Casa Espírita
Missionários da Luz – Mocidade a
partir dos 15 anos – 17/02/2017
Tema: Devo Orar? Evangelizadora:
Lilia
Objetivos:
Perceber os mecanismos e
benefícios da prece;
Estudar um caso de eficácia da
prece.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos –3ª parte, Cap.
II – Da Lei de Adoração
Ev.Seg.Espiritismo, Cap. XXVII – Pedi
e Obtereis
Terra e
o Céu, de André Luiz/Chico Xavier, Cap. 1 e 2
Divaldo
P. Franco/ Manoel P. De Miranda - Trilhas da Libertação, Cap. “Ocorrência
Grave”, págs. 198 à 203
Material: 2 Cópias de
cada caso de estudo
1.
Dar
as boas vindas ao grupo e fazer a prece inicial.
2.
Perguntar
se pensaram sobre algum personagem para nomear a nossa sala. Alguém cuja vida
foi um exemplo de virtude, de vitória sobre si mesmo, de cumprimento da missão
na reencarnação.
Deixar que sugiram, sendo que devem
dizer como foi a vida dessa personagem e porque acham que poderia ser a
representação da nossa sala.
Caso tenham dificuldade, propor Maria
de Magdala, trazendo alguns pontos relevantes de sua vida, quando conheceu
Jesus e se converteu.
Depois de escolhido o personagem,
anotar para trazer a imagem desse personagem para ser colado na porta na semana
seguinte.
3.
Propor
o estudo da noite: Temos dois casos a estudar. Nosso foco, nos dois casos, é
analisar os mecanismos e a eficácia da prece.
4.
Dividir
a turma em 2 grupos; dando duas cópias do caso a ser estudado a cada grupo.
Explicar que o trecho lido faz parte de uma história maior, e foi colocado o
contexto no início, para que possam se situar na história.
Eles deverão ler e discutir a situação
do texto, a questão da prece e de como o socorro se fez presente. (Destaquei no texto os pontos relacionados
com o tema da noite; troquei termos menos usados para outros que eles tenham
mais facilidade de entender).
Caso 1: do livro
Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, para que o grupo possa perceber os
mecanismos e a eficácia da prece. (a prece de Evelina)
Caso 2: do livro
Trilhas da Libertação, de Manoel P. de Miranda, para que o grupo possa perceber
como é a ação dos mentores em auxílio daqueles que oram. Nesse trecho a ser
estudado, não aparece a prece em si. A personagem Raulinda faz parte do grupo
de médiuns da CE. Portanto recebe auxílio da equipe espiritual da CE. (Obs.:
Esse caso foi escolhido porque também fala da questão do aborto que foi um tema
solicitado pelo grupo).
5.
Apresentação
dos grupos. Reforçar os pontos relativos ao tema da noite e aos objetivos do
tema.
6.
Prece
final, passes e água fluidificada.
7.
Avaliação
Escolheram a
personagem Chico Xavier!
Aula para 6 jovens com participação.
8.
Anexos
Terra e o Céu, de André
Luiz/Chico Xavier, Cap. 1 e 2
(Contexto: No Plano Espiritual, o mentor Clarêncio,
orienta André Luiz sobre o mecanismo da prece, quando é interrompido para
atender a um pedido de socorro, recebido através da prece de Evelina, jovem
encarnada de 15 anos).
Nesse instante, uma
jovem de semblante calmo penetrou no recinto e, dirigindo-se ao nosso
orientador, falou algo aflita:
– Irmão Clarêncio, uma de nossas pupilas do quadro de
reencarnações sob suas diretrizes pede socorro com insistência...
– É um apelo individual
urgente? – indagou o Ministro, preocupado.
– É assunto
inquietante, mas numa prece refratada.
(...)
E, exibindo o documento
que trazia nas mãos, explicou:
– Temos aqui uma oração comovedora que superou as linhas
vibratórias comuns do plano de matéria mais densa. Parte de uma devotada
servidora que se ausentou de nossa cidade espiritual, há precisamente quinze
anos terrestres, para determinadas tarefas na reencarnação. Não seguiu, porém,
desassistida. Permanece sob nossa orientação. (...)
– A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção
desviada, passando a outro objetivo. (...)
– Chame a irmã Eulália.
Alguns momentos
passaram, rápidos, e a cooperadora mencionada apareceu irradiando bondade e
simpatia.
– Irmã – disse Clarêncio
–, este gráfico registra aflitivo apelo de Evelina, cuja volta ao aprendizado
na carne foi garantida por nossa organização. Parece-me estar a pobrezinha em extremas
dificuldades...
– Sim – concordou a
interpelada –, Evelina, apesar da fragilidade do novo corpo, vem sustentando
imensa luta moral. O pai, sobrecarregado de questões íntimas, tem a saúde
periclitante e a madrasta vem sofrendo obstinada perseguição, por parte de
nossa desventurada Odila.
– A mãe de Evelina?
– Sim, ela mesma. Ainda
não se resignou a perder a primazia feminina no lar. Há dois anos empenho
energia e boa vontade por dissuadi-la. Vive, porém, enovelada nos laços escuros
do ciúme e não nos ouve. O egoísmo desbordante fá-la esquecida dos compromissos
que abraçou. Zulmira, por sua vez, a segunda esposa de Amaro, desde a morte do
pequenino Júlio caiu em profundo abatimento.
Como não ignoramos, o
pequeno desencarnou afogado, consoante as provas de que se fez devedor. A
madrasta, contudo, que chegou a desejar-lhe o desaparecimento por não amá-lo, encontrando-se
sob as sugestões da mulher que a precedeu nas atenções do marido, crê-se
culpada... Evelina, depois de perder o maninho em trágicas circunstâncias,
acha-se desorientada, entre o genitor aflito e a segunda mãe, em desespero...
Ainda anteontem, pude vê-la. Chorava, comovedoramente, diante da fotografia da mãezinha
desencarnada, suplicando-lhe proteção. Odila, porém, envolvida nas teias das
próprias criações mentais, não se mostra capaz de corresponder à confiança e à
ternura da menina. Ela, entretanto, tem
insistido com tal vigor na obtenção de socorro espiritual que as suas
rogativas, quebrando a direção, chegam até aqui, de tal modo...
Reparávamos o pequeno
gráfico em Silêncio.
Sustando a pausa longa,
o Ministro fixou Hilário e indagou:
– Compreendem agora o
que seja uma oração refratada? Evelina
recorre ao espírito materno que não se encontra em condições de escutá-la, mas
a solicitação não se perde... Desferida em elevada freqüência, a súplica de
nossa irmãzinha vara os círculos inferiores e procura o apoio que lhe não
faltará.
Divaldo
P. Franco/ Manoel P. De Miranda - Trilhas da Libertação, Cap. “Ocorrência
Grave”, págs. 198 à 203
(Contexto: Raulinda é médium
da Casa Espírita, onde se passa a história do livro, assistida pelos Mentores Espirituais
dessa Casa. Trazia problemas psíquicos relativos à afetividade e sexualidade,
ampliados pela ação constante de obsessor.
Vicente é mentor espiritual dessa Casa Espírita, que
junto com o Espírito Manoel P. De Miranda, acompanham e auxiliam o drama de
Raulinda.)
“Nesse
ponto, Vicente convidou Miranda a visitar, com ele, a médium Raulinda, em cujo
quarto eles depararam com uma cena inesperada. Tomada de compulsivo pranto, a
jovem apresentava-se agitada e envolta em densas vibrações de sensualidade,
enquanto seu adversário desencarnado agredia-a com inusitada violência,
blasfemando e acusando-a...”.
O
irmão Vicente esclareceu que “Raulinda se debatia no conflito em torno da sua
problemática de saúde, buscando entender-lhe a gênese. Tratando-se com um médico
de formação moral vulgar, este incutiu-lhe na mente que sua enfermidade possuía
raízes histéricas e que somente através do relacionamento sexual poderia ser
solucionada. Acostumado à sedução, e percebendo a insegurança e a inquietação da
cliente, vinha encaminhando todas as conversações nesse sentido,
candidatando-se ele próprio à solução. Casado e pai de família, mas leviano e
inescrupuloso, hipnotizou-a com a orientação, e naquele dia mesmo, em pleno
consultório, consumara a terapia aviltante.
Passado, porém, o momento do enlevo e da sedução, Raulinda tomou consciência da
invigilância e, embora tardiamente,
arrependeu-se.
“Como
o caro Miranda se recorda -- explicou Vicente --, temos tentado auxiliá-la com esforço e intensidade de amor em várias
oportunidades. O matrimônio estava
na pauta da sua reencarnação, a fim de que o adversário desencarnado lhe
voltasse aos braços na condição de filho, para que o amor santificado
resgatasse a loucura do passado. Desatenta e apressada, resolveu aceitar as
propostas infames do médico e, conforme o imperativo das Leis Soberanas,
tornar-se-á mãe... Colhido pelo inesperado, e atraído pelo fenômeno biológico da fecundação, o seu inimigo
percebe que se encontra imanado ao ovo,
em razão de haver-se vinculado ao
gameta masculino mediante o processo automático do renascimento. Essa a
razão do seu desespero e agressividade ora exacerbados. Tombou nas malhas magnéticas da própria armadilha. O que
aconteceria por amor, a imprevidência produziu pela violência.”
(…)
Observando
atentamente o adversário espiritual da jovem médium, Miranda percebeu que o Espírito, sentindo-se aprisionado pelo
zigoto, que dava continuidade ao fenômeno da mitose celular, esbravejava,
tentando, mentalmente, romper o vínculo magnético entre ele o futuro corpo
somático, para produzir a anulação da vida física... Impossibilitado,
começou a agir psiquicamente no comportamento da paciente, aumentando-lhe o
arrependimento, exprobrando-lhe a conduta, induzindo-a ao suicídio como solução
para a desonra a que se entregara. Interferindo nas tardias reflexões da moça,
ampliava-lhe o pavor a respeito do futuro e das dificuldades no lar que
desrespeitara, desconsiderando a confiança dos pais. Desse modo, ameaçando-a,
atemorizava-a ainda mais ao dizer-lhe: “Serei teu filho, sem o desejar.
Cobrarei, nos teus braços, o que me deves...”
Como
se irrompesse um vulcão, Raulinda, ouvindo-o e desarvorando-se, ia
precipitar-se porta a fora, a gritar, quando Vicente começou a libertá-la das energias perniciosas que a envolviam,
após o que lhe aplicou reforço magnético de calma e confiança, levando-a a um
torpor benéfico. Passou então, de imediato, a interferir no processo da
reencarnação do aturdido Espírito, que não se dava conta daqueles sucessos e
experimentava os primeiros choques, resultantes da imantação ao ovo.
“(…)
cuidamos (o mentor Vicente) de mais imantá-lo ao futuro corpo, evitando
a interrupção da gestação em começo”. Vicente ponderou que poderia parecer que
o fracasso da reencarnação do obsessor fosse a melhor solução para Raulinda;
contudo, se isso acontecesse, permaneceria a luta obsessiva com menor
possibilidade de futuro-próximo renascimento, em razão do repúdio que cresceria
nela com relação a novas experiências sexuais. Cumpria-lhes, assim, tão somente confiar em Deus e acompanhar
pacientemente os acontecimentos, procurando auxiliar com bondade.
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