segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Devo Orar?

Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade              a partir dos 15 anos      –   17/02/2017

Tema:   Devo Orar?                                                                            Evangelizadora: Lilia
                      
Objetivos:
Perceber os mecanismos e benefícios da prece;
Estudar um caso de eficácia da prece.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos –3ª parte, Cap. II – Da Lei de Adoração
Ev.Seg.Espiritismo, Cap. XXVII – Pedi e Obtereis
Terra e o Céu, de André Luiz/Chico Xavier, Cap. 1 e 2
Divaldo P. Franco/ Manoel P. De Miranda - Trilhas da Libertação, Cap. “Ocorrência Grave”, págs. 198 à 203
Material: 2 Cópias de cada caso de estudo

1.     Dar as boas vindas ao grupo e fazer a prece inicial.

2.     Perguntar se pensaram sobre algum personagem para nomear a nossa sala. Alguém cuja vida foi um exemplo de virtude, de vitória sobre si mesmo, de cumprimento da missão na reencarnação.
Deixar que sugiram, sendo que devem dizer como foi a vida dessa personagem e porque acham que poderia ser a representação da nossa sala.

Caso tenham dificuldade, propor Maria de Magdala, trazendo alguns pontos relevantes de sua vida, quando conheceu Jesus e se converteu.

Depois de escolhido o personagem, anotar para trazer a imagem desse personagem para ser colado na porta na semana seguinte.

3.     Propor o estudo da noite: Temos dois casos a estudar. Nosso foco, nos dois casos, é analisar os mecanismos e a eficácia da prece.

4.     Dividir a turma em 2 grupos; dando duas cópias do caso a ser estudado a cada grupo. Explicar que o trecho lido faz parte de uma história maior, e foi colocado o contexto no início, para que possam se situar na história.
Eles deverão ler e discutir a situação do texto, a questão da prece e de como o socorro se fez presente. (Destaquei no texto os pontos relacionados com o tema da noite; troquei termos menos usados para outros que eles tenham mais facilidade de entender).

Caso 1: do livro Entre a Terra e o Céu, de André Luiz, para que o grupo possa perceber os mecanismos e a eficácia da prece. (a prece de Evelina)

Caso 2: do livro Trilhas da Libertação, de Manoel P. de Miranda, para que o grupo possa perceber como é a ação dos mentores em auxílio daqueles que oram. Nesse trecho a ser estudado, não aparece a prece em si. A personagem Raulinda faz parte do grupo de médiuns da CE. Portanto recebe auxílio da equipe espiritual da CE.  (Obs.: Esse caso foi escolhido porque também fala da questão do aborto que foi um tema solicitado pelo grupo).

5.     Apresentação dos grupos. Reforçar os pontos relativos ao tema da noite e aos objetivos do tema.

6.     Prece final, passes e água fluidificada.
7.     Avaliação
Escolheram a personagem Chico Xavier!
Aula para 6 jovens com participação.


8.     Anexos


Terra e o Céu, de André Luiz/Chico Xavier, Cap. 1 e 2

(Contexto: No Plano Espiritual, o mentor Clarêncio, orienta André Luiz sobre o mecanismo da prece, quando é interrompido para atender a um pedido de socorro, recebido através da prece de Evelina, jovem encarnada de 15 anos).

Nesse instante, uma jovem de semblante calmo penetrou no recinto e, dirigindo-se ao nosso orientador, falou algo aflita:
– Irmão Clarêncio, uma de nossas pupilas do quadro de reencarnações sob suas diretrizes pede socorro com insistência...
– É um apelo individual urgente? – indagou o Ministro, preocupado.
– É assunto inquietante, mas numa prece refratada.
(...)
E, exibindo o documento que trazia nas mãos, explicou:
– Temos aqui uma oração comovedora que superou as linhas vibratórias comuns do plano de matéria mais densa. Parte de uma devotada servidora que se ausentou de nossa cidade espiritual, há precisamente quinze anos terrestres, para determinadas tarefas na reencarnação. Não seguiu, porém, desassistida. Permanece sob nossa orientação. (...)

A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção desviada, passando a outro objetivo. (...)

– Chame a irmã Eulália.
Alguns momentos passaram, rápidos, e a cooperadora mencionada apareceu irradiando bondade e simpatia.
– Irmã – disse Clarêncio –, este gráfico registra aflitivo apelo de Evelina, cuja volta ao aprendizado na carne foi garantida por nossa organização. Parece-me estar a pobrezinha em extremas dificuldades...
– Sim – concordou a interpelada –, Evelina, apesar da fragilidade do novo corpo, vem sustentando imensa luta moral. O pai, sobrecarregado de questões íntimas, tem a saúde periclitante e a madrasta vem sofrendo obstinada perseguição, por parte de nossa desventurada Odila.
– A mãe de Evelina?
– Sim, ela mesma. Ainda não se resignou a perder a primazia feminina no lar. Há dois anos empenho energia e boa vontade por dissuadi-la. Vive, porém, enovelada nos laços escuros do ciúme e não nos ouve. O egoísmo desbordante fá-la esquecida dos compromissos que abraçou. Zulmira, por sua vez, a segunda esposa de Amaro, desde a morte do pequenino Júlio caiu em profundo abatimento.
Como não ignoramos, o pequeno desencarnou afogado, consoante as provas de que se fez devedor. A madrasta, contudo, que chegou a desejar-lhe o desaparecimento por não amá-lo, encontrando-se sob as sugestões da mulher que a precedeu nas atenções do marido, crê-se culpada... Evelina, depois de perder o maninho em trágicas circunstâncias, acha-se desorientada, entre o genitor aflito e a segunda mãe, em desespero... Ainda anteontem, pude vê-la. Chorava, comovedoramente, diante da fotografia da mãezinha desencarnada, suplicando-lhe proteção. Odila, porém, envolvida nas teias das próprias criações mentais, não se mostra capaz de corresponder à confiança e à ternura da menina. Ela, entretanto, tem insistido com tal vigor na obtenção de socorro espiritual que as suas rogativas, quebrando a direção, chegam até aqui, de tal modo...
Reparávamos o pequeno gráfico em Silêncio.
Sustando a pausa longa, o Ministro fixou Hilário e indagou:
– Compreendem agora o que seja uma oração refratada? Evelina recorre ao espírito materno que não se encontra em condições de escutá-la, mas a solicitação não se perde... Desferida em elevada freqüência, a súplica de nossa irmãzinha vara os círculos inferiores e procura o apoio que lhe não faltará.



Divaldo P. Franco/ Manoel P. De Miranda - Trilhas da Libertação, Cap. “Ocorrência Grave”, págs. 198 à 203

(Contexto: Raulinda é médium da Casa Espírita, onde se passa a história do livro, assistida pelos Mentores Espirituais dessa Casa. Trazia problemas psíquicos relativos à afetividade e sexualidade, ampliados pela ação constante de obsessor.
Vicente  é mentor espiritual dessa Casa Espírita, que junto com o Espírito Manoel P. De Miranda, acompanham e auxiliam o drama de Raulinda.)

“Nesse ponto, Vicente convidou Miranda a visitar, com ele, a médium Raulinda, em cujo quarto eles depararam com uma cena inesperada. Tomada de compulsivo pranto, a jovem apresentava-se agitada e envolta em densas vibrações de sensualidade, enquanto seu adversário desencarnado agredia-a com inusitada violência, blasfemando e acusando-a...”.
O irmão Vicente esclareceu que “Raulinda se debatia no conflito em torno da sua problemática de saúde, buscando entender-lhe a gênese. Tratando-se com um médico de formação moral vulgar, este incutiu-lhe na mente que sua enfermidade possuía raízes histéricas e que somente através do relacionamento sexual poderia ser solucionada. Acostumado à sedução, e percebendo a insegurança e a inquietação da cliente, vinha encaminhando todas as conversações nesse sentido, candidatando-se ele próprio à solução. Casado e pai de família, mas leviano e inescrupuloso, hipnotizou-a com a orientação, e naquele dia mesmo, em pleno consultório, consumara a terapia aviltante. Passado, porém, o momento do enlevo e da sedução, Raulinda tomou consciência da invigilância e, embora tardiamente,  arrependeu-se.

“Como o caro Miranda se recorda -- explicou Vicente --, temos tentado auxiliá-la com esforço e intensidade de amor em várias oportunidades. O matrimônio estava na pauta da sua reencarnação, a fim de que o adversário desencarnado lhe voltasse aos braços na condição de filho, para que o amor santificado resgatasse a loucura do passado. Desatenta e apressada, resolveu aceitar as propostas infames do médico e, conforme o imperativo das Leis Soberanas, tornar-se-á mãe... Colhido pelo inesperado, e atraído pelo fenômeno biológico da fecundação, o seu inimigo percebe que se encontra imanado ao ovo, em razão de haver-se vinculado ao gameta masculino mediante o processo automático do renascimento. Essa a razão do seu desespero e agressividade ora exacerbados. Tombou nas malhas magnéticas da própria armadilha. O que aconteceria por amor, a imprevidência produziu pela violência.”
(…)

Observando atentamente o adversário espiritual da jovem médium, Miranda percebeu que o Espírito, sentindo-se aprisionado pelo zigoto, que dava continuidade ao fenômeno da mitose celular, esbravejava, tentando, mentalmente, romper o vínculo magnético entre ele o futuro corpo somático, para produzir a anulação da vida física... Impossibilitado, começou a agir psiquicamente no comportamento da paciente, aumentando-lhe o arrependimento, exprobrando-lhe a conduta, induzindo-a ao suicídio como solução para a desonra a que se entregara. Interferindo nas tardias reflexões da moça, ampliava-lhe o pavor a respeito do futuro e das dificuldades no lar que desrespeitara, desconsiderando a confiança dos pais. Desse modo, ameaçando-a, atemorizava-a ainda mais ao dizer-lhe: “Serei teu filho, sem o desejar. Cobrarei, nos teus braços, o que me deves...”

Como se irrompesse um vulcão, Raulinda, ouvindo-o e desarvorando-se, ia precipitar-se porta a fora, a gritar, quando Vicente começou a libertá-la das energias perniciosas que a envolviam, após o que lhe aplicou reforço magnético de calma e confiança, levando-a a um torpor benéfico. Passou então, de imediato, a interferir no processo da reencarnação do aturdido Espírito, que não se dava conta daqueles sucessos e experimentava os primeiros choques, resultantes da imantação ao ovo.


“(…) cuidamos (o mentor Vicente) de mais imantá-lo ao futuro corpo, evitando a interrupção da gestação em começo”. Vicente ponderou que poderia parecer que o fracasso da reencarnação do obsessor fosse a melhor solução para Raulinda; contudo, se isso acontecesse, permaneceria a luta obsessiva com menor possibilidade de futuro-próximo renascimento, em razão do repúdio que cresceria nela com relação a novas experiências sexuais. Cumpria-lhes, assim, tão somente confiar em Deus e acompanhar pacientemente os acontecimentos, procurando auxiliar com bondade.

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