segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Tema: Maria de Nazaré

Casa Espírita Missionários da Luz – Pré-Mocidade                   13 à 17 anos    04/11/2016

Tema:  Maria de Nazaré

Objetivos:
Conhecer fatos da vida de Maria de Nazaré, e sua ação junto aos sofredores suicidas..

Bibliografia:  
- Boa Nova  -  cap. 6 e 30 -Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier
- A Mensagem do Amor Imortal, Amélia Rodrigues -  cap 14. JESUS E FAMILIA
- Quando Voltar a Primavera, Amélia Rodrigues – ‘As Núpcias de Caná’
- O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIV item 7, ‘Honrai a vosso pai e a vossa mãe’
- A GÊNESE, Cap.XV
- Revista Espírita – Janeiro/1862
- Mateus, Capítulo 1, 18-25; Lucas, Cap. 1, 26-35;
- Cristianismo, a Mensagem Esquecida – Herminio C. Miranda, Cap. 3 ‘Aspectos Históricos Específicos”, item III ‘Jesus Teve Pai Terreno?”
- Memórias de um Suicida, Yvonne Pereira

Material: cópias

Hora da novidade e Prece Inicial (todos que desejarem, fazem a prece, um por vez).

Desenvolvimento:

1.    Motivação Inicial:
Nas duas reuniões falamos de dois dos apóstolos de Jesus, Paulo e Pedro, e depois de Marta e Maria, as irmãs de Lázaro, amigos de Jesus.

Qual outra grande personagem da época de Jesus falta falar?

O que vocês sabem sobre a mãe de Jesus?
- anotar no quadro o que disserem.

      Quantos anos vocês acham que ela tinha quando recebeu o anúncio de que seria mãe de Jesus?
      - não se sabe exatamente. Uns dizem que ela tinha 14 anos...

Ler a anunciação:

Lucas, Cap. 1:26-33
Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.
E, entrando o anjo onde ela estava disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo.
Ela, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se muito e pôs-se a pensar que saudação seria essa.
Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.

      - Essa passagem se chama ‘anunciação’ pois registra o momento em que Maria recebeu a notícia de que seria mãe de Jesus.
      O que chamou a atenção de vocês nessa passagem?
            - mediunidade de Maria: viu um Espírito lhe dando a mensagem;
            - virgem era um termo usado na língua da época, para designar jovens mulheres. E Maria era muito jovem.

2.    Distribuir alguns trechos da literatura espírita que fala de Maria para que possam ir construindo uma visão da vida da mãe de Jesus.
Cada um deve ler seu trecho e comentar.

- Boa Nova, Cap.6 – Maria preocupada com o futuro de Jesus
- Quando Voltar a Primavera – ‘As Núpcias de Caná’ – Maria uma mãe que pede auxílio ao filho
- Evangelho Seg.Espiritismo, Cap. XIV, item 5 – Maria busca Jesus que pregava ao povo
- A Mensagem do Amor Imortal, Cap. 14 -  Maria aos pés da cruz (família universal)
- Boa Nova, Cap. 30, Maria atende aos sofredores em Éfeso
- Boa Nova, Cap. 30, Jesus busca Maria já idosa
- Memórias de um Suicida – Maria no socorro aos suicidas

3.    Passes e prece final.

4.    Avaliação
Aula para 7 jovens, com participação. Tiveram dificuldade de interpretar os textos recebidos. A cada leitura fui explicando os fatos e o contexto para que entendessem.

5.    Anexos

( 1 )
(Humberto de Campos, Boa Nova, Cap.2, relata uma passagem de Maria)

– “Mãe, que queres tu de mim‘? Acaso não tenho testemunhado minha comunhão com o Pai que está no Céu ?!”
Altamente surpreendida com a sua pergunta, respondi-lhe hesitante : – “Tenho cuidado por ti, meu filho! Reconheço que necessitas de um preparo melhor para a vida...”
Mas, como se estivesse em pleno conhecimento do que se passava em meu íntimo, ponderou :
“Mãe, toda preparação útil e generosa no mundo é preciosa; entretanto, eu já estou com Deus. Meu Pai, porém, deseja de nós toda a exemplificação que seja boa e eu escolherei, desse modo, a escola melhor”.

            ( 2 )
 (Quando Voltar a Primavera, Amélia Rodrigues – ‘As Núpcias de Caná’)

Maria se encontrava em Caná. Convidada, como foram Jesus e os discípulos, antecedera-O. Ele abraçou-a ao chegar com inaudita ternura. Ela O aguardava com ansiedade crescente e afeto desmedido.
A cena comovente estava assinalada pelas expectativas de felicidade da mãe saudosa que se renovava no carinho do filho terno que a afagaria. (...)
A festa nupcial convidativa iniciava-se em clima de expectativas, em circunstâncias felizes. Todas elas em Israel eram significativas. Consoante os recursos financeiros e a posição social dos nubentes, demoravam de três a oito dias... (...)
Maria, diligente amiga da família, acompanhava as cenas e rejubilava-se com todos. A presença do filho era-lhe felicidade para o coração. (...)
No transcorrer das festas, Maria percebeu que o vinho não poderia atender à insaciedade de todos e recorrer, aflita, ao filho.
Ela sabia da Sua procedência, do Seu poder, e resolveu interceder junto a Ele pela família. (...)
Acercou-se, discreta, e apresentou-lhe os receios do coração a meia voz.
- Faltará o vinho – assevera-Lhe com preocupação – e isso é sinal de mau agouro para os nubentes que começam a edificação do lar. (...)
Jesus fitou-a, amoroso, e redargüiu-lhe com a ternura habitual de filhos devotado.
- Mulher, que tenho eu com isso? Minha hora ainda não é chegada.
A expressão mulher, não obstante soe aos ouvidos modernos como rude, em Israel era verbete de carinho e respeito na intimidade familial, desde os antigos. Na Cruz, novamente Ele pronunciará a palavra num tom de inesquecível angústia, mas também de devoção.
Maria, que Lhe conhecia a disposição de servir, asseverou aos servos, tranqüila:
- Fazei tudo quanto Ele vos disser.
Há um momento breve de longa espera.
Os dois amores se penetram de ternura. Ela sorri. Ele medita.


(  3 )
(O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIV item 5)

E, tendo vindo para casa, reuniu-se aí tão grande multidão de gente, que eles nem sequer podiam fazer sua refeição. – Sabendo disso, vieram seus parentes para se apoderarem dele, pois diziam que perdera o espírito.
Entretanto, tendo vindo sua mãe e seus irmãos e conservando-se do lado de fora, mandaram chamá-lo. – Ora, o povo se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te chamam. – Ele lhes respondeu:
Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados
ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; – pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (S. MARCOS, 3:20-21 e 31 a 35; – S. MATEUS, 12:46 a 50.)

( 4 )
(A Mensagem do Amor Imortal, Amélia Rodrigues -  cap 14. JESUS E FAMILIA)

Jesus, ‘quando se encontrava na cruz, expirando, e ouviu o grito de sua santa mãe chamando-O de filho, Ele fitou João, que se encontrava ao lado dela, e propôs a família universal do amor, enunciando:
- Mulher, eis aí o teu filho. Filho, eis aí a tua mãe!...
Rompiam-se, naquele momento, os laços da família biológica para ampliar-se os sentimentos de união na família universal.

            (  5  )
(Boa nova, Cap. 30)
E João lhe contou a sua nova vida. Instalara-se definitivamente em Éfeso, onde as idéias cristãs ganhavam terreno entre almas devotadas e sinceras. Nunca olvidara as recomendações do Senhor e, no intimo, guardava aquele titulo de filiação como das mais altas expressões de amor universal para com aquela que recebera o Mestre nos braços veneráveis e carinhosos.
Maria escutava-lhe as confidências, num misto de reconhecimento e de ventura.
João continuava a expor-lhe os seus planos mais insignificantes. Levá-la-ia consigo, andariam ambos na mesma associação de interesses espirituais. Seria seu filho desvelado, enquanto que receberia de sua alma generosa a ternura maternal, nos trabalhos do Evangelho. (...)
Maria aceitou alegremente.
Dentro de breve tempo, instalaram-se no seio amigo da Natureza, em frente do oceano. Éfeso ficava pouco distante; porém, todas as adjacências se povoavam de novos núcleos de habitações alegres e modestas. A casa de João, ao cabo de algumas semanas, se transformou num ponto de assembléias adoráveis, onde as recordações do Messias eram cultuadas por espíritos humildes e sinceros.
Maria externava as suas lembranças. Falava dele com maternal enternecimento, enquanto o apóstolo comentava as verdades evangélicas, apreciando os ensinos recebidos. (...)
Decorridos alguns meses, grandes fileiras de necessitados acorriam ao sitio singelo e generoso. A notícia de que Maria descansava agora entre eles espalhara um clarão de esperança por todos os sofredores. (...)
Sua choupana era, então, conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”.
O fato tivera origem em certa ocasião, quando um miserável leproso, depois de aliviado em suas chagas, lhe osculou as mãos, reconhecidamente murmurando:
—“Senhora, sois a mãe de nosso Mestre e nossa Mãe Santíssima”.


            (  6  )
(Boa nova, Cap. 30)
Então, num crepúsculo estrelado, Maria entregou-se às orações, como de costume, pedindo a Deus por todos aqueles que se encontrassem em angústias do coração, por amor de seu filho.
Embora a solenidade do ambiente, não se sentia só; uma como força singular lhe banhava a alma toda. (...)
Enlevada nas suas meditações, Maria viu aproximar-se o vulto de um pedinte.
— “Minha mãe — exclamou o recém-chegado, como tantos outros que recorriam ao seu carinho venho fazer-te companhia e receber a tua bênção”.
Maternalmente, ela o convidou a entrar, impressionada com aquela voz que lhe inspirava profunda simpatia. O peregrino lhe falou do céu, confortando-a delicadamente Comentou as bem-aventuranças divinas que aguardam a todos os devotados e sinceros filhos de Deus, dando a entender que lhe compreendia as mais ternas saudades do coração. Maria sentiu-se empolgada por tocante surpresa. Que mendigo seria alquile que lhe acalmava as dores secretas da alma saudosa, com bálsamos tão dulçurosos? Nenhum lhe surgira até então para dar; era sempre para pedir alguma coisa. No entanto, aquele viandante desconhecido lhe derramava no intimo as mais santas consolações. Onde ouvira aquela voz meiga e carinhosa, noutros tempos?! Que emoções eram aquelas que lhe faziam pulsar o coração de tanta caricia?
Seus olhos se umedeceram de Ventura, sem que conseguisse explicar a razão de sua terna emotividade.
Foi quando o hóspede anônimo lhe estendeu as mãos generosas e lhe falou com profundo acento de amor:
— “Minha mãe, vem aos meus braços!”.
Nesse instante, fitou as mãos nobres que se lhe ofereciam, num gesto da mais bela ternura. Tomada de comoção profunda, viu nelas duas chagas, como as que seu filho revelava na cruz e, instintivamente, dirigindo o olhar ansioso para os pés do peregrino amigo, divisou também aí as úlceras causadas pelos cravos do suplicio. Não pode mais. Compreendendo a visita amorosa que Deus lhe enviava ao coração, bradou com infinita alegria:
— “Meu filho! meu filho! as úlceras que te fizeram!”...
E, precipitando-se para ele, como mãe carinhosa e desvelada, quis certificar-se, tocando a ferida que lhe fora produzida pela última lança, perto do coração. Suas mãos ternas e solícitas o abraçaram na sombra visitada pelo luar, procurando sofregamente a úlcera que tantas lágrimas lhe provocara ao carinho maternal. A chaga lateral também lá estava, sob a caricia de suas mãos. Não conseguiu  dominar o seu intenso júbilo. Num ímpeto de amor, fez um movimento para se ajoelhar. Queria abraçar-se aos pés do seu Jesus e osculá-los com ternura. Ele, porém, levantando-se, cercado de um  halo de luz celestial, se lhe ajoelhou aos pés e, beijando-lhe as mãos, disse em carinhoso transporte:
—“Sim, minha mãe, sou eu!... Venho buscar-te, pois meu Pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos!...”.



(  7  )
(PDF do livro Memórias de Um Suicida)

Daquele momento em diante estaríamos sob a tutela direta de uma das mais importantes agremiações pertencentes à Legião chefiada pelo grande Espírito Maria de Nazaré, ser angélico e sublime que na Terra mereceu a missão honrosa de seguir, com solicitudes maternais, aquele que foi o redentor dos homens! (pág 26)

(pag 44)
(...) - Maria, única Majestade a governar este Instituto Correcional onde te abrigas temporariamente!

pag 106 - Cap II - Os arquivos da alma
 (...), é Maria a sublime acolhedora dos réprobos que se arrojaram aos temerosos abismos da morte voluntária...


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