Casa Espírita
Missionários da Luz
Mocidade - > 15
anos 02/06/2017
Tema: Como evitar o
suicídio?
Objetivo:
- Estudar as consequências do suicídio para o Espírito;
- Refletir sobre as possíveis causas do suicídio;
- Perceber a importância da religiosidade como prevenção ao suicídio.
Bibliografia:
O Livro dos
Espíritos, perg 155, 257, 943 à 957, (Desgosto da Vida. Suicídio);
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap V – Bem-Aventurados os Aflitos, itens 14 à 17 - ‘O
Suicídio e a Loucura’;
O Céu e o Inferno, 2ª parte, Cap V ‘Suicidas’;
Revista
Espírita, Allan Kardec - Janeiro de 1869, ‘Suicídio por Obsessão’;
O Consolador, Emmanuel/Chico Xavier, perg. 154;
Missionários da Luz, André Luiz/Chico Xavier, Cap
11 ‘Intercessão’ (suicídio de Raul);
Ação e Reação, André Luiz/Chico Xavier, Cap.12 - Dívida Agravada;
Evolução em Dois Mundos, André
Luiz/Chico Xavier, 1ª parte, Cap. 16, item ‘Zonas purgatoriais’; 2ª parte, Cap.17 – Desencarnação;
Adolescência e Vida,
Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco, Cap. 25
‘O Adolescente e o
suicídio’;
http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/11/Livreto-Suicidio.pdf
Ideias
básicas:
LE 957. Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as consequências do
suicídio?
“Muito diversas são as consequências do suicídio.
Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas
que o produziram. Há, porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar;
é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das
circunstâncias.” (...)
“A afinidade que permanece entre o Espírito e o
corpo produz, nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo
no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição,
donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que
também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não
é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das
consequências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de
outro, a culpa em que incorreu.”
Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap V
“14. A calma e a resignação hauridas da maneira de
considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma
serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.”
“15. O mesmo ocorre com o suicídio. Postos de lado os
que se dão em estado de embriaguez e de loucura, aos quais se pode chamar de
inconscientes, é incontestável que tem ele sempre por causa um
descontentamento, quaisquer que sejam os motivos particulares que se lhe
apontem. Ora, aquele que está certo de que só é desventurado por um dia e que
melhores serão os dias que hão de vir, enche-se facilmente de paciência. Só se
desespera quando nenhum termo divisa para os seus sofrimentos. E que é a vida
humana, com relação à eternidade, senão bem menos que um dia?”
“16. A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro,
as idéias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio;
ocasionam a covardia moral.”
Material: Enviar antes da aula, livreto da FEB sobre
o suicídio aos jovens.
Desenvolvimento:
1.
Hora
da novidade e prece Inicial
2.
Motivação
ao tema:
Perguntar
à turma: quem leu o livreto da FEB sobre o suicídio?
Porque a
FEB faria um livreto desse, específico sobre suicídio? èporque
o suicídio já é caso de saúde pública! Precisamos falar sobre o assunto!
Informação auxilia muito!
3.
Exposição
dialogada: Vamos abordar esse tema em 3 aspectos:
- Consequências do suicídio para o Espírito;
- Possíveis causas do suicídio;
- Prevenção ao suicídio.
Para
isso, propor a divisão da turma em 3 grupos, ficando cada grupo com um desses
tópicos, para discussão e resumo das conclusões. (caso não tenha jovens em
número suficiente, fazer a discussão em um único grupo, um aspecto de cada
vez).
Depois
da discussão, cada grupo deverá apresentar suas conclusões.
Apoio
teórico:
- Consequências do suicídio para o Espírito
- Muito
diversas são as consequências do suicídio, variando para cada caso;
- Há,
porém, uma consequência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento;
- Alguns suicidas sentem os efeitos da decomposição do corpo;
- A sensação de angústias e de horror pode durar pelo tempo que devia
durar a vida que sofreu interrupção;
- Lesões provocadas pelo suicídio “determinam
processos degenerativos e desajustes nos centros essenciais do psicossoma” que
causam doenças e deficiências na próxima reencarnação.
ècitar exemplos de André Luiz da bibliografia citada.
- Possíveis causas do suicídio
- um descontentamento, quaisquer que sejam
os motivos particulares que se lhe apontem;
- a incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro,
as ideias materialistas;
- processos obsessivos;
- embriaguez e loucura, aos quais se pode chamar de
suicídios inconscientes;
- depressão e outros transtornos psiquiátricos.
- Prevenção ao suicídio
-
informação a respeito da imortalidade do ser e da
reencarnação;
- “resistência espiritual para enfrentar as
vicissitudes e os desafios, mediante amadurecimento íntimo e compreensão dos
valores éticos que constituem a vida”;
- “choques e dores que devem ser atenuados,
canalizados pela educação, pelos exercícios moralizadores”;
- “o lar se tornar escola de real educação, e a
escola se transformar em lar de formação moral e cultural, a realidade do
Espírito fará parte das suas programações éticas”;
- pedir ajuda;
- buscar orientação médico-psiquiátrica e apoio
psicológico.
4.
Conclusão:
A religiosidade é muito importante como prevenção ao
suicídio, pois a crença em Deus e na imortalidade da alma, propicia esperança
aos que sofrem.
Ninguém está abandonado! Mesmo os Espíritos suicidas se
restabelecerão, renascerão, e novas oportunidades terão para refazer os
caminhos.
5.
Prece
final e passes
Avaliação:
Aula para 7 jovens com participação e interesse. Não haviam lido o
livreto da FEB.
Como eram poucos, não fizemos os grupinhos.
Falamos também sobre a tristeza, como emoção básica, e expus os conceito de
self–ego-personas.
Citei apenas o exemplo do caso de
Missionários da Luz, Cap.11, para mostrar que nem todos os suicidas vão para o
Vale dos Suicidas.
Anexos
Ação e Reação, André Luiz/Chico Xavier, Cap.12 - Dívida Agravada;
“Marina falhara na prova de renúncia em favor da irmã que lhe era credora
generosa, mas condenara-se ao sacrifício pela mesma irmãzinha, agora imposta
pelo aresto da Lei ao seu convívio, na situação de filha terrivelmente
sofredora e imensamente amada. Foi assim que Jorge e Marina, livres,
casaram-se, recolhendo da Terra a comunhão afetiva pela qual suspiravam;
entretanto, dois anos após o enlace, receberam Zilda em rendado berço, como
filhinha estremecida. Mas... desde os primeiros meses do rebento adorado,
identificaram-lhe a dolorosa prova. Zilda, hoje chamada Nilda, nasceu surda-muda
e
mentalmente retardada, em consequência do trauma
perispirítico experimentado na morte por envenenamento voluntário. Inconsciente
e atormentada nos refolhos do ser pelas recordações asfixiantes do passado
recente, chora quase que dia e noite...”
Evolução em Dois Mundos, André Luiz/Chico Xavier, 1ª parte, Cap. 16,
item ‘Zonas purgatoriais’
“É dessa forma que os suicidas, com agravantes à
frente do Plano Espiritual, como também os delinquentes de variada categoria,
padecem por largo tempo a influência constante das aflitivas criações mentais
deles mesmos, a elas aprisionados, pela fixação monoidéica de certos núcleos do
corpo espiritual, em detrimento de outros que se mantém malbaratados e oclusos.
E porque o pensamento é força criativa e aglutinante
na criatura consciente em plena Criação, as imagens plasmadas pelo mal, à custa
da energia inestancável que lhe constitui atributo inalienável e imanente,
servem para a formação das paisagens regenerativas em que a alma alucinada
pelos próprios remorsos é detida em sua marcha, ilhando-se nas consequências
dos próprios delitos, em lugares que, retendo a associação de centenas e
milhares de transviados, se transformam em verdadeiros continentes de angústia,
filtros de aflição e de dor, em que a loucura ou a crueldade, juguladas pelo
sofrimento que geram para si mesmas, se rendem lentamente ao raciocínio
equilibrado, para a readmissão indispensável ao trabalho remissor.”
Evolução em Dois Mundos, André
Luiz/Chico Xavier, 2ª parte, Cap.17 - Desencarnação
– Podemos considerar a desencarnação da
alma, em plena infância, como sendo uma punição das Leis Divinas, na maioria
das vezes?
– Muitas existências são frustradas no
berço, não por simples punição externa da Lei Divina, mas porque a própria Lei
Divina funciona em todos nós, desde que todos existimos no hausto do Criador.
Frequentemente, através do suicídio,
integralmente deliberado, ou do próprio desregramento, operamos em nossa alma
desequilíbrios, quais tempestades ocultas, que desencadeamos, por teimosia, no
campo da natureza íntima.
Cargas venenosas, instrumentos
perfurantes, projéteis fulminatórios, afogamentos, enforcamentos, quedas
calculadas de grande altura e multiformes viciações com que as criaturas
responsáveis arruínam o próprio corpo ou o aniquilam, impondo-lhe a morte
prematura, com plena desaprovação da consciência, determinam processos
degenerativos e desajustes nos centros essenciais do psicossoma, notadamente
naqueles que governam o córtex encefálico, as glândulas de secreção interna, a
organização emotiva e o sistema hematopoético.
Ante o impacto da desencarnação
provocada, semelhantes recursos da alma entram em pavoroso colapso, sob
traumatismo para o qual não há termo correlato na diagnose terrestre.
Indescritíveis flagelações, que vão da
inconsciência descontínua à loucura completa, senhoreiam essas mentes
torturadas, por tempo variável, conforme as atenuantes e agravantes da culpa,
induzindo as autoridades superiores a reinterná-las no plano carnal, quais
enfermos graves, em celas físicas de breve duração, para que se reabilitem,
gradativamente, com a justa cooperação dos Espíritos reencarnados, cujos
débitos com eles se afinem.
Eis por que um golpe suicida no
coração, acompanhado pelo remorso, causará comumente diátese hemorrágica, com
perda considerável da protrombina do sangue, naqueles que renascem para
tratamento de recuperação do corpo espiritual em distonia; o auto-envenenamento
ocasionará, nas mesmas condições, deploráveis desarmonias nas regiões
psicossomáticas correspondentes à medula vermelha, conturbando o nascimento das
hemácias, tanto em sua evolução intravascular, dentro dos sinusóides, como
também na sua constituição extravascular, no retículo, gerando as distrofias
congênitas do eritrônio com hemopatias diversas; os afogamentos e
enforcamentos, em identidade de circunstâncias, impõem naqueles que os provocam
os fenômenos da incompatibilidade
materno-fetal, em que os chamados fatores Rh, de modo geral, após a primeira
gestação, permitem que a hemolisina alcance a fronteira placentária,
sintonizando-se com a posição mórbida da entidade reencarnante, a se externarem
na eritroblastose fetal, em suas variadas expressões; e o voluntário
esfacelamento do crânio, a queda procurada de grande altura e as viciações do
sentimento e do raciocínio estabelecem no veículo espiritual múltiplas
ocorrências de arritmia cerebral, a se revelarem nos doentes renascituros,
através da eclampsia e da tetania dos latentes, da hidrocefalia, da encefalite
letárgica, das encefalopatias crônicas, da psicose epiléptica, da idiotia, do
mongolismo e de várias morboses oriundas da insuficiência glandular.
Adolescência e Vida,
Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco, Cap. 25
‘O Adolescente e o
suicídio’;
“A desinformação a respeito da imortalidade do ser
e da reencarnação responde pela correria alucinada na busca do suicídio, com a
proposta de encontrar nele solução para as dificuldades que são ensanchas de
progresso, sem as quais se permaneceria estacionado no patamar em que se
transita.”
“No período de infância e de adolescência, o ser
forma o caráter sob as heranças das reencarnações anteriores, que se expressam,
nem sempre de forma feliz, produzindo, às vezes, choques e dores que devem ser
atenuados, canalizados pela educação, pelos exercícios moralizadores, até que
se fixem as disposições definidoras do rumo feliz. Nunca, porém, a caminhada se
dará sem dificuldade, sem tropeço, sem esforço. Quem alcança uma glória sem
luta, não é digno dela.”
“Quando o lar se tornar escola de real educação, e
a escola se transformar em lar de formação moral e cultural, a realidade do
Espírito fará parte das suas programações éticas, sem o caráter impositivo de
doutrina religiosa compulsivo-obsessiva, porém com a condição de disciplina
educativo-moralizadora que é, da qual ninguém se poderá evadir ou simplesmente
ignorar, então o suicídio na adolescência cederá lugar à resistência espiritual
para enfrentar as vicissitudes e os desafios, mediante amadurecimento íntimo e
compreensão dos valores éticos que constituem a vida.”
SUICÍDIO
POR OBSESSÃO -
Allan
Kardec - Revista Espírita, janeiro de 1869
Lê-se
no Droit:
"O
Sr. Jean-Baptiste Sadoux, fabricante de canoas em Joinville-le-Pont, percebeu
ontem um jovem que, depois de ter vagado durante algum tempo sobre a ponte,
subiu no parapeito e se atirou ao Marne. Imediatamente foi em seu socorro e, ao
cabo de sete minutos, retirou-o. Mas a asfixia já era completa e todas as
tentativas para reanimar aquele infeliz foram infrutíferas.
"Uma
carta encontrada com ele o faz reconhecer como o Sr. Paul D..., de vinte e dois
anos, residente à Rua Sedaine, em Paris. A carta, dirigida pelo suicida ao seu
pai era extremamente tocante. Pedia perdão por abandoná-lo e dizia que havia
dois anos era dominado por uma idéia terrível, por uma irresistível vontade de
se destruir. Acrescentava que lhe parecia ouvir fora da vida uma voz que o
chamava sem descanso e, a despeito de todos os esforços, não podia impedir de
ir para ela. Encontraram, também, no bolso do paletó uma corda nova, na qual
tinha sido feito um laço corredio. Depois do exame médico-legal, o corpo foi
entregue à família."
A
obsessão aqui está bem evidente, e o que não está menos é que o fato nada tem a
ver com o Espiritismo, nova prova de que o mal não é inerente à crença. Mas se
o Espiritismo não entra neste caso, só ele dá sua explicação. Eis a instrução
dada a respeito por um dos nossos Espíritos familiares, e da qual ressalta que,
malgrado o arrastamento a que o jovem cedeu para a sua infelicidade, não
sucumbiu à fatalidade. Tinha o seu livre arbítrio e, com mais vontade, poderia
ter resistido. Se tivesse sido espírita, teria compreendido que a voz que o
solicitava não poderia ser senão de um mau Espírito e as consequências
terríveis de um instante de fraqueza.
(PARIS,
GRUPO DESLIENS, 20 DE DEZEMBRO DE 1868.
-
MÉDIUM: SR. NIVARD)
A
voz dizia: Vem! vem! mas teria sido ineficaz essa voz do tentador, se a ação
direta do Espírito não se tivesse feito sentir. O pobre suicida era chamado e
impelido. Por que? Seu passado era a causa da situação dolorosa em que se
achava; apegava-se à vida e temia a morte. Mas esse apêlo incessante que ouvia,
pergunto eu, encontrou força? Não; encontrou a fraqueza que o perdeu. Venceu os
temores, porque esperava no fim encontrar do outro lado da vida o repouso que o
lado de cá lhe negava. Foi enganado: o repouso não veio. As trevas o cercam, a
consciência lhe censura o ato de fraqueza e o Espírito que o arrastou gargalha
ao seu redor e o criva de motejos constantes. O cego não o vê, mas escuta a voz
que lhe repete: Vem! vem! e depois zomba de suas torturas.
A
causa deste caso de obsessão está no passado, como acabo de dizer. O próprio
obsessor foi impelido ao suicídio por esse que acaba de fazer cair no abismo.
Era sua mulher na existência precedente e tinha sofrido consideravelmente com o
deboche e as brutalidades de seu marido. Muito fraca para aceitar a situação
que lhe era dada com resignação e coragem, buscou na morte um refúgio contra os
seus males. Ela vingou-se depois: sabeis como. Entretanto o ato desse infeliz
não era fatal; tinha aceito os riscos da tentação; esta era necessária ao seu
propósito, porque só ela poderia fazer desaparecer a mancha que havia sujado
sua existência anterior. Ele tinha aceito os seus riscos, com a esperança de
ser mais forte e se havia enganado: sucumbiu. Recomeçará mais tarde? Resistirá?
Dele dependerá.j
Rogai
a Deus por ele, a fim de que lhe de a calma e a resignação de que tanto
necessita, a coragem e a força para não falir nas provas que tiver de suportar
mais tarde.
Louis
Nivard
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