domingo, 18 de dezembro de 2011

Lei de Sociedade – Laços de Família

Casa Espírita Missionários da Luz – Mocidade1 14 à 17 anos – 07/10/2011

Tema: Lei de Sociedade – Laços de Família

Objetivos:
Reconhecer que os laços afetivos familiares não se iniciam no nascimento e não se interrompem com a morte;
Identificar que o planejamento familiar se inicia no mundo espiritual e que a família que temos é a que necessitamos para nosso progresso espiritual;
Identificar na família a responsabilidade da formação dos cidadãos do mundo;
Perceber como a DE nos auxilia no entendimento dos conflitos familiares.

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, pergs. 773 à 775; 203 à 217
Evang.Seg.Espiritismo, Cap. XIV, itens 8 e 9
Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, Parte I - “O sentido da Família”

1.Prece inicial
2.Motivação inicial: Exibição de trechos do filme “Duas Vidas” de Bruce William, de 15 min

3.Desenvolvimento:

Qual a opinião do menino sobre a vida dele como adulto?
==> fracassado! (não era piloto, não tinha um cachorro e não era casado)

Como ele se analisava, ao ver sua imagem como garoto? (cena com a moça)
==> patético, uma vergonha.

Qual era a relação básica do menino para com o pai? (cena do jogo de cartas)
==> de medo. Tinha medo de errar para não receber bronca do pai.

Qual a situação na escolinha que "arruinou a vida dele até a faculdade"? (Cena do jardim de infância)

Como descrever a cena dele com o pai na porta de casa?
==> nunca mais chorou;
==> se considerou culpado pela morte da mãe.

Como esses fatos da infância dele impactaram na vida de adulto?
==> um homem frio, estressado;
==> não constituiu família.

Como foi a visão dele como adulto da cena que viveu no dia do aniversário de 8 anos?
==> que o pai estava com medo de ter que criar os dois filhos sozinhos.

==> O que esse trecho do filme nos leva a refletir?
A criação que o pai deu ao menino, o marcou para toda a vida. Ao retornar como adulto, ele agiu como o pai deveria ter agido, na situação.
Importante vermos nessa ficção, que a visão e a percepção dos fatos por uma criança é completamente diferente da visão do adulto.


Passar os slides para a discussão do tema:

==> Os laços de família estão nas leis naturais?

“Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados tornam os primeiros. Eis por que os segundos constituem uma lei da Natureza. Quis Deus que, por essa forma, os homens aprendessem a amar-se como irmãos.” (LE. Perg. 774)


==> Quem são os Espíritos que formam o grupo familiar?
“Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações.” (E.S.E. Cap. XIV, item 8)

==> A reencarnação destrói os laços de família?

“Ela os distende; não os destrói. Fundando-se o parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso vizinho, ou no vosso servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhais estado presos pelos laços da consangüinidade.” (LE Perg. 205.)

“Quando ainda no Mundo dos Espíritos, antes do berço físico, o espírito tem consciência da importância que terá sua futura família sobre o seu progresso?
Na maior parte das vezes, sim. É no além que costuma ser instruído por seu Anjo Guardião ou por entidades benfeitoras que o orientam para o bom aproveitamento da reencarnação.”
(Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, perg. 6 Parte I - “O sentido da Família”)

“Antes do renascimento, roga o espírito ao Senhor a chance de poder estar no seio de uma família que disponha de todos ou de vários elementos que lhe permitam avançar: a pobreza, a riqueza, pais enérgicos e exigentes, pais que o coloquem no trabalho desde cedinho, para que aprendam a valorizá-lo. Exora também a oportunidade da cultura intelectual ou da sombra do analfabetismo, o brilho acadêmico ou a “touca cirúrgica” da deficiência cerebral.” (Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, perg. 6 Parte I - “O sentido da Família”)

==> Existe fatalidade em nossa encarnação?

“A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.” (LE Perg. 851.)

==> Estamos na família errada ou certa?

Após cada existência, (os Espíritos) vêem o passo que deram e compreendem o que ainda lhes falta em pureza para atingirem aquela meta. Daí o se submeterem voluntariamente a todas as vicissitudes da vida corpórea, solicitando as que possam fazer que a alcancem mais presto. Não há, pois, motivo de espanto no fato de o Espírito não preferir a existência mais suave. Não lhe é possível, no estado de imperfeição em que se encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a fruí-la, é que trata de se melhorar. (…) Dizem todos os Espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam a pesquisar, estudar, observar, a fim de fazerem a sua escolha.
(Comentário de Kardec à perg. 266) LE

==> As dificuldades familiares são provas duras?

“As provas rudes, ouvi-me bem, são quase sempre indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando aceitas com o pensamento em Deus. É um momento supremo, no qual, sobretudo, cumpre ao Espírito não falir murmurando, se não quiser perder o fruto de tais provas e ter de recomeçar. Em vez de vos queixardes, agradecei a Deus o ensejo que vos proporciona de vencerdes, a fim de vos deferir o prêmio da vitória. Então, saindo do turbilhão do mundo terrestre, quando entrardes no mundo dos Espíritos, sereis aí aclamados como o soldado que sai triunfante da refrega.” (E.S.E. Cap. XIV, item 9)

Por que as famílias se acham tão desestruturadas, apesar de seu valor?

falta de lucidez e consciência das pessoas com relação ao valor da família;
obsessões: “como a família é o núcleo assistencial para o progresso da alma, admitem que seja necessário bombardeá-la, a fim de que os espíritos que reencarnam não achem nem orientação feliz, nem apoio, nem segurança, e transformem a reencarnação num convescote, numa busca insofreável de prazeres hedonistas e de futilidades de variados tons.”
(Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, perg. 7 Parte I - “O sentido da Família”)

“Assim, encontramos verdadeiros tumultos, descompensações graves, verdadeiras guerras ao lado de problemas comuns que são plenamente concebíveis no seio da família.”
(Desafios da Vida Familiar, Camilo/Raul Teixeira, perg. 7 Parte I - “O sentido da Família”)


Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste?
“Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.” (LE. perg. 208)

E quando os pais não cumprem com essa missão? Os filhos ficam isentos de seguir o mandamento “Honrar pai e mãe”?

Alguns pais, é certo, descuram de seus deveres e não são para os filhos o que deviam ser; mas, a Deus é que compete puni-los e não a seus filhos. Não compete a estes censurá-los, porque talvez hajam merecido que aqueles fossem quais se mostram. Se a lei da caridade manda se pague o mal com o bem, se seja indulgente para as imperfeições de outrem, se não diga mal do próximo, se lhe esqueçam e perdoem os agravos, se ame até os inimigos, quão maiores não hão de ser essas obrigações, em se tratando de filhos para com os pais! Devem, pois, os filhos tomar como regra de conduta para com seus pais todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento censurável, com relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna relativamente aos pais; e que o que talvez não passe de simples falta, no primeiro caso, pode ser considerado um crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se junta a ingratidão. (ESE_CapXIV item 3)

A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso. É, em particular, desse ponto de vista que a vamos considerar, para lhe analisar as causas e os efeitos. Também nesse caso, como em todos os outros, o Espiritismo projeta luz sobre um dos grandes problemas do coração humano.”
(ESE_CapXIV item 9)


4.Prece final

Avaliação:

Aula para 9 jovens, com participação.

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