversas espécies. O medo é colocado como a 1ª emoção. Por que será?
No filme, o medo foi apresentado como relacionado à nossa sobrevivência. Por isso é a primeira! É a nossa vida que está em jogo!

No ‘Cultivo das Emoções’, o medo, se fosse uma planta seria a ‘coroa de Cristo’. Quem já viu essa planta?  (exibir umas fotos da planta).
Vocês conseguem fazer alguma ligação entre essa planta e o medo?
            - é uma planta medicinal, mas pode ser perigosa pois além dos espinhos, possui um líquido, um látex que gera irritação na pele;
            - é muito usada como cerca viva: mantém uma distância segura;
            - é de fácil multiplicação: se não for cuidada, fecha os caminhos;
            - cultivada, dá lindas flores coloridas.

O medo também: é necessário para que tenhamos cuidado e não nos envolvamos em perigos; mas cresce com muita facilidade e nos paralisa!

3.4       Exercício individual: anotar numa folha: de quê tenho medo?
ð  - pedir que leiam seus medos e anotar no quadro

3.5       Definição de medo do dicionário Houaiss:
Estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência; temor, ansiedade irracional ou fundamentada, receio; desejo de evitar, ou apreensão, preocupação em relação a algo desagradável.
            - diversas definições; pode ser irracional ou fundamentada... é igual para todos? Não! As pessoas tem medo de coisas diferentes!

No dicionário de psicologia, Galimerti, a definição é:
“emoção primária de defesa, provocada por uma situação de perigo que pode ser real, antecipada pela previsão, evocada pela lembrança ou produzida pela imaginação.”
            - no texto do Momento Espírita, temos o ‘malamém’! Monstro no imaginário infantil

E o medo, como é uma emoção básica, ligada à sobrevivência, ele tem um percurso neuronal mais curto, para que o corpo tenha respostas mais rápidas! Não é um processo raciocinado! De modo geral, as opções para a sobrevivência, se você se vê cara-a-cara com um leão, quais seriam: correr ou lutar!
            - então o cérebro ativa substâncias em nosso corpo para uma dessas opções! Força muscular nas pernas, caso a opção seja fugir, aumenta o fator de coagulação do sangue, caso sejamos feridos na luta, adrelanina no sangue para a ação rápida, etc.

3.6       Escrever no quadro: reações orgânicas:
- Lutar (brigar, bater, atacar)  èessas ações reativas podem ser por medo!
- Fugir (que pode ser deixar de fazer algo; fugir da ação: paralisar, congelar)

Vamos classificar os medos que vocês anotaram? Quais estão ligados à sobrevivência física do corpo?
            - destacá-los na relação do quadro. Esses medos são necessários! Nos auxiliam na nossa segurança física! – devem ser estimulados – são como a coroa de cristo: nos protegem!

Mas e os outros medos?
Medos tipo: do escuro, de altura, de cachorro, etc, são relativos a algum trauma dessa ou de outra vida. Devem ser tratados em alguma terapia. Não são do foco das CE’s!

Mas e os outros medos, tipo: de ficar sozinha, de não ser amado, de passar mico, de falar em público, etc.  – destacá-los na relação do quadro.
- Estão relacionados com nossa sobrevivência?  Não! São medos do ego adoecido!
                        - não devem ser estimulados! Precisam ser podados, como a coroa de cristo, senão nos paralisam e impedem nosso crescimento.

3.7       Lembrar o conceito de EGO e SELF:

                        SELF (Espírito)  è EGO (a pessoa que se constrói nessa encarnação)
            Quais os objetivos do SELF na encarnação: evoluir espiritualmente!
            Quais os objetivos do EGO adoecido: ser dar bem, ser lindo, forte e poderoso!!!!
            O Ego é necessário para que o Espírito possa atuar na vida encarnada, mas ele, o ego, está a serviço do SELF. O ego adoecido é aquele que esquece que o SELF é que é o senhor!
            - mostra imagem de EGO x SELF (gatinho olhando no espelho e vendo um leão)

            O Ego é que tem vergonha de passar micro! O que vão dizer de mim? Muitos desses medos são oportunidades de crescimento! Ex. medo de fazer a prece. Vergonha? Quem está com vergonha? Não é o SELF. E o exercício da prece é uma oportunidade de transcendermos!
Medo de fazer a coisa certa, pois vão me achar ridículo, bobo, covarde! É oportunidade de fazer o bem!        - esse tipo de medo deve e precisa ser analisado para entendermos o que está ocorrendo em nosso mundo íntimo! Não é negar o medo! É buscar entender por que estamos com esse medo!  
Isso passa pelo autoconhecimento!
Medo do que vão pensar de mim, é medo das pessoas verem quem ou como eu ainda sou! Precisamos nos autoconhecer, nos aceitarmos como somos, com nossos medos, e buscar, a partir dessa percepção de nós mesmos, controlar, dominar o medo para que ele não nos impeça de crescer!

E vejam que como nosso cérebro não sabe se o perigo é real ou imaginado, irracional, as respostas orgânicas serão as mesmas! Só que nesse caso, são um mal, por que não sairemos correndo nem entraremos em luta física. Então, essas substâncias que são inseridas na corrente sanguínea para nos preparar para a sobrevivência, se transforma em venenos, fazendo mal à nossa saúde.

 3.8      O medo da morte?
- está associado à nossa sobrevivência também, no contexto do instinto de conservação.
- também relacionado ao nosso passado ancestral, criado pelas religiões, de fim da vida, de inferno, purgatório, etc. 
Também vale para medo de fantasmas! De ver Espíritos!!!
Como disse a mensagem do Momento Espírita, pela ignorância da realidade da vida imortal do Espírito. Com a convicção que a DE nos traz, da continuidade da vida, esses medos são irracionais!
Precisamos nos autoconhecer, meditar, orar, para que esses medos, gerados pela ignorância, não mais nos incomodem!

4.             Prece final e passes

Avaliação:

Aula para 4 jovens com boa participação e interesse.

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